No salmo 01 há um contraste entre
aquele que teme a Deus, que ouve a Sua Palavra e torna-se frutífero com o ímpio,
que é
como palha que o vento dispersa, o qual não prevalecerá no dia do
juízo. No salmo 2 o contraste é entre a Soberania de Deus e a insensatez do ser
humano. Deus é Aquele que está conduzindo toda a história para o seu fim. É Ele
quem governa sobre tudo e todos.
Contudo, a maioria da humanidade é obtusa e ignorante, pois não consegue ver a
mão de Deus por detrás da história. Assistimos em nossos dias manifestações do juízo
divino, convidando-nos a buscá-Lo. Atentados terroristas, guerras, tsunamis e catástrofes
têm sido interpretados meramente como
consequência do desajuste social e ecológico e não como um
chamado ao arrependimento. São tipos do juízo de Deus que nos apontam
para o dia de Cristo, quando todos nós compareceremos ante o tribunal de Cristo
e, neste dia, não haverá oportunidade para
arrepender-se. Por isso a Bíblia nos exorta: “Busquem o SENHOR enquanto é possível achá-lo; clamem por ele enquanto está
perto. Que o ímpio abandone os seus caminhos e o homem mau, os seus pensamentos.
Volte-se ele para o SENHOR, que
terá misericórdia dele; volte-se para o nosso Deus, pois Ele dá de bom
grado o seu perdão”. O nosso salmo tem como característica distintiva o discernimento
da crise cósmica por
detrás de um
acontecimento de caráter nacional”. Historicamente o objeto
do ataque dos ímpios
era Davi, o
ungido do Senhor
e, essencialmente, era uma
rebelião contra o
próprio Deus. Mas o Novo Testamento interpreta nosso salmo com
referência a Jesus, o Cristo (veja: Atos 4.25-28). A ação de rebeldia contra Deus é
descrita como murmuração, isto é, resmungar consigo mesmo. Este murmurar
é próprio do ímpio, pois este se revela sempre insatisfeito e disposto a acusar
o próprio Deus. Contudo, o cristão, tal como José no Egito, é capaz de enxergar a
ação soberana de
Deus, não obstante a aparente adversidade (veja: Gênesis
45.7,8). Por isso a exortação bíblica: “... ó reis, sejam prudentes; aceitem a advertência,
autoridades da terra. Adorem o SENHOR com temor; exultem com tremor. Beijem o filho, para que ele não se ire e vocês não sejam destruídos de
repente, pois num instante acende-se a sua ira. Como são felizes todos os que
nele (em Cristo)se refugiam!”