A epístola aos hebreus é, sem dúvida nenhuma, uma das cartas do Novo Testamento mais obscura quanto ao pano de fundo histórico. Contudo, sua mensagem se reveste de valor inestimável, pois descreve a supremacia do cristianismo em relação a outras religiões. Esta carta dirige-se a judeus que se converteram ao cristianismo e, por causa da fé em Cristo Jesus, enfrentavam uma severa perseguição (Hb 10.32-39). Por causa disto, muito provavelmente, alguns apostataram da fé (Hb 6.4-8). Outros estavam deixando de congregar (Hb 10.24,25). Assim, o autor desta epístola, lembra seus leitores que a vida cristã é semelhante a uma competição atlética: “... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta”. A palavra “carreira” aqui usada denota, na língua original, a ideia de “luta”, “conflito”. Paulo a empregou várias vezes em suas cartas para referir-se ao seu sofrimento e lutas que enfrentou na pregação do Evangelho (Fp 1.30 e 1 Ts 2.2). A ideia de uma disputa intensa associada ao verbo correr informa-nos que a figura usada para descrever a vida cristã é uma corrida, mais especificamente, a uma maratona e não uma corrida de curta distância. Sendo assim, exorta-os a continuarem em sua jornada. Lembra-lhes que, os que estão em Cristo, não retrocedem para a perdição (Hb 10.39). E convida-os: “CORRAMOS, COM PERSEVERANÇA, A CORRIDA DA FÉ!
1. CORRAMOS, COM PERSEVERANÇA, A CORRIDA DA FÉ, ESTIMULADOS PELO TESTEMUNHO DOS HERÓIS DA FÉ. Primeiramente seus leitores deveriam lembrar-se que “temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas”. Referia-se aos heróis da fé descritos no capítulo anterior. A princípio poderíamos imaginar que esta expressão sugere-nos expectadores num estádio torcendo pelos atletas em sua disputa. Creio, entretanto, que a intenção do autor não é afirmar que os heróis estão a nos observar e, sim, que nós devemos observá-los. Quer nos chamar atenção para a fidelidade de Deus. Por isso exorta-os: “Guardemos firmes a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel” (Hb 10.23). E a prova desta fidelidade está no testemunho dos heróis da fé. Homens e mulheres que, por causa do compromisso com Cristo, “foram torturados (...) passaram pela prova de escárnio e açoites, sim, até algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados ao meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de pele de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos e maltratados” (Hb 11.35-37) e, no entanto, nunca negaram sua fé e agora estão na Jerusalém celestial, chegaram à cidade do Deus vivo e a igreja dos primogênitos arrolados no céu. Olhem para estes e não retrocedam na fé! Eles venceram e, em Cristo, somos vencedores.
2. CORRAMOS, COM PERSEVERANÇA, A CORRIDA DA FÉ, DESEMBARAÇANDO-NOS DE TODO PESO E PECADO. Você pode imaginar um maratonista, em plena competição, com uma mochila nas costas? Por isso o autor desta carta exorta aos cristãos judeus que se desvencilhem de todo o peso que possa impedi-los de correr. A palavra “peso” indica “volume”, “massa”. Quando aplicada ao atleta pode significar (1) qualquer excesso de peso no corpo ou (2) a qualquer artigo pesado que possa ser colocado ou levado no corpo. Certo estudioso observa que esta “metáfora refere-se primariamente ao corredor que lança fora o peso das coisas desnecessárias, como roupas incômodas, apesar da idéia de reduzir o peso pelo treino e exercício não estar muito distante”. Na verdade, exortava-os a abrir mão de tudo o que impedia a jornada com Cristo. É preciso remover tudo aquilo que nos impede de correr a carreira cristã. F. F. Bruce nos diz que “há muitas coisas que podem ser boas em si mesmas, mas que estorvam um competidor na carreira da fé; são pesos que devem ser deixados de lado”. Mas, sobretudo, o cristão em sua jornada deve abandonar o pecado. Se há algo que impede ou retarde a nossa caminhada com Cristo é o pecado. Com “pecado” não se referia a um pecado específico, mas ao pecado em geral. Assim, quem quer viver para agradar a Deus deve deixar de lado, deixar parta trás tudo o que impede seu progresso, principalmente, o pecado.
3. CORRAMOS, COM PERSEVERANÇA, A CORRIDA DA FÉ, OLHANDO FIRMEMENTE PARA JESUS. O corredor que tem por objetivo alcançar a meta final não pode se distrair facilmente, nem com a multidão e nem com os demais competidores. O verbo olhar significa desviar os olhos de todas as outras coisas a fim de olhar para uma única ou como afirmou J. C. Ryle, “deixar de olhar para outros objetos e olhar um, apenas um, e observá-lo com um olhar firme, fixo e intenso”. Assim, os leitores desta epístola são exortados a fixar seus olhos em Jesus, o nosso alvo e modelo. Isto porque Ele é o “autor e consumador da fé”, isto é, a fé encontra sua expressão completa em Cristo, especialmente em Seu sofrimento (Hb 5.7-10). O significado desta declaração é explicado pelo próprio autor da carta quando diz: “O qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia”. Jesus não se esquivou em fazer o que Ele sabia ser a vontade de Deus. Certo estudioso compreendeu bem o significado desta exortação ao declarar que “a exortação nessas linhas pode ser colocada da seguinte forma: “Considerem Jesus. Comparem as experiências dEle com as suas. Ele também viveu na carne e foi um companheiro nas tribulações. Foi violentamente antagonizado, suas palavras foram deturpadas, e suas reivindicações ridicularizadas. Considerem os seus sofrimentos e a maneira como os enfrentou”. Fica perfeitamente implícito que, se os leitores da epístola fizerem uma avaliação exata, não irão desfalecer na pista antes de terminar a corrida”.
Diante do texto que separamos para nossa edificação nesta noite, é possível que alguém pense: “Eu não sou judeu e nem estou sofrendo ameaças de morte, porque esta mensagem é importante para mim?”
Primeiro quero lembrar-lhes o que Paulo escreveu a Timóteo: “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”. Em segundo lugar, como cristãos, temos um caminho a percorrer. Com desafios tremendos, obstáculos gigantescos e com um inimigo a rodear-nos, pronto para nos devorar. Ainda enfrentamos um mundo ímpio, que cada dia mais se corrompe e se torna mais violento. E neste caminho que percorremos existem vidas feridas, lares desfeitos, pessoas aprisionadas, povos não alcançados e igrejas a serem implantadas. Esta é a carreira que nos está proposta. Assim, Deus nos fala hoje e exorta-nos: CORRAMOS, COM PERSEVERANÇA, A CORRIDA DA FÉ, ESTIMULADOS PELO TESTEMUNHO DOS HERÓIS DA FÉ; DESEMBARAÇANDO-NOS DE TODO PESO E PECADO E OLHANDO FIRMEMENTE PARA JESUS.
1. CORRAMOS, COM PERSEVERANÇA, A CORRIDA DA FÉ, ESTIMULADOS PELO TESTEMUNHO DOS HERÓIS DA FÉ. Primeiramente seus leitores deveriam lembrar-se que “temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas”. Referia-se aos heróis da fé descritos no capítulo anterior. A princípio poderíamos imaginar que esta expressão sugere-nos expectadores num estádio torcendo pelos atletas em sua disputa. Creio, entretanto, que a intenção do autor não é afirmar que os heróis estão a nos observar e, sim, que nós devemos observá-los. Quer nos chamar atenção para a fidelidade de Deus. Por isso exorta-os: “Guardemos firmes a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel” (Hb 10.23). E a prova desta fidelidade está no testemunho dos heróis da fé. Homens e mulheres que, por causa do compromisso com Cristo, “foram torturados (...) passaram pela prova de escárnio e açoites, sim, até algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados ao meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de pele de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos e maltratados” (Hb 11.35-37) e, no entanto, nunca negaram sua fé e agora estão na Jerusalém celestial, chegaram à cidade do Deus vivo e a igreja dos primogênitos arrolados no céu. Olhem para estes e não retrocedam na fé! Eles venceram e, em Cristo, somos vencedores.
2. CORRAMOS, COM PERSEVERANÇA, A CORRIDA DA FÉ, DESEMBARAÇANDO-NOS DE TODO PESO E PECADO. Você pode imaginar um maratonista, em plena competição, com uma mochila nas costas? Por isso o autor desta carta exorta aos cristãos judeus que se desvencilhem de todo o peso que possa impedi-los de correr. A palavra “peso” indica “volume”, “massa”. Quando aplicada ao atleta pode significar (1) qualquer excesso de peso no corpo ou (2) a qualquer artigo pesado que possa ser colocado ou levado no corpo. Certo estudioso observa que esta “metáfora refere-se primariamente ao corredor que lança fora o peso das coisas desnecessárias, como roupas incômodas, apesar da idéia de reduzir o peso pelo treino e exercício não estar muito distante”. Na verdade, exortava-os a abrir mão de tudo o que impedia a jornada com Cristo. É preciso remover tudo aquilo que nos impede de correr a carreira cristã. F. F. Bruce nos diz que “há muitas coisas que podem ser boas em si mesmas, mas que estorvam um competidor na carreira da fé; são pesos que devem ser deixados de lado”. Mas, sobretudo, o cristão em sua jornada deve abandonar o pecado. Se há algo que impede ou retarde a nossa caminhada com Cristo é o pecado. Com “pecado” não se referia a um pecado específico, mas ao pecado em geral. Assim, quem quer viver para agradar a Deus deve deixar de lado, deixar parta trás tudo o que impede seu progresso, principalmente, o pecado.
3. CORRAMOS, COM PERSEVERANÇA, A CORRIDA DA FÉ, OLHANDO FIRMEMENTE PARA JESUS. O corredor que tem por objetivo alcançar a meta final não pode se distrair facilmente, nem com a multidão e nem com os demais competidores. O verbo olhar significa desviar os olhos de todas as outras coisas a fim de olhar para uma única ou como afirmou J. C. Ryle, “deixar de olhar para outros objetos e olhar um, apenas um, e observá-lo com um olhar firme, fixo e intenso”. Assim, os leitores desta epístola são exortados a fixar seus olhos em Jesus, o nosso alvo e modelo. Isto porque Ele é o “autor e consumador da fé”, isto é, a fé encontra sua expressão completa em Cristo, especialmente em Seu sofrimento (Hb 5.7-10). O significado desta declaração é explicado pelo próprio autor da carta quando diz: “O qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia”. Jesus não se esquivou em fazer o que Ele sabia ser a vontade de Deus. Certo estudioso compreendeu bem o significado desta exortação ao declarar que “a exortação nessas linhas pode ser colocada da seguinte forma: “Considerem Jesus. Comparem as experiências dEle com as suas. Ele também viveu na carne e foi um companheiro nas tribulações. Foi violentamente antagonizado, suas palavras foram deturpadas, e suas reivindicações ridicularizadas. Considerem os seus sofrimentos e a maneira como os enfrentou”. Fica perfeitamente implícito que, se os leitores da epístola fizerem uma avaliação exata, não irão desfalecer na pista antes de terminar a corrida”.
Diante do texto que separamos para nossa edificação nesta noite, é possível que alguém pense: “Eu não sou judeu e nem estou sofrendo ameaças de morte, porque esta mensagem é importante para mim?”
Primeiro quero lembrar-lhes o que Paulo escreveu a Timóteo: “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”. Em segundo lugar, como cristãos, temos um caminho a percorrer. Com desafios tremendos, obstáculos gigantescos e com um inimigo a rodear-nos, pronto para nos devorar. Ainda enfrentamos um mundo ímpio, que cada dia mais se corrompe e se torna mais violento. E neste caminho que percorremos existem vidas feridas, lares desfeitos, pessoas aprisionadas, povos não alcançados e igrejas a serem implantadas. Esta é a carreira que nos está proposta. Assim, Deus nos fala hoje e exorta-nos: CORRAMOS, COM PERSEVERANÇA, A CORRIDA DA FÉ, ESTIMULADOS PELO TESTEMUNHO DOS HERÓIS DA FÉ; DESEMBARAÇANDO-NOS DE TODO PESO E PECADO E OLHANDO FIRMEMENTE PARA JESUS.
Um comentário:
Realmente é difícil de entender qual seja a verdadeira vontade de nosso Deus, sem a Fé. Que tenhamos um Motivo a mais a partir de agora e vamos nos desnudar de todas as coisas que nos afastam de Deus, para que tenhamos forças e coragem para ultrapassar a todos os obstáculos, certos da Vitória em Cristo que nos ajudará, e no final recebermos a Salvação que é o Prêmio Principal. Que Deus os Abençoe.
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