No
livro “O Peregrino”, que descreve a viagem
de Cristão ruma à Cidade
Celestial, o personagem de John Bunyan, após passar pelo Desfiladeiro da
Dificuldade, chega ao Palácio Belo. Cristão, então, pergunta
ao porteiro: “Que casa é esta?”
E este lhe responde: “Esta casa foi construída pelo
Senhor do morro, e ele a ergueu para alívio e segurança dos peregrinos...” Em nossa
peregrinação rumo à
Jerusalém enfrentamos muitas
dificuldades que podem nos
desencorajar em nossa caminhada. E este tem sido um instrumento que o diabo tem
usado para nos impedir de alcançar nosso destino. Conta-se uma lenda em que o diabo
fez um leilão
das suas ferramentas
de trabalho. Num canto escondido encontrava-se uma
ferramenta com a placa: “Não
está a venda”.
Indagado o porquê de não
estar à venda,
ele respondeu: “Algumas ferramentas
são indispensáveis. Essa
é uma delas.
Com ela posso
penetrar profundamente nos
corações dos homens, esmagando
suas emoções e imobilizando suas mentes”. E esta ferramenta é o desânimo. O antídoto para combater ao veneno do
desânimo é o encorajamento. Encorajar
consiste em “dar coragem”, “estimular”,
“incentivar”. Esta é uma necessidade que todos nós precisamos, pois nos deparamos com muitas dificuldades em nosso dia. Salomão nos ensina que “do fruto da boca o coração se farta, do que produzem os lábios se
satisfaz. A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come
do seu fruto” (Provérbios 18.20,21). É por isso que Deus proporciona momentos
para nosso alívio. É na comunhão com o povo de Deus que
encontramos estes momentos. Há um cântico antigo que nos diz: “Quando estou com o povo de Deus eu sinto a
maior alegria, quando estou com o povo de Deus eu vejo a real harmonia, que prazer
ver o povo de Deus louvando”. Quando
nos reunimos em adoração comunitária, nos encorajamos mutuamente ao ver o que
Deus tem feito em nossas vidas, e nos alegramos com Seus feitos. Dai a
exortação bíblica para não deixarmos de congregar (Hebreus 10.24,25). Busque a comunhão do povo de Deus, pois nesta comunhão encontramos força para viver! O Rev. Mauro S. Aiello nos ensina: "Lembre-se que uma brasa fora do braseiro esfria e morre. Lembre-se que a fé tem forte componente comunitário. Lembre-se que é muito melhor habitar no tabernáculo do Senhor do que nas tendas da perversidade. Lembre-se de evitar conselhos de ímpios. Lembre-se de não se deter no caminho daqueles que amam o pecado. Lembre-se de não assentar na roda dos escarnecedores. Seja um cristão que ama a Igreja pela qual Cristo morreu. Não maltrate aquela (Noiva de Cristo) por quem Cristo deu sua preciosa vida e derramou seu precioso sangue. Lembre-se antes que você se esqueça do quão bom é viverem unidos os irmãos". E acrescento: Lembre-se que a comunhão vence o desânimo!
sábado, setembro 17, 2016
quinta-feira, agosto 18, 2016
CORAGEM!
Deus ecoou aos ouvidos do apóstolo Paulo: Coragem! É uma palavra de estímulo, de ânimo para continuar fazendo o que se está fazendo. O apóstolo estava em Jerusalém e, mesmo diante de muitas ameaças, testemunhava de Cristo e de Sua salvação. Foi quando Deus lhe falou: "Coragem! Assim como você testemunhou a meu respeito em Jerusalém, deverá testemunhar em Roma" (Atos 23.11). As vezes, realizar a obra de Deus e envolver-se com o ministério da evangelização, como afirma o poeta sacro, "é duro o chão e semear parece em vão". Contudo, devemos ouvir a voz de Deus que nos diz: Coragem! É preciso prosseguir, continuar e perseverar, não obstante, os muitos obstáculos que enfrentamos. No devido tempo a semente produzirá o seu fruto. Lembre-se que "quem observa o vento não plantará! Quem olha pras nuvens nunca colherá! (...) Mas não te esqueças que o vento soprou (...sopra e soprará) Pra onde Deus quiser que vá! É ele, e não eu, que opera o germinar; Que faz crescer a planta e o fruto dar". Na carta aos Hebreus encontramos exemplos de irmãos que foram perseguidos, encarcerados, serrados ao meio, apedrejados, queimados vivos e, no entanto, forma fiéis a Deus. Eles não se entregaram e não negaram o Nome de Jesus, pois ouviram a voz de Deus em seus ouvidos: Coragem! Deus não nos torna insensíveis aos sofrimentos. Não temos prazer na dor. Porém, Deus acrescenta às nossas aflições a graça. Ele nos diz: "A minha graça te basta". Alguém com muita propriedade afirmou: "Em certos casos o milagre não se dá no livramento, mas na coragem para resistir à provação". Assim, olhando firmemente para o Autor e consumador da nossa fé, prossigamos em realizar a vontade do nosso Pai celestial. Ele continua dizendo: "Coragem!"
sábado, março 26, 2016
EM VERDADE TE DIGO QUE HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO – LUCAS 23:43
Edward
Donnelly escreveu um livro cujo título nos chama a atenção: Depois da morte o que? Este título trás
uma indagação que nos remete às questões existenciais da humanidade, quando nos
perguntamos sobre quem somos, bem como para aonde vamos. Interessante notar que
o episódio narrado por Lucas em seu evangelho, descrevendo o encontro do Cristo
crucificado com os dois malfeitores, vem ao encontro dessas inquietações
humanas, revelando-nos quem somos e apontando-nos para a eternidade do ser
humano. Somos todos eternos. Deus nos fez eternos a fim de que
experimentássemos uma humanidade completa por meio da comunhão com o Deus
eterno. Contudo, o pecado irrompeu em nossa história nos fez des-humanos ou
sub-humanos (não há como duvidar deste
fato, pois a realidade da nossa sociedade aponta-nos para a nossa desumanidade)
e trouxe-nos a morte, a separação eterna com o nosso Criador. É por meio da
cruz e da ressurreição, a obra consumada por Cristo, que Deus restaura ao homem
pecador sua dignidade e sua comunhão com o Criador. Jesus veio para salvar
homens pecadores dos seus pecados. Ele mesmo afirmou que “o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:10). Ao
analisarmos a narrativa de Lucas nesta passagem podemos observar que:
1.
O paraíso que Cristo nos oferece é gratuito.
A vida eterna é inteiramente gratuita, não depende daquilo que fazemos, mas
fundamenta-se na vontade e ação de Deus. Nas Palavras do apóstolo Paulo, não
depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia (Rm
9.16). O ladrão estava cravado na cruz de pés e mãos e ele nada podia fazer
pela sua vida. Todavia, a graça de Cristo o salvou! Hoje estarás comigo no
paraíso! Wierbse: “O julgamento e a morte
de Jesus Cristo revelaram tanto a perversidade do coração humano quanto a graça
do coração de Deus. Enquanto os seres humanos mostravam o pior de si, Deus lhes
dava o que tinha de melhor. "Mas onde abundou o pecado, superabundou a
graça" (Rm 5:20)”.
2.
O paraíso que Cristo nos oferece requer arrependimento.
A mensagem de Cristo foi e continua sendo: “arrependei-vos
e crede”. O arrependimento não é uma condição prévia para se alcançar o
favor de Deus, mas é a resposta à graça que foi dispensada. Arrependimento
significa “passar por uma mudança de mente e sentimentos”, “fazer uma mudança
de princípios e práticas”. Essa mudança profunda e radical ocorre quando, pela
graça de Deus, compreendemos o amor gracioso de Deus por nós pecadores. O
ladrão da cruz evidenciou-se arrependido, deu evidências de seu arrependimento ao
repreender seu companheiro que blasfemava. Ele reconheceu seu pecado; a
santidade e justiça de Cristo; creu que Cristo poderia salvá-lo e, em
humildade, clamou por salvação (vv.40-42).
3.
O paraíso que Cristo nos oferece é eterno.
Diante do clamor arrependido do ladrão, Jesus respondeu: em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso. Jesus lhe
promete uma comunhão imediata, consciente e eterna com Ele no paraíso. O
paraíso é um termo persa, cujo significado é “um lugar de delícias” e aqui, bem como nas duas outras ocorrências
do NT, designa o céu, o lugar da morada do Deus eterno. Estar no paraíso é
desfrutar de uma comunhão plena e perfeita com Deus. Comunhão que
experimentamos a partir do nosso encontro com Cristo, que continuamos a
experimentar após a nossa morte, mas que se tornará uma bem-aventurança
perfeita no dia da ressurreição, no dia de Cristo.
Irmãos
e amigos, o paraíso é uma oferta a todos os pecadores. Dois ladrões, ambos
indignos, imerecedores, pecadores e
carentes do perdão de Deus. Dois ladrões, ambos viram o Cristo, ouviram do amor
e da graça de Deus. Dois ladrões, um incrédulo, indiferente e que permaneceu
perdido, como sempre; outro arrependido, humilde, clamou por misericórdia e foi
salvo. E você? Hoje recordamos a paixão de Cristo, a Sua entrega voluntária por
pecadores, satisfazendo a ira e a justiça de Deus; demonstrando a graça, o amor
e misericórdia de Deus. Que diante deste Cristo, aos pés de sua cruz, arrependidos,
alcancemos o paraíso!
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