A Bíblia, ao descrever a condição natural do homem, de toda humanidade, fala-nos que “todos estão debaixo do pecado...não há um justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram...pois todos pecaram”(Rom. 3.9-12,23). Todos, independentemente da cor, da raça, do conhecimento e da posição social – todos. Como afirmou certo estudioso, “esta palavra de cinco letras é, na realidade, uma das mais compreensivas do nosso idioma, uma das mais cheias de significado. Chega, através dos séculos, até ao primeiro homem; alcança a todos os recantos do mundo habitado, e inclui a cada uma das criaturas em todas as latitudes e de todas as cores” [1].
Este ensino revela-nos que Deus – que não vê as coisas superficialmente como nós homens vemos – tem esquadrinhado e provado todos os corações, e, como Justo Juiz, tem declarado a terrível sentença, contra a qual não há apelação: Culpado!
Portanto, se todos acham-se debaixo do pecado, se todos são culpados diante de Deus, destaca-se a importância da pergunta no livro de Jó: Como, pois, seria justo o homem perante Deus? Encontramos, na Palavra de Deus, a resposta a esta questão. Deus, em seu infinito amor e sabedoria, resolveu este problema de uma maneira a inspirar ao mais desesperado pecador e, ao mesmo tempo, satisfazer Sua própria justiça, dignificando Sua honra, ofendida pelo pecado.
O homem pecador não pode ser justificado pelas obras da lei (Romanos 3.20). Este é o ensino bíblico e, no entanto, há muitas pessoas que estão tratando de alcançar o céu, a comunhão com Deus, através das boas obras. Acham que se cumprirem a lei, alcançarão o céu! Se amarem a Deus e ao próximo, como nos diz a Lei, terão direito ao paraíso. Este é um ensino falso e fatal! Com razão as Escrituras nos ensinam que “há caminho que parece direito ao homem, mas ao final são caminhos de morte” (Pv 16.25). Não podemos, por nós mesmos, mudarmos a nossa natureza pecaminosa com uma reforma exterior, pois “quem da imundícia poderá tirar cousa pura?” (Jó 14.4). E outra razão que encontramos na Bíblia para a impossibilidade de alguém justificar-se a si mesmo é que “pela Lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rom 3.20). O pedreiro ao construir uma parede utiliza-se de um fio de prumo. Esse fio de prumo é um instrumento exato, pois forma uma linha reta, perfeitamente perpendicular. O pedreiro ao colocá-lo em uma parede torta, sem dúvida nenhuma constatará que a parede está torta e mais nada poderá fazer o prumo. Ele não poderá endireitar a parede. A Lei é expressão da perfeita santidade de Deus e, tal qual o prumo, põe em relevo os nossos pecados e nos condena. Ë por isso que Paulo exclama: “Desaventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rom 7.24). Deus nos deu a Sua Lei para que através dela nos reconhecêssemos como de fato somos: pecadores!
O homem é justificado pela graça (Romanos 3.24). Após analisarmos a justificação de forma negativa, chegamos a resposta afirmativa, aquela que nos diz a maneira como podemos ser justificados, a saber: “Justificados gratuitamente, por sua graça”. Tendo Deus nos condenado pela Lei, agora oferece tratar-nos sobre a base da sua graça. Somente depois de termos perdido toda a esperança de salvação por nossas boas obras, Deus nos oferece um dom gratuito, algo que jamais poderíamos adquirir, fizéssemos o que fizéssemos. A salvação é pela graça! Esta é a mensagem simples do Evangelho, as boas novas de salvação. Contudo, por causa do nosso orgulho, muitos têm recusado tal dádiva. Muitos não querem reconhecer que, perante a Lei de Deus, estão arruinados e sem esperança alguma. Tenazmente se deixam possuir do pensamento de que há algum mérito em sua própria religiosidade, no fato de que freqüentam assiduamente a igreja, ajudam aos outros que são mais carentes ou simplesmente por observar uma boa conduta diante de todos. Não se deixe enganar querido amigo. A Bíblia afirma que “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia, Ele nos salvou...” (Tito 3.5)
O homem é justificado pelo sangue (Romanos 5.9). Não podemos pensar que Deus perdoa o pecador pela graça, desconsiderando os nossos pecados. A Bíblia é clara ao nos mostrar que a recompensa do pecado é a morte. “A alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.20), ensina-nos o profeta Ezequiel. E Paulo declarou: “o salário do pecado é a morte” (Rom 6.23). Deus pronunciou contra o pecado a sentença de morte, e a executa. Isto é o que aconteceu na cruz de Cristo, e isto é o significado das palavras: justificados pelo sangue de Cristo. A Cristo custou-Lhe levar sobre si a iniquidade de todos nós, despojando-se a Si mesmo de toda grandeza e glória, assumindo a forma de Servo, entregando a Sua própria vida por nós pecadores. “Carregando Ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para o pecado, vivamos para a justiça; por suas chagas fostes sarados” (1Pe 2.24). Este é o glorioso Evangelho! “Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” (1 Pe 3.18). “Lutero relata que um dia viu (talvez em sonhos) a Satanás, que lhe apresentava uma extensa lista dos seus pecados, perguntando-lhe se os reconhecia como seus. –“Sim – respondeu Lutero – reconheço-os. Desgraçadamente tenho-os cometido”. – Como, então, te chamas cristão? – insistiu Satanás. – “Ah! – replicou Lutero – há uma coisa que ignoras: Não sabes que sobre esta lista está escrito: “O sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado” (1Jo 1.7). Imediatamente Satanás desapareceu”[2].
É no sangue de Cristo vertido na cruz que encontramos a salvação. E somente aqueles que “lavaram as suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro" (Ap 7.14) se acharão diante do trono de Deus.
Indaga-nos Salomão: “Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?” (Provérbios 20.9). Cônscios de nossos pecados e das conseqüências que ele nos traz, busquemos em Cristo a nossa justificação, pois Nele há perdão e reconciliação. Quero encerrar nossa reflexão com as palavras do autor da carta aos Hebreus: “Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?”
[1] Collet, S. Estudos Bíblicos. Volume I. Ed. R. S. Canuto, Lisboa, 1937, p.3[2] op.cit., p.11
Este ensino revela-nos que Deus – que não vê as coisas superficialmente como nós homens vemos – tem esquadrinhado e provado todos os corações, e, como Justo Juiz, tem declarado a terrível sentença, contra a qual não há apelação: Culpado!
Portanto, se todos acham-se debaixo do pecado, se todos são culpados diante de Deus, destaca-se a importância da pergunta no livro de Jó: Como, pois, seria justo o homem perante Deus? Encontramos, na Palavra de Deus, a resposta a esta questão. Deus, em seu infinito amor e sabedoria, resolveu este problema de uma maneira a inspirar ao mais desesperado pecador e, ao mesmo tempo, satisfazer Sua própria justiça, dignificando Sua honra, ofendida pelo pecado.
O homem pecador não pode ser justificado pelas obras da lei (Romanos 3.20). Este é o ensino bíblico e, no entanto, há muitas pessoas que estão tratando de alcançar o céu, a comunhão com Deus, através das boas obras. Acham que se cumprirem a lei, alcançarão o céu! Se amarem a Deus e ao próximo, como nos diz a Lei, terão direito ao paraíso. Este é um ensino falso e fatal! Com razão as Escrituras nos ensinam que “há caminho que parece direito ao homem, mas ao final são caminhos de morte” (Pv 16.25). Não podemos, por nós mesmos, mudarmos a nossa natureza pecaminosa com uma reforma exterior, pois “quem da imundícia poderá tirar cousa pura?” (Jó 14.4). E outra razão que encontramos na Bíblia para a impossibilidade de alguém justificar-se a si mesmo é que “pela Lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rom 3.20). O pedreiro ao construir uma parede utiliza-se de um fio de prumo. Esse fio de prumo é um instrumento exato, pois forma uma linha reta, perfeitamente perpendicular. O pedreiro ao colocá-lo em uma parede torta, sem dúvida nenhuma constatará que a parede está torta e mais nada poderá fazer o prumo. Ele não poderá endireitar a parede. A Lei é expressão da perfeita santidade de Deus e, tal qual o prumo, põe em relevo os nossos pecados e nos condena. Ë por isso que Paulo exclama: “Desaventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rom 7.24). Deus nos deu a Sua Lei para que através dela nos reconhecêssemos como de fato somos: pecadores!
O homem é justificado pela graça (Romanos 3.24). Após analisarmos a justificação de forma negativa, chegamos a resposta afirmativa, aquela que nos diz a maneira como podemos ser justificados, a saber: “Justificados gratuitamente, por sua graça”. Tendo Deus nos condenado pela Lei, agora oferece tratar-nos sobre a base da sua graça. Somente depois de termos perdido toda a esperança de salvação por nossas boas obras, Deus nos oferece um dom gratuito, algo que jamais poderíamos adquirir, fizéssemos o que fizéssemos. A salvação é pela graça! Esta é a mensagem simples do Evangelho, as boas novas de salvação. Contudo, por causa do nosso orgulho, muitos têm recusado tal dádiva. Muitos não querem reconhecer que, perante a Lei de Deus, estão arruinados e sem esperança alguma. Tenazmente se deixam possuir do pensamento de que há algum mérito em sua própria religiosidade, no fato de que freqüentam assiduamente a igreja, ajudam aos outros que são mais carentes ou simplesmente por observar uma boa conduta diante de todos. Não se deixe enganar querido amigo. A Bíblia afirma que “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia, Ele nos salvou...” (Tito 3.5)
O homem é justificado pelo sangue (Romanos 5.9). Não podemos pensar que Deus perdoa o pecador pela graça, desconsiderando os nossos pecados. A Bíblia é clara ao nos mostrar que a recompensa do pecado é a morte. “A alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.20), ensina-nos o profeta Ezequiel. E Paulo declarou: “o salário do pecado é a morte” (Rom 6.23). Deus pronunciou contra o pecado a sentença de morte, e a executa. Isto é o que aconteceu na cruz de Cristo, e isto é o significado das palavras: justificados pelo sangue de Cristo. A Cristo custou-Lhe levar sobre si a iniquidade de todos nós, despojando-se a Si mesmo de toda grandeza e glória, assumindo a forma de Servo, entregando a Sua própria vida por nós pecadores. “Carregando Ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para o pecado, vivamos para a justiça; por suas chagas fostes sarados” (1Pe 2.24). Este é o glorioso Evangelho! “Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” (1 Pe 3.18). “Lutero relata que um dia viu (talvez em sonhos) a Satanás, que lhe apresentava uma extensa lista dos seus pecados, perguntando-lhe se os reconhecia como seus. –“Sim – respondeu Lutero – reconheço-os. Desgraçadamente tenho-os cometido”. – Como, então, te chamas cristão? – insistiu Satanás. – “Ah! – replicou Lutero – há uma coisa que ignoras: Não sabes que sobre esta lista está escrito: “O sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado” (1Jo 1.7). Imediatamente Satanás desapareceu”[2].
É no sangue de Cristo vertido na cruz que encontramos a salvação. E somente aqueles que “lavaram as suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro" (Ap 7.14) se acharão diante do trono de Deus.
Indaga-nos Salomão: “Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?” (Provérbios 20.9). Cônscios de nossos pecados e das conseqüências que ele nos traz, busquemos em Cristo a nossa justificação, pois Nele há perdão e reconciliação. Quero encerrar nossa reflexão com as palavras do autor da carta aos Hebreus: “Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?”
[1] Collet, S. Estudos Bíblicos. Volume I. Ed. R. S. Canuto, Lisboa, 1937, p.3[2] op.cit., p.11
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