sexta-feira, setembro 26, 2008

A PALAVRA DE DEUS É VIVA!

Em Hebreus 4.12-13 a Palavra de Deus é retratada como sendo uma espada de dois gumes que corta penetrando o ser da pessoa, para expor e julgar seus pensamentos e motivações mais íntimos. Com isso Deus penetra nossos corações com sua Palavra e nos deixa descobertos diante de seus olhos. Aqui o texto nos recorda um criminoso sendo levado ao tribunal ou para execução. Freqüentemente um soldado segurava um punhal sob o queixo do criminoso para forçá-lo a erguer a cabeça para que todos pudessem ver quem ele era. De modo semelhante, a Escritura nos expõe o que realmente somos e nos força a encarar a realidade do nosso pecado. Mas a Escritura também reprova o ensino errôneo. O apóstolo João revela o poder da Palavra como verdade, quando diz que os crentes que vencem o maligno o fazem porque são fortes e a Palavra de Deus permanece neles. Crentes que têm um amplo entendimento da veracidade bíblica não são como crianças sem discernimento, mas são como jovens fortes que podem facilmente reconhecer a falsa doutrina, evitando ser "...como meninos agitados, de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro".
Jesus disse: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus". A Escritura é o nosso alimento espiritual. Pedro disse que deveríamos desejar o alimento da Palavra, com o mesmo desejo com que o bebê anseia pelo nutrimento do leite. Tiago afirmou: "...despojando-vos de toda a impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada..."(Tg 1.21). Esta é a nossa parte. Devemos receber a Palavra com um coração puro e uma atitude humilde. Enquanto o fazemos, ela progressivamente renova e transforma nosso pensamento, atitudes, ações, palavras, tornando-nos em pessoas segundo o coração de Deus.

sexta-feira, setembro 12, 2008

ALEGRAI-VOS NO SENHOR!


Muitas pessoas têm recorrido a bebida para experimentarem momentos de alegria na vida. São pessoas que, por se sentirem miseráveis e insatisfeitas consigo mesmas, buscam alcançar a felicidade no "trago".
Se objetivamos ter alegria em nossa vida devemos escutar o imperativo divino: "Enchei-vos do Espírito". A vida cristã é uma vida emociante, feliz, plena de alegria, pois a alegria do Senhor é a nossa força. A vida cristão não é somente uma vida cheia de alegria, mas uma vida que capacita a pessoa estar feliz em meio as provas e dificuldades. O apóstolo Pedro afirma: "...pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvação que está preparada para se revelar no último tempo; na qual exultais, ainda que agora por um pouco de tempo, sendo necessário, estejais contristados por várias provações, para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, sem o terdes visto, amais; no qual, sem agora o verdes, mas crendo, exultais com gozo inefável e cheio de glória, alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas" (1 Pedro 1.5-9).
Isto é cristianismo! Como isto é possível? É possível porque temos uma esperança e porque "o amor de Deus tem sido derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado". Somente aquele que, pela graça de Deus, teve um encontro com Cristo, obtendo assim uma nova vida pode dizer:

Embora me assalte o cruel satanás,
E ataque com vis tentações;
Oh! Certo eu estou, apesar de aflições,
Que feliz eu serei com Jesus!

quarta-feira, setembro 10, 2008

UMA IGREJA VIVA

Fala-se muito, atualmente, em Igreja viva e igreja morta. A diferença entre uma e outra, segundo pensam, reside especialmente na sua liturgia; ou seja, no modo de adoração a Deus. Se o culto é "animado", então, a igreja é viva; se é "solene", então, a igreja é morta. Entretanto a vida de uma igreja diz respeito a aspectos mais específicos que os de sua adoração ou liturgia. Fundamentados no modelo que nos oferece a Igreja primitiva, gostaríamos de salientar que uma igreja viva é aquela que tem uma sólida base doutrinária.
Lucas nos ensina que a Igreja Primitiva valorizava e perseverava na doutrina dos apóstolos. A palavra "doutrina", neste contexto, refere-se ao corpo de ensinamentos que os apóstolos, pela convivência com o Mestre, e pelas suas conclusões vétero-testamentárias, bem como pela necessidade de se fazer frente as heresias, apresentaram aos novos convertidos.
Se quisermos uma igreja vibrante devemos obter um profundo conhecimento das Escrituras, ou seja, ter a nossa vida sustentada pela Palavra de Deus. O Rev. M. Lloyd-Jones nos lembra que "a doutrina visa ser prática e a levar a grandes riquezas na vida cristã.
No entanto, é igualmente importante dizer que as nossas vidas cristãs nunca serão ricas, se não conhecermos e não aprendermos a doutrina. Estas coisas não devem ser separadas uma da outra; são uma coisa só e indivisível".
"Quanto amo a Tua Lei! É a minha meditação, todo o dia!" Será que você pode dizer isto? O grande reavivamento no tempo de Neemias começou quando os homens vieram ao sacerdote e disseram: Trazei o Livro (Neemias 8.1). Se queremos ser uma igreja viva e atuante devemos permitir que a doutrina de Deus renove o nosso coração, nossa mente e que a Sua Palavra dirija a nossa vida. Portanto, vale dizer que uma das principais características de uma igreja viva é a sua firmeza e perseverança nas doutrinas bíblicas. Levantar-se contra elas e combatê-las é infantilidade e insensatez. É destruir um edifício pelos seus alicerces.

O CÉU NA TERRA

Visto que o céu é estar com Jesus, estar com Jesus é o céu. E podemos estar com Ele agora. Como cristãos, é nosso imenso privilégio comungar com Cristo diariamente, ouvir Sua voz na Bíblia, buscá-lO em oração, partilhar com Ele nossas ansiedades e preocupações, expressar-Lhe o nosso amor e a nossa adoração. Chegamos a Cristo com pedidos por nossas necessidades e pelas dos outros, e pelo progresso do Seu reino. Recebemos dEle direção, fortalecimento e consolo. Não seria isso prelibar o céu?
Porventura não é trágico que haja cristãos professos que têm que ser bajulados ou pouco menos que aguilhoados para que adorem a Deus? A "hora tranqüila" da devoção pessoal é negligenciada por tantos, como se fosse um fardo tedioso! Os cristãos modernos estão prontos a ocupar-se em quase todo tipo de atividade religiosa, mas isso de serena comunhão com o Seu Senhor é considerado mais como um dever do que como um prazer. Eles esperam ir para o céu, afirmam que o aguardam anelantes. Todavia, a essência do céu que eles declaram esperar é essa comunhão com Cristo pela qual eles mostram tão pouco interesse!
Há subjacente a essa apatia espiritual alguma coisa profundamente perturbadora. "Se não chegarmos ao céu antes de morrermos", dizia Spurgeon, "nunca chegaremos lá depois".
Deveríamos passar mais tempo no céu. Deveríamos aproveitar-nos mais dos meios da graça que Deus providenciou para nosso benefício, praticar a presença de Cristo com maior entusiasmo, entrar mais completamente em comunhão com Ele aqui na terra. Quanto mais rica e mais profunda for a nossa comunhão com Ele agora, mais celestial será a nossa presente experiência e mais bem preparados estaremos para a glória. Isaak Walton escreveu sobre o puritano Richard Sibbes: Sobre este abençoado homem, basta fazer-lhe este elogio: O céu estava nele antes dele estar no céu.
Isso deveria ser verdade a respeito de todos nós. Não temos que ficar esperando! Podemos viver nos subúrbios do céu hoje. E quão diferentes isso nos faria! Quanto é que o céu significa para você? O seu presente relacionamento com Cristo dá a resposta.

Rev. Edward Donnelly
(Este texto é parte do livro: Depois da Morte – O Quê? Publicado pela PES)

quinta-feira, setembro 04, 2008

LUTANDO COM DEUS


O Rev. J. I. Packer afirma que o "nosso Deus é um Deus que nos abençoa quebrando". Assim foi com Saulo, quando o Senhor o fez cair no caminho de Damasco para transformá-lo no grande apóstolo que foi. Do mesmo modo Deus agiu com Jacó no vau do Jaboque, a fim de "depurá-lo do seu orgulho".
Há um dualismo na vida de Jacó. Ao mesmo tempo em que o vemos com o temor de Deus, sua vida é marcada pela auto-suficiência, evidenciada em sua atitude de querer levar vantagem em tudo. Por isso usurpa a bênção de seu irmão Esaú e engana seu sogro Labão.
Em Gênesis 32 lemos o relato de sua luta com Deus. A princípio sua auto-suficiência ainda é evidenciada. Em Oséias 12.4 lemos que ele "lutou com o anjo e prevaleceu", isto é, pensou que poderia vencer, confiava em sua própria força. Mas sua esperança de vitória lhe é tirada quando Deus o tornou coxo. Então, ele "chorou e lhe pediu mercê". E sabendo de sua derrota e, reconhecendo com quem lutava, clamou: "Não te deixarei ir se não me abençoares". Aprendeu a não confiar em si mesmo, mas a viver na dependência de Deus.
Isto me faz lembrar a ocasião em que os discípulos de Jesus enfrentavam uma tempestade em alto mar, enquanto o Mestre dormia. A princípio confiaram em suas habilidades, achando que dariam conta, afinal eram pescadores e acostumados com a lida do mar. Até que, destituídos de sua auto-suficiência, acordam a Jesus, suplicando-Lhe Sua intervenção.
Deus permite que passemos por tribulações a fim de que aprendamos a confiar e depender de Deus e em suas promessas, e não em nós mesmos. Torna-nos mancos, tal qual Jacó, para que saibamos que a nossa suficiência vem de Deus.


* A luta de Jacó e o Anjo. Obra do francês Alexander Louis Leloir, 1865.