Cortland Myers escreveu que “a mais fina porcelana do mundo é queimada pelo menos três vezes, e algumas mais de três vezes. A de Desdren sempre é queimada três vezes. E por que passa por esse calor intenso? Uma ou duas deveriam ser suficientes. Não, aquela porcelana precisa ser queimada três vezes para que os adornos de ouro e carmesim fiquem mais belos e se fixem nela permanentemente. Em nossa vida somos trabalhados segundo o mesmo princípio. Nossas provações ardem em nós uma, duas, três vezes. E pela graça de Deus as cores mais belas são nelas gravadas, e se fixam para sempre”. Quanta verdade há nesta declaração! Às vezes, como é próprio da natureza humana, nos queixamos dos nossos fardos e das tribulações que enfrentamos. Por que tenho que passar por tudo isso de novo? Esta é a indagação que fazemos. Alguns valores e princípios da vida cristã precisam ser trabalhados em nós e Deus usa as adversidades para imprimi-los em nós. Deus está nos transformando na imagem de Seu Filho. O fruto do Espírito está se desenvolvendo em nós. Muitos ao verem nossas dores nos acusam de estarmos em pecado, tal como os amigos de Jó. Para estes nossos sofrimentos são evidências de perdição, mas, com afirmou o apóstolo Paulo, na verdade são provas da nossa salvação (Fp 1.28). Nossas tribulações têm um caráter didático. O nosso Pai deseja que aprendamos algo a fim de que possamos viver de modo digno do Evangelho de Cristo. A teologia da prosperidade, tão difundida em nossos dias, descarta o ensino que obtemos através do fogo ao proclamar que devemos determinar a Deus que nos livre do mal. Lembremos que nos “foi concedida a graça de padecermos por Cristo e não somente de crerdes nele” (Fp 1.29). Se o próprio Filho de Deus “aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb 2.8), quanto mais nós pecadores. Portanto, não devemos murmurar e, sim, glorificarmos a Deus, pois Ele está trabalhando em nós para nos apresentar perante Ele perfeitos, sem máculas e nem rugas. Que possamos crescer em meio as nossas adversidades e, como o salmista, dizer: “Foi me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teu decretos” (Salmo 119.71). (extraído)
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