Quem é Deus? Esse é um
questionamento feito pelas mais diversas pessoas, nas mais diferentes épocas.
Há quem diga que a divindade é uma concepção ou construção de cada indivíduo,
ou seja, Deus pode ser diferente para cada pessoa, ou cada um pode ter o “seu
deus”, adorando-o como lhe for conveniente. Contudo a idéia pluralista não é
bíblica e todas as tentativas não-bíblicas de descrever a divindade são
equivocadas. Apesar de todo o esforço das autoridades, persiste em todo o mundo
a atividade de criminosos especializados em imprimir e distribuir dinheiro
falso. Uma cédula de R$ 50,00 falsificada é muito parecida com uma original.
Para reconhecer uma nota falsa, é fundamental que se conheça bem as cédulas
verdadeiras. Diferenças são percebidas na textura do papel, fios de segurança
e outros pequenos detalhes. Para discernir os falsos deuses, é preciso conhecer
ao Deus verdadeiro. O Deus revelado nas Escrituras é singular. Nenhuma
outra divindade imaginada pelos homens ou sugerida por Satanás pode ser
comparado a Ele. No Antigo Testamento, ele revela-se como o Deus eterno,
“aquele que é”. Por meio de seus profetas, ele se manifesta majestoso, único, e
em diversos pormenores incompreensível ao raciocínio humano. Disse Moisés a Deus: Eis que, quando eu
vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós
outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? Disse Deus a
Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros (Êx 3.13-14).
Com quem comparareis a Deus? Ou que
coisa semelhante confrontareis com ele? (Is 40.18).
Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos
fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento
(Is 40.28).
Duas coisas são fundamentais na vida cristã: abandonar os falsos
deuses e conhecer, mais e mais, ao Deus verdadeiro.
Então, disse Jacó à sua família e a todos os que com ele estavam:
Lançai fora os deuses
estranhos que há no vosso meio, purificai-vos e
mudai as vossas vestes (Gn 35.2).
Conheçamos e
prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a
alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva
serôdia que rega a terra (Os 6.3).
Por que precisamos conhecer a Deus? A prática do discipulado exige o entendimento da revelação bíblica
sobre o ser de Deus, pelas seguintes três razões:
1. O conhecimento de Deus produz autoconhecimento
Todo conhecimento que podemos ter acerca de nossa identidade,
nossas capacidades e nosso lugar no universo é iluminado e redimensionado pelo
conhecimento de nosso Criador. Se nos afastamos desse conhecimento,
precipitamo-nos no engano, tornamo-nos distorcidos em nosso caráter e erramos
o alvo da existência feliz.
Quase toda a soma de nosso conhecimento,
que de fato se deva julgar como verdadeiro
e sólido conhecimento, consta de duas partes: o conhecimento de Deus e o conhecimento de nós mesmos. (...) Por outro lado, é
notório que o homem jamais chega ao puro conhecimento de si mesmo até que haja antes
contemplado a face de Deus, e da visão dele desça a examinar-se a si próprio (CALVINO, 2006, 1.1,2, p. 41,
42).
2. O conhecimento de Deus produz uma fé amorosa e inteligente
Envolver-se com a religião sem conhecer ao Deus verdadeiro produz
apenas fanatismo ou ativismo oco. O verdadeiro conhecimento de Deus nos capacita
para respondermos a ele amorosa, voluntária e inteligentemente.
Eu
te amo,
ó SENHOR, força minha (Sl 18.1).
Agrada-me
fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua
lei (Sl 40.8).
Porque a mim se apegou
com amor, eu o livrarei; pô-lo-ei a salvo, porque conhece o meu
nome (Sl 91.14).
A isto ele respondeu: Amarás o Senhor,
teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e
de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu
próximo como a ti mesmo (Lc 10.27).
3. O conhecimento de Deus nos ajuda a servir melhor
O ser divino é a fonte, bem como o modelo
do perfeito serviço. Nele encontramos pessoalidade que possibilita
relacionamentos, diversidade que valoriza a distinção, unicidade que
destaca como singular e unidade que consolida perfeita harmonia. O
Cristianismo se diferencia de todas as outras religiões e confirma sua origem
divina, acolhendo a revelação bíblica do Deus tripessoal (pessoalidade
e diversidade), único (unicidade) e uno (indivisibilidade). Tais
características são aspectos fundamentais do Deus verdadeiro. As descrições da
divindade oferecidas pelas outras religiões não contemplam, conjuntamente,
todas essas características. Por isso são inadequadas para fornecer uma base
para a comunhão com Deus e o serviço humano.
2 comentários:
Parabéns pelo material do BLOG. De fato muito proveitoso para estudos...
Obrigado meu grande amigo!! abs
Postar um comentário