sexta-feira, junho 27, 2014

EVANGELIZAÇÃO: TAREFA SUPREMA DA IGREJA



A igreja tem como propósito principal a glória de Deus. Ela foi estabelecida para o louvor da glória de Deus. A evangelização é um instrumento pelo qual cumprimos o nosso propósito. Devemos proclamar o Evangelho de Cristo, reunindo os que creem em igrejas locais, com o objetivo de edificá-los na fé. E em Mateus 28.16-20 Jesus deixa evidente que a missão da igreja é fazer discípulos, os ensinando a guardar todas as coisas que Ele tem ordenado. A igreja é a agência do Reino de Deus no mundo, povo de propriedade exclusiva de Deus para proclamar as virtudes do Deus Eterno, conforme o apóstolo Pedro mesmo destaca em 1 Pedro 2.9. Proclamar as virtudes do Deus eterno consiste em manifestar a Sua glória “para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda  confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai” (Filipenses 2:10,11).  A grande comissão em Mateus 28:16-20 define a missão da igreja. Ela existe para proclamar o evangelho de Cristo a todas as nações. É importante ressaltar que evangelização é o meio pelo qual conduzimos pecadores à adoração do único e verdadeiro Deus. A igreja existe para promover a glória de Deus e a evangelização é um instrumento usado para conduzir pecadores á adoração. A evangelização é a suprema tarefa da igreja. A evangelização, primeiramente, é uma tarefa honrosa. Isto porque ao realiza-la entrega uma mensagem que recebeu do próprio Deus. Por isso Paulo declara: “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2 Coríntios 5:2). Em segundo lugar, a evangelização é uma tarefa urgente. A Bíblia é o livro da salvação, pois a mensagem central da Bíblia é o que o Deus da graça fez e está fazendo, por meio de Seu Filho e de Seu Espírito, para a salvação de pecadores. Por outro lado, a humanidade está morta em seus delitos e pecados e caminha “segundo o curso destemundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência(...) segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos” (Efésios 2.1-3)  e, por isso, encontra-se sob a ira de Deus. É pela pregação das boas novas de Deus em Cristo que o homem encontra a salvação da ira de Deus. Devemos pregar urgentemente, pois muitos não sabem acerca desta tão grande salvação. Por último, a evangelização é uma tarefa abrangente. Devemos anunciar todo o desígnio de Deus (Atos 20:27) a todas as pessoas. A evangelização consiste não só em anunciar a salvação mas em ensinar.   A ênfase de Cristo na grande comissão vai muito mais além do que evangelizar implica em discipular. A missão da igreja não é simplesmente conseguir conversões, mas completar o processo da vida cristã fazendo discípulos.  A vocação da igreja é promover a glória de Deus através da proclamação do Evangelho de Cristo e discipular os que creem, com o objetivo de edificá-los na fé. Em Mateus 28.16-20 Jesus deixa evidente que a missão da igreja é fazer discípulos, os ensinando a guardar todas as coisas que Ele tem ordenado.
A evangelização é a suprema tarefa da igreja e a vocação de todos os cristãos; todos são chamados a testemunhar. J.I. Packer, em sua obra intitulada: Evangelização e a Soberania de Deus, afirma que “a comissão de pregar o Evangelho e fazer discípulos jamais foi limitada aos apóstolos. Nem está atualmente confinada aos ministros da Igreja. Trata-se de uma comissão que repousa sobre toda a Igreja coletivamente e, portanto, sobre cada cristão individualmente”[5]. Portanto, o triunfo da Igreja hoje está no ministério da evangelização. Que possamos nos envolver nesta tarefa honrosa, urgente e abrangente.

sexta-feira, junho 06, 2014

ORAÇÃO:UMA VIDA ÍNTIMA COM DEUS

Se a sua vida de oração é inconsistente e fraca, assim será o seu relacionamento com Deus. Mas, coragem, você pode desenvolver uma vida de oração dinâmica! E quando você aprender a andar em oração poderosa diariamente, Deus transformará sua vida por inteiro.  É preciso aprender a enxergar a oração da  perspectiva de Deus. Nós precisamos parar de ver a oração como um meio de ter as nossas necessidades supridas. Muito além de somente suprir nossas necessidades, a oração é o meio principal pelo qual nos aproximamos de Deus para CONHECÊ-LO, ADORÁ-LO e EXPERIMENTARMOS TRANSFORMAÇÃO ATRAVÉS DE CRISTO, que habita em nós. É impossível desenvolver este relacionamento sem gastar um tempo significativo com Deus. E esta intimidade com Deus nos proporcionará muitas bênçãos:
•             Seu relacionamento com Ele se tornará mais real e pessoal;
•             Você experimentará uma santificação cada vez mais profunda e um discipulado transformador;
•             Sua capacidade de ouvir a voz de Deus será aumentada drasticamente;
•             O poder espiritual de sua vida e ministério aumentarão significativamente;
•             Você experimentará um aumento drástico nas respostas de oração;
•             Você experimentará um poder muito maior para  resistir a provações, tentações e ataques espirituais;
•             A medida que você aprende a orar de forma eficaz pelos perdidos, mais pessoas salvas você verá.
•             Você descobrirá como orar eficazmente por  avivamento e despertamento espiritual em sua  igreja, cidade e nação.

A oração é o cerne de um relacionamento com Deus. O salmista lembra-nos que “a intimidade do Senhor é para os que O temem” (Salmo 25:14).  Uma vida de oração pessoal com Deus não é só uma disciplina ou um ritual, é seu compromisso de ter um relacionamento. Nós colocamos ênfase em servir a Deus e trabalhar para Ele quando tudo o que Ele quer é o nosso sincero amor: Mateus 22.37. Paulo nos ensina que sacrifício e serviço não têm significado se não forem motivados por um relacionamento de amor genuíno. Um marido que diz amar sua esposa e só dedicar cinco minutos do seu dia a ela prova que, de fato, não a ama. Nenhum casamento resistiria muito tempo com um relacionamento tão superficial. Quando amamos alguém desejamos ficar o máximo de tempo possível com tal pessoa. Se você ama alguém um relacionamento íntimo é uma alegria, não uma obrigação! Como você acha que Deus se sente quando você separa pouco tempo ou nenhum tempo para estar a sós com Ele?  Lembre-se que as ações falam mais que palavras. Mais do que serviços e dízimos, Ele deseja, acima de tudo, um relacionamento de amor com você!

terça-feira, junho 03, 2014

JOVENS CRISTÃOS

Uma das verdades mais significativa que a Bíblia nos ensina é que Deus é nosso Pastor. Como Supremo Pastor, Deus nos conduz, orienta e guia. No evangelho de João lemos: “as ovelhas ouvem a sua voz (de Cristo), Ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora.  Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz”. Deus enviou Seu Filho para conduzir Sua igreja, para nos guiar. Isto implica que, como ovelhas do Seu pastoreio, devemos viver de acordo com o caminho que Ele estabeleceu, que as nossas vidas tenham um propósito no presente, como também um destino futuro.
Quando entoamos o hino oficial da UMP afirmamos: “Nossas mãos estarão unidas, combatendo a escravidão. De preciosas vidas, sem Jesus, sem direção”. Assim, aqueles que caminham sem Cristo, caminham sem direção, sem propósito. Estão perdidas, vagueando aflitas. Por isso buscam qualquer coisa para satisfazer suas vidas. Não é isto o que nos diz a canção do Rolling Stones? “I can’t get no satisfaction. I can’t get no satisfaction. And I try, I try, I try”. Satisfação é ter a Cristo, só Ele pode nos dar direção, só Ele pode nos guiar. Como jovens cristãos devemos andar pelo caminho que Deus traçou, desfrutar do propósito que Deus ordenou e ter os olhos postos no futuro, naquilo que Deus preparou.

1. Como jovens cristãos devemos ter os olhos no futuro, naquilo que Deus preparou.
Por que Deus me fez? Para que serve a minha vida?  A maior descoberta que alguém pode fazer é encontrar a razão pela qual foi criado. Do mesmo modo, a maior tragédia na vida de uma pessoa é viver sem saber por que foi criada. Uma pessoa  que não cumpre  o propósito para a qual foi criada é a mais miserável de todas as pessoas. Basicamente existem três tipos de pessoas:
·         Pessoas que não têm nenhum propósito na vida
·         Pessoas com um propósito errado
·         Pessoas que encontram propósito na vida
Por  que Deus te fez? Para serve a tua vida? Você está entre as pessoas que encontraram um propósito na vida? Jesus orou assim: “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo” (João 17.24). Nesta oração podemos perceber que Deus tem um plano para os que são seus e Seu propósito é que vejamos a Sua glória e vivamos na Sua presença. Deus, Sua glória  e Sua presença compõem o destino do cristão.  A vida cristã é descrita como uma caminhada, uma peregrinação, na qual temos nos olhos fixos à frente, estamos indo a um determinado lugar, esperando algo no futuro. Por isso o espírito da incredulidade é ilustrado pela mulher de Ló. Pois ela, ao contrário dos heróis da fé que “morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra” (Hb 11.13), olhou para trás.
O fato de termos um destino nos faz peregrinos. Caminhamos em direção a Deus. Não pertencemos a este mundo e, assim, nosso estilo de vida não deve ser determinado por este mundo. Daí a exortação de Paulo:Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (Cl 3.1). Como jovens cristãos devemos ter os olhos no futuro, naquilo que Deus preparou.
2. Como jovens cristãos devemos desfrutar do propósito que Deus ordenou.
Nosso Breve Catecismo pergunta: Qual é o fim principal do homem? E responde: O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-Lo para sempre. A vida cristã nada mais é do que compreender que pertencemos a Deus e, assim, devemos glorifica-Lo. Todo cristão é responsável por um viver que honre a Deus e por ser Seu autêntico representante neste mundo. Glorificar a Deus não consiste tão somente  em cantar-Lhe cânticos de louvor, embora isto esteja incluído, é refletir o brilho do caráter de Cristo em nossa vida.  A vida cristã inicia-se na conversão, mas não para aí. A conversão é ingressar num processo de  aperfeiçoamento rumo à medida da estatura de Cristo; é ser tomado de toda a plenitude de Deus.
“Viver para glória  de Deus significa imitar a Jesus.  Significa conhecer mais e mais as fontes internas que ativaram todo Seu comportamento, e pôr em prática em nossas vidas esses princípios. Significa viver na dependência do Espírito Santo”. Sua vida tem sido governada por um propósito celestial? Você se esforça em imitar a Jesus?
3. Como jovens cristãos devemos andar pelo caminho que Deus preparou.

Deus quer guiar as nossas vidas para que elas reflitam a glória do Seu filho. Para que isto se realize, Ele nos chama a imitar a Cristo. A Bíblia nos diz: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” (1 João 3.2). Mas, para nos fazer semelhantes a Cristo naquela ocasião, Deus começou a fazer-nos semelhantes a Cristo agora! Nossa conduta deve refletir a vida de Cristo descrita na Palavra de Deus. Cristo deixou a glória e se fez Servo (Fp 2.7; 1 Pe 5.6). Cristo sofreu e depois entrou na glória: Lc 24.26; Hb 12.2. A obra de conduzir muitos filhos à glória envolve a repetição desse processo em nossa vida. Eis aí o nosso paradoxo: a vida cristã é um caminho para glória, por meio da tribulação. “Fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14.22). Devemos tomar a cruz de Cristo, viver sob a cruz. Rm 6.14. Como jovens cristãos devemos andar pelo caminho que Deus preparou.

segunda-feira, junho 02, 2014

UMA FAMÍLIA DESOBEDIENTE - GÊNESIS 3

Em Gênesis 1:27 lemos: “Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Eis o relato bíblico da criação da família. Família é obra de Deus, é criação divina. Deus estabeleceu a família para desfrutar de uma íntima comunhão com Ele. Contudo, esta família se rebelou contra Deus e o homem julgou-se capaz de dirigir sua própria vida e família sem o auxílio e direção do Criador. Encontramos em Gênesis 3 o relato de uma família desobediente. E, nesta noite, gostaria de relatar e meditar sobre o fundamento da desobediência, isto é, o que impulsionou o homem a pecar. Ver quais as conseqüências da desobediência e, por último, a maneira como Deus restaurou esta família.

1. O fundamento da desobediência: orgulho.
Gênesis 3 nos relata acerca da entrada do pecado na história humana, contudo não explica essa origem. O Rev. A. Hoekema declara que “Adão e Eva foram tentados pelos seus próprios desejos de pecar, mas jamais entenderemos como ou por quê”.  Como seria possível que alguém que foi criado em retidão, sem pecado, pudesse pecar?  É um mistério que não nos foi revelado e tentar explicá-lo é como tentar ver as trevas ou ouvir o silêncio, como declarou Agostinho. Quero ressaltar ainda que “O pecado é contra a vontade de Deus, mas nunca sem ou além da sua vontade. Deus permitiu que acontecesse a queda porque em sua onipotência Ele poderia produzir o bem até mesmo do mal” (A. Hoekema).
Embora não compreendamos esse enigma, nos é possível identificar a causa, ou melhor, qual o fundamento que levou a humanidade à desobediência.  O texto nos relata que a serpente, a personificação do diabo, enganou Eva. O diabo não se dirigiu ao homem e, sim, a mulher. Em Gn 2:16,17 a ordem divina de não comer do fruto foi dada diretamente à Adão e ele, como cabeça do lar, instruiu sua mulher. Deste modo Eva seria mais susceptível à argumentação e dúvida. Primeiramente a serpente colocou a dúvida: “Não é assim que Deus disse...?” e em seguida, confrontou a declaração divina: “É certo que não morrereis”. E, por último, despertou o orgulho: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal”.  Ser como Deus foi o desejo de Eva, o mesmo desejo que gerou a maldade de satanás. Isaías nos diz que no coração do diabo ele dizia: “... e serei semelhante ao Altíssimo”.  Vaidade, jactância, orgulho é o âmago do pecado original e de todos os pecados que dele decorrem. Porém, “comer o fruto não faria que Eva se tornasse como Deus. Faria que se tornasse como o diabo – caído, corrupto e condenável” como afirmou o Rev. J.  MacArthur.
 2. Os resultados da desobediência: vergonha, medo, fuga da responsabilidade e morte.
O apóstolo João escreveu em sua carta que “todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei” (1 João 3:4). Essa é maneira bíblica de descrever o pecado. “Pecado é qualquer falta de conformidade com a Lei de Deus ou qualquer transgressão dessa Lei”.  Adão e Eva pecaram porque não se conformaram à vontade de Deus, transgrediram Sua ordem. O Rev. Stott afirma que “todo pecado é uma forma de revolta egoísta contra a autoridade de Deus”. A humanidade se rebelou contra o Seu Criador. Quais são os resultados dessa revolta? Quais as conseqüências da desobediência? A desobediência dos nossos primeiros pais teve efeito imediato. No relato bíblico vemos que, ao invés de se tornaram como Deus, como o diabo disse, eles experimentaram:
Vergonha“Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si”.  A vergonha surge como fruto de uma consciência culpada e, imediatamente, Adão e Eva tentam remediar tal situação cobrindo-se com as folhas da figueira. Desde o início o homem, com sua religiosidade vã, tenta remediar sua situação com Deus.
Medo – Outra conseqüência é o medo. A culpa gerou vergonha e medo. Medo do que Deus poderia lhes fazer como castigo pelo seu pecado. “É evidente que a vergonha dos nossos primeiros pais foi acompanhada de um profundo sentimento de temor, pavor e horror diante da perspectiva de prestar contas a Deus pelo que haviam feito” (J. MacArthur).
Fuga da responsabilidade – Adão acusa a Deus: A mulher que me deste. Eva acusa a serpente: A serpente me enganou. Era momento de reconhecer o erro, de declarar que eles haviam desobedecido à ordem divina.  “Nem o homem nem a mulher estavam dispostos a admitir responsabilidade pessoal na culpa do seu primeiro pecado” (Hoekema).
Morte – Adão desobedeceu e morreu. A sua morte envolveu a separação do homem com Deus, o que denominamos de morte espiritual. O texto nos diz que Deus expulsou o homem do paraíso, evidenciando a ruptura com o Criador. Com o pecado, a comunhão espiritual foi rompida. Deus é Santo e o homem contaminou-se com o pecado.  E a Bíblia nos diz: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”. (Isaías 59:1, 2).
3. O remédio para a desobediência: Cristo.
 No versículo 15 encontramos uma promessa de Deus e esta promessa indica a graça redentora de Deus para com o homem pecador: “Porei inimizade entre ti (a serpente) e a mulher, entre a tua descendência e o seu descente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar“Essa passagem, na verdade, irrompe sobre nós como um alvorecer que vem dissipar trevas, tristeza e miséria” (Hoekema). O homem desobedeceu, pecou e Deus manifestou a graça. Obviamente que a descendência da serpente não é a descendência física, mas se refere aos homens que compartilham dos propósitos e da vontade do diabo, os quais se mantêm em rebelião contra Deus. Isso nos lembra as palavras de Jesus aos judeus que se opunham a Ele: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos” (João 8:44). Em contrapartida, a semente da mulher seria o povo de Deus, refere-se àqueles que viriam a crer na promessa de Deus. “Estende-se a inimizade entre a mulher e satanás à inimizade entre dois grupos de pessoas. A história do mundo a partir de então passaria a ser uma história de antítese, de oposição, entre o povo de Deus (a semente da mulher) e os oponentes de Deus (a semente da serpente)”. No entanto, na última parte do versículo, Deus passa da compreensão coletiva para a individual no que se refere aos tipos de descendência. A figura aqui é de um homem que pisa a cabeça da serpente para esmagá-la e que tem o seu calcanhar ferido neste processo. Embora Adão e Eva não tenham compreendido de forma plena esta promessa, podemos compreender pelo ensino das Escrituras que Deus se referia a Jesus que viria para ferir mortalmente o diabo. Sabemos que Jesus sofreu no processo de obter vitória sobre satanás, mas Ele venceu no final. Vemos, então, nesta promessa o vislumbre do evangelho, o que os estudiosos chamam de proto-evangelho, isto é, o primeiro evangelho. Ainda que a primeira família tenha desobedecido, Deus manifestou naquele lar a graça salvadora. Deus resgataria a família que se perdeu, provendo um Salvador!

Em Gênesis 3 a família que Deus criou se perdeu, desobedeceu a Palavra de Deus. As conseqüências dessa desobediência trouxeram culpa, vergonha, medo, fuga e a maior de todas: a separação da família com Deus. No entanto, o Deus das Escrituras se revela gracioso, misericordioso e providencia um redentor para a família. Mas o que toda esta história tem a ver comigo, com a minha família hoje? Creio que há preciosas lições para nós e nossa família.
1) Crer e obedecer a Palavra de Deus é melhor do que crer nas mentiras do diabo. A família de Adão desobedeceu, não creu em Deus e ouviu as insinuações de satanás. A Bíblia nos diz:

Obedeçam aos seus decretos e mandamentos que hoje lhes ordeno, para que tudo vá bem com vocês e seus descendentes, e para que vivam muito tempo na terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá para sempre (Dt 4:40).

Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido (Js 1:8).

Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, e tudo te irá bem. Tua esposa no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao Senhor! (Sl 128:1-4).

Se você deseja ter uma família abençoada ouça a Palavra de Deus e se guie por ela e não pelas mentiras do diabo!
2) Nossas famílias enfrentam lutas, lidam com problemas, sofrimentos e dificuldades. Qual família que não passa por tribulação? Contudo aprendemos nessa passagem que a presença de Cristo em nosso lar nos ajuda a lidar com todas as nossas dificuldades. É em Cristo que temos a restauração da nossa família. Há um cântico infantil que nos apresenta uma grande verdade: Com Cristo no barco vai tudo bem, vai tudo bem e passa o temporal! Se queremos ter um lar feliz, abençoado - e isto não quer dizer  sem aflições – devemos buscar a Cristo, invocar a Sua presença em nossa família.