sábado, junho 28, 2014
sexta-feira, junho 27, 2014
EVANGELIZAÇÃO: TAREFA SUPREMA DA IGREJA
A igreja tem como propósito principal a glória de
Deus. Ela foi estabelecida para o louvor da glória de Deus. A evangelização é
um instrumento pelo qual cumprimos o nosso propósito. Devemos proclamar o
Evangelho de Cristo, reunindo os que creem em igrejas locais, com o objetivo de
edificá-los na fé. E em Mateus 28.16-20 Jesus deixa evidente que a missão da
igreja é fazer discípulos, os ensinando a guardar todas as coisas que Ele tem
ordenado. A igreja é a agência
do Reino de Deus no mundo, povo de propriedade exclusiva de Deus para proclamar
as virtudes do Deus Eterno, conforme o apóstolo Pedro mesmo destaca em 1 Pedro
2.9. Proclamar as virtudes do Deus eterno consiste em manifestar a Sua glória
“para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo
da terra, e toda confesse que Jesus
Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai” (Filipenses 2:10,11). A grande comissão em Mateus 28:16-20 define a
missão da igreja. Ela existe para proclamar o evangelho de Cristo a todas as
nações. É importante ressaltar que evangelização é o meio pelo qual conduzimos
pecadores à adoração do único e verdadeiro Deus. A igreja existe para promover
a glória de Deus e a evangelização é um instrumento usado para conduzir
pecadores á adoração. A evangelização é a suprema tarefa da igreja. A evangelização, primeiramente, é uma
tarefa honrosa. Isto porque ao realiza-la entrega uma mensagem que recebeu
do próprio Deus. Por isso Paulo declara: “De
sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por
nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com
Deus” (2 Coríntios 5:2). Em segundo
lugar, a evangelização é uma tarefa urgente. A Bíblia é o livro da
salvação, pois a mensagem central da Bíblia é o que o Deus da graça fez e está
fazendo, por meio de Seu Filho e de Seu Espírito, para a salvação de pecadores.
Por outro lado, a humanidade está morta em seus delitos e pecados e caminha “segundo
o curso destemundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que
agora atua nos filhos da desobediência(...) segundo as inclinações da nossa
carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos” (Efésios 2.1-3) e, por isso, encontra-se sob a ira de Deus. É
pela pregação das boas novas de Deus em Cristo que o homem encontra a salvação
da ira de Deus. Devemos pregar urgentemente, pois muitos não sabem acerca desta
tão grande salvação. Por último, a evangelização
é uma tarefa abrangente. Devemos anunciar todo o desígnio de Deus (Atos
20:27) a todas as pessoas. A evangelização consiste não só em anunciar a
salvação mas em ensinar. A ênfase de Cristo na grande comissão vai
muito mais além do que evangelizar implica em discipular. A missão da igreja
não é simplesmente conseguir conversões, mas completar o processo da vida cristã
fazendo discípulos. A vocação da igreja
é promover a glória de Deus através da proclamação do Evangelho de Cristo e
discipular os que creem, com o objetivo de edificá-los na fé. Em Mateus
28.16-20 Jesus deixa evidente que a missão da igreja é fazer discípulos, os
ensinando a guardar todas as coisas que Ele tem ordenado.
A
evangelização é a suprema tarefa
da igreja e a vocação de todos os cristãos; todos são chamados a testemunhar. J.I.
Packer, em sua obra intitulada: Evangelização
e a Soberania de Deus, afirma que “a
comissão de pregar o Evangelho e fazer discípulos jamais foi limitada aos
apóstolos. Nem está atualmente confinada aos ministros da Igreja. Trata-se de
uma comissão que repousa sobre toda a Igreja coletivamente e, portanto, sobre
cada cristão individualmente”[5]. Portanto, o triunfo da Igreja hoje está no
ministério da evangelização. Que possamos nos envolver nesta tarefa honrosa, urgente
e abrangente.
sexta-feira, junho 06, 2014
ORAÇÃO:UMA VIDA ÍNTIMA COM DEUS
Se a sua vida de oração é
inconsistente e fraca, assim será o seu relacionamento com Deus. Mas, coragem,
você pode desenvolver uma vida de oração dinâmica! E quando você aprender a
andar em oração poderosa diariamente, Deus transformará sua vida por inteiro. É preciso aprender a enxergar a oração
da perspectiva de Deus. Nós precisamos
parar de ver a oração como um meio de ter as nossas necessidades supridas.
Muito além de somente suprir nossas necessidades, a oração é o meio principal
pelo qual nos aproximamos de Deus para CONHECÊ-LO, ADORÁ-LO e EXPERIMENTARMOS
TRANSFORMAÇÃO ATRAVÉS DE CRISTO, que habita em nós. É impossível desenvolver
este relacionamento sem gastar um tempo significativo com Deus. E esta
intimidade com Deus nos proporcionará muitas bênçãos:
• Seu
relacionamento com Ele se tornará mais real e pessoal;
• Você
experimentará uma santificação cada vez mais profunda e um discipulado
transformador;
• Sua
capacidade de ouvir a voz de Deus será aumentada drasticamente;
• O
poder espiritual de sua vida e ministério aumentarão significativamente;
• Você
experimentará um aumento drástico nas respostas de oração;
• Você
experimentará um poder muito maior para
resistir a provações, tentações e ataques espirituais;
• A
medida que você aprende a orar de forma eficaz pelos perdidos, mais pessoas
salvas você verá.
• Você
descobrirá como orar eficazmente por
avivamento e despertamento espiritual em sua igreja, cidade e nação.
A oração é o cerne de um
relacionamento com Deus. O salmista lembra-nos que “a intimidade do Senhor é
para os que O temem” (Salmo 25:14). Uma
vida de oração pessoal com Deus não é só uma disciplina ou um ritual, é seu
compromisso de ter um relacionamento. Nós colocamos ênfase em servir a Deus e
trabalhar para Ele quando tudo o que Ele quer é o nosso sincero amor: Mateus
22.37. Paulo nos ensina que sacrifício e serviço não têm significado se não
forem motivados por um relacionamento de amor genuíno. Um marido que diz amar
sua esposa e só dedicar cinco minutos do seu dia a ela prova que, de fato, não
a ama. Nenhum casamento resistiria muito tempo com um relacionamento tão
superficial. Quando amamos alguém desejamos ficar o máximo de tempo possível
com tal pessoa. Se você ama alguém um relacionamento íntimo é uma alegria, não
uma obrigação! Como você acha que Deus se sente quando você separa pouco tempo
ou nenhum tempo para estar a sós com Ele?
Lembre-se que as ações falam mais que palavras. Mais do que serviços e
dízimos, Ele deseja, acima de tudo, um relacionamento de amor com você!
terça-feira, junho 03, 2014
JOVENS CRISTÃOS
Uma das verdades mais significativa
que a Bíblia nos ensina é que Deus é nosso Pastor. Como Supremo Pastor, Deus
nos conduz, orienta e guia. No evangelho de João lemos: “as ovelhas ouvem a sua voz (de Cristo), Ele chama pelo nome as suas
próprias ovelhas e as conduz para fora. Depois de fazer sair todas as que
lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz”.
Deus enviou Seu Filho para conduzir Sua igreja, para nos guiar. Isto implica
que, como ovelhas do Seu pastoreio, devemos viver de acordo com o caminho que
Ele estabeleceu, que as nossas vidas tenham um propósito no presente, como
também um destino futuro.
Quando entoamos o hino oficial da
UMP afirmamos: “Nossas mãos estarão unidas, combatendo a escravidão. De
preciosas vidas, sem Jesus, sem direção”. Assim, aqueles que caminham sem
Cristo, caminham sem direção, sem propósito. Estão perdidas, vagueando aflitas.
Por isso buscam qualquer coisa para satisfazer suas vidas. Não é isto o que nos
diz a canção do Rolling Stones? “I can’t get no satisfaction. I can’t get no
satisfaction. And I try, I try, I
try”. Satisfação é ter a Cristo, só Ele pode nos dar direção, só Ele pode nos
guiar. Como jovens cristãos devemos andar pelo caminho que Deus traçou,
desfrutar do propósito que Deus ordenou e ter os olhos postos no futuro,
naquilo que Deus preparou.
1.
Como jovens cristãos devemos ter os olhos no futuro, naquilo que Deus preparou.
Por que Deus me fez? Para que serve
a minha vida? A maior descoberta que
alguém pode fazer é encontrar a razão pela qual foi criado. Do mesmo modo, a
maior tragédia na vida de uma pessoa é viver sem saber por que foi criada. Uma
pessoa que não cumpre o propósito para a qual foi criada é a mais
miserável de todas as pessoas. Basicamente existem três tipos de pessoas:
·
Pessoas que não têm nenhum propósito na vida
·
Pessoas com um propósito errado
·
Pessoas que encontram propósito na vida
Por que Deus te fez? Para serve a tua vida? Você
está entre as pessoas que encontraram um propósito na vida? Jesus orou assim: “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste,
para que vejam a minha glória que me
conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo” (João 17.24).
Nesta oração podemos perceber que Deus tem um plano para os que são seus e Seu
propósito é que vejamos a Sua glória e vivamos na Sua presença. Deus, Sua
glória e Sua presença compõem o destino
do cristão. A vida cristã é descrita
como uma caminhada, uma peregrinação, na qual temos nos olhos fixos à frente,
estamos indo a um determinado lugar, esperando algo no futuro. Por isso o
espírito da incredulidade é ilustrado pela mulher de Ló. Pois ela, ao contrário
dos heróis da fé que “morreram na fé, sem
ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e
confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra” (Hb 11.13),
olhou para trás.
O fato de termos um destino nos faz
peregrinos. Caminhamos em direção a Deus. Não pertencemos a este mundo e,
assim, nosso estilo de vida não deve ser determinado por este mundo. Daí a
exortação de Paulo: “Portanto, se
fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde
Cristo vive, assentado à direita de Deus” (Cl 3.1). Como jovens cristãos
devemos ter os olhos no futuro, naquilo que Deus preparou.
2.
Como jovens cristãos devemos desfrutar do propósito que Deus ordenou.
Nosso Breve Catecismo pergunta: Qual é o fim principal do homem? E
responde: O fim principal do homem é
glorificar a Deus e gozá-Lo para sempre. A vida cristã nada mais é do que
compreender que pertencemos a Deus e, assim, devemos glorifica-Lo. Todo cristão
é responsável por um viver que honre a Deus e por ser Seu autêntico
representante neste mundo. Glorificar a Deus não consiste tão somente em cantar-Lhe cânticos de louvor, embora isto
esteja incluído, é refletir o brilho do caráter de Cristo em nossa vida. A vida cristã inicia-se na conversão, mas não
para aí. A conversão é ingressar num processo de aperfeiçoamento rumo à medida da estatura de Cristo; é ser tomado de toda
a plenitude de Deus.
“Viver
para glória de Deus significa imitar a
Jesus. Significa conhecer mais e mais as
fontes internas que ativaram todo Seu comportamento, e pôr em prática em nossas
vidas esses princípios. Significa viver na dependência do Espírito Santo”. Sua vida tem sido governada por um propósito
celestial? Você se esforça em imitar a Jesus?
3.
Como jovens cristãos devemos andar pelo caminho que Deus preparou.
Deus quer guiar as nossas vidas
para que elas reflitam a glória do Seu filho. Para que isto se realize, Ele nos
chama a imitar a Cristo. A Bíblia nos diz: “Amados,
agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser.
Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque
haveremos de vê-lo como ele é” (1 João 3.2). Mas, para nos fazer
semelhantes a Cristo naquela ocasião, Deus começou a fazer-nos semelhantes a
Cristo agora! Nossa conduta deve refletir a vida de Cristo descrita na Palavra
de Deus. Cristo deixou a glória e se fez Servo (Fp 2.7; 1 Pe 5.6). Cristo
sofreu e depois entrou na glória: Lc 24.26; Hb 12.2. A obra de conduzir muitos
filhos à glória envolve a repetição desse processo em nossa vida. Eis aí o
nosso paradoxo: a vida cristã é um caminho para glória, por meio da tribulação.
“Fortalecendo a alma dos discípulos,
exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas
tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14.22). Devemos
tomar a cruz de Cristo, viver sob a cruz. Rm 6.14. Como jovens cristãos devemos
andar pelo caminho que Deus preparou.
segunda-feira, junho 02, 2014
UMA FAMÍLIA DESOBEDIENTE - GÊNESIS 3
Em Gênesis 1:27 lemos: “Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à
imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Eis o relato bíblico da
criação da família. Família é obra de Deus, é criação divina. Deus estabeleceu
a família para desfrutar de uma íntima comunhão com Ele. Contudo, esta família
se rebelou contra Deus e o homem julgou-se capaz de dirigir sua própria vida e
família sem o auxílio e direção do Criador. Encontramos em Gênesis 3 o relato
de uma família desobediente. E, nesta noite, gostaria de relatar e meditar
sobre o fundamento da desobediência, isto é, o que impulsionou o homem a pecar.
Ver quais as conseqüências da desobediência e, por último, a maneira como Deus
restaurou esta família.
1. O fundamento da desobediência: orgulho.
Gênesis 3 nos relata acerca da
entrada do pecado na história humana, contudo não explica essa origem. O Rev.
A. Hoekema declara que “Adão e Eva foram
tentados pelos seus próprios desejos de pecar, mas jamais entenderemos como ou
por quê”. Como seria possível que
alguém que foi criado em retidão, sem pecado, pudesse pecar? É um mistério que não nos foi revelado e
tentar explicá-lo é como tentar ver as trevas ou ouvir o silêncio, como
declarou Agostinho. Quero ressaltar ainda que “O pecado é contra a vontade de Deus, mas nunca sem ou além da sua
vontade. Deus permitiu que acontecesse a queda porque em sua onipotência Ele
poderia produzir o bem até mesmo do mal” (A. Hoekema).
Embora não compreendamos esse enigma,
nos é possível identificar a causa, ou melhor, qual o fundamento que levou a
humanidade à desobediência. O texto nos
relata que a serpente, a personificação do diabo, enganou Eva. O diabo não se
dirigiu ao homem e, sim, a mulher. Em Gn 2:16,17 a ordem divina de não comer do
fruto foi dada diretamente à Adão e ele, como cabeça do lar, instruiu sua
mulher. Deste modo Eva seria mais susceptível à argumentação e dúvida.
Primeiramente a serpente colocou a dúvida: “Não
é assim que Deus disse...?” e em seguida, confrontou a declaração divina: “É certo que não morrereis”. E, por
último, despertou o orgulho: “Porque Deus
sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus,
sereis conhecedores do bem e do mal”.
Ser como Deus foi o desejo de Eva, o mesmo desejo que gerou a maldade de
satanás. Isaías nos diz que no coração do diabo ele dizia: “... e serei semelhante ao Altíssimo”. Vaidade, jactância, orgulho é o âmago do
pecado original e de todos os pecados que dele decorrem. Porém, “comer o fruto
não faria que Eva se tornasse como Deus. Faria que se tornasse como o diabo –
caído, corrupto e condenável” como afirmou o Rev. J. MacArthur.
2. Os resultados da
desobediência: vergonha, medo, fuga da
responsabilidade e morte.
O apóstolo João escreveu em sua
carta que “todo aquele que pratica o
pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei” (1
João 3:4). Essa é maneira bíblica de descrever o pecado. “Pecado é qualquer falta de conformidade com a Lei de Deus ou qualquer transgressão
dessa Lei”. Adão e Eva pecaram
porque não se conformaram à vontade de Deus, transgrediram Sua ordem. O Rev.
Stott afirma que “todo pecado é uma forma
de revolta egoísta contra a autoridade de Deus”. A humanidade se rebelou
contra o Seu Criador. Quais são os resultados dessa revolta? Quais as
conseqüências da desobediência? A desobediência dos nossos primeiros pais teve
efeito imediato. No relato bíblico vemos que, ao invés de se tornaram como
Deus, como o diabo disse, eles experimentaram:
Vergonha – “Abriram-se,
então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus coseram folhas de
figueira e fizeram cintas para si”. A vergonha surge como fruto de uma consciência
culpada e, imediatamente, Adão e Eva tentam remediar tal situação cobrindo-se
com as folhas da figueira. Desde o início o homem, com sua religiosidade vã,
tenta remediar sua situação com Deus.
Medo – Outra
conseqüência é o medo. A culpa gerou vergonha e medo. Medo do que Deus poderia
lhes fazer como castigo pelo seu pecado. “É
evidente que a vergonha dos nossos primeiros pais foi acompanhada de um
profundo sentimento de temor, pavor e horror diante da perspectiva de prestar
contas a Deus pelo que haviam feito” (J. MacArthur).
Fuga da responsabilidade – Adão acusa a Deus: A mulher que me deste. Eva acusa a
serpente: A serpente me enganou. Era
momento de reconhecer o erro, de declarar que eles haviam desobedecido à ordem
divina. “Nem o homem nem a mulher estavam dispostos a
admitir responsabilidade pessoal na culpa do seu primeiro pecado”
(Hoekema).
Morte – Adão desobedeceu e morreu. A sua morte envolveu a
separação do homem com Deus, o que denominamos de morte espiritual. O texto nos
diz que Deus expulsou o homem do paraíso, evidenciando a ruptura com o Criador.
Com o pecado, a comunhão espiritual foi rompida. Deus é Santo e o homem
contaminou-se com o pecado. E a Bíblia
nos diz: “Eis que a mão do Senhor não
está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não
poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso
Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”.
(Isaías 59:1, 2).
3. O remédio para a
desobediência: Cristo.
No versículo 15 encontramos uma promessa de
Deus e esta promessa indica a graça redentora de Deus para com o homem pecador:
“Porei inimizade entre ti (a serpente) e a mulher, entre a tua descendência e o
seu descente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.
“Essa passagem, na verdade,
irrompe sobre nós como um alvorecer que vem dissipar trevas, tristeza e
miséria” (Hoekema). O homem desobedeceu, pecou e Deus manifestou a graça.
Obviamente que a descendência da serpente não é a descendência física, mas se
refere aos homens que compartilham dos propósitos e da vontade do diabo, os
quais se mantêm em rebelião contra Deus. Isso nos lembra as palavras de Jesus
aos judeus que se opunham a Ele: “Vós
sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos” (João
8:44). Em contrapartida, a semente da mulher seria o povo de Deus, refere-se
àqueles que viriam a crer na promessa de Deus. “Estende-se a inimizade entre a mulher e satanás à inimizade entre dois
grupos de pessoas. A história do mundo a partir de então passaria a ser uma
história de antítese, de oposição, entre o povo de Deus (a semente da mulher) e
os oponentes de Deus (a semente da serpente)”. No entanto, na última parte
do versículo, Deus passa da compreensão coletiva para a individual no que se
refere aos tipos de descendência. A figura aqui é de um homem que pisa a cabeça
da serpente para esmagá-la e que tem o seu calcanhar ferido neste processo.
Embora Adão e Eva não tenham compreendido de forma plena esta promessa, podemos
compreender pelo ensino das Escrituras que Deus se referia a Jesus que viria para
ferir mortalmente o diabo. Sabemos que Jesus sofreu no processo de obter
vitória sobre satanás, mas Ele venceu no final. Vemos, então, nesta promessa o
vislumbre do evangelho, o que os estudiosos chamam de proto-evangelho, isto é,
o primeiro evangelho. Ainda que a primeira família tenha desobedecido, Deus
manifestou naquele lar a graça salvadora. Deus resgataria a família que se
perdeu, provendo um Salvador!
Em Gênesis 3 a família que Deus
criou se perdeu, desobedeceu a Palavra de Deus. As conseqüências dessa
desobediência trouxeram culpa, vergonha, medo, fuga e a maior de todas: a
separação da família com Deus. No entanto, o Deus das Escrituras se revela
gracioso, misericordioso e providencia um redentor para a família. Mas o que
toda esta história tem a ver comigo, com a minha família hoje? Creio que há
preciosas lições para nós e nossa família.
1) Crer e obedecer a Palavra
de Deus é melhor do que crer nas mentiras do diabo. A família de Adão
desobedeceu, não creu em Deus e ouviu as insinuações de satanás. A Bíblia nos
diz:
Obedeçam aos seus decretos e
mandamentos que hoje lhes ordeno, para que tudo vá bem com vocês e seus
descendentes, e para que vivam muito tempo na terra que o Senhor, o seu Deus,
lhes dá para sempre (Dt 4:40).
Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes medita nele dia e noite,
para que tenhas cuidado de fazer tudo quanto nele está escrito; então, farás
prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido (Js 1:8).
Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Do
trabalho de tuas mãos comerás, e tudo te irá bem. Tua esposa no interior de tua
casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à
roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao Senhor! (Sl
128:1-4).
Se você deseja ter uma família
abençoada ouça a Palavra de Deus e se guie por ela e não pelas mentiras do
diabo!
2) Nossas famílias enfrentam lutas, lidam com problemas,
sofrimentos e dificuldades. Qual família que não passa por tribulação? Contudo
aprendemos nessa passagem que a presença de Cristo em nosso lar nos ajuda a
lidar com todas as nossas dificuldades. É em Cristo que temos a restauração da
nossa família. Há um cântico infantil que nos apresenta uma grande verdade: Com Cristo no barco vai tudo bem, vai tudo
bem e passa o temporal! Se queremos ter um lar feliz, abençoado - e isto
não quer dizer sem aflições – devemos
buscar a Cristo, invocar a Sua presença em nossa família.
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