Jorge, um garoto meigo, educado e
bom filho, ao completar seus sete anos ganha sua primeira bicicleta. A alegria
lhe invade a alma e o coração. O sorriso surge em sua face. Entusiasmado, pensa
logo em se divertir, contudo, para sua própria segurança é necessário o uso das
“rodinhas”, que lhe dão equilíbrio e o impendem de cair. Sentindo-se seguro e “homem” bastante resolve
tirar logo as “rodinhas”, afinal já tem sete anos! Sob o olhar paterno, atento
e amoroso, Jorge aventura-se a demonstrar sua habilidade. Porém,
desequilibra-se, cai e sofre vários arranhões. Frustrado, envergonhado e com
medo de não conseguir desanda a chorar. Em sua decepção se vê tomado pelos
braços paternos, os quais dispensam carinho, cuidado e estímulo para
aventurar-se novamente até alcançar seu objetivo. Em nossa infância é tão
maravilhoso quando desfrutamos da segurança e conforto que nossos pais nos
proporcionam!
Ao ler a declaração do salmista que
afirma que “o SENHOR cuida das pessoas
simples; quando já não tinha mais forças, Ele me salvou” (Salmo 116.6),
pude perceber que, do mesmo modo que o pai do Jorge, Deus está sempre pronto
para dispensar amor, graça e refúgio àqueles que se acham frustrados e decepcionados
com os tombos que a vida nos proporciona. Na vida, muitas vezes, nos
desequilibramos, caímos e sofremos muitos arranhões, principalmente quando nos
pautamos em nossa autossuficiência. Pessoas simples são como crianças que
evidenciam plena confiança e total dependência no pai e correm para se refugiar
em seus braços. Quando nos despimos de nossa própria vaidade e abandonamos
nosso orgulho e recorremos à graça e à misericórdia de Deus experimentamos um
novo alento e podemos também dizer: “quando
já não tinha forças, Deus me salvou”.
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