Há um mundo sem Cristo, sem
salvação e que necessita ser confrontado com a mensagem do Evangelho. Avistamos
um mundo corrompido na ética, na moral, na política. Observamos uma sociedade
vazia, destituída de valores e conteúdo. Somos chamados, como cristãos, a ser
luz do mundo e sal da terra, isto é, a nos tornar um referencial em nossa
sociedade, ou conforme nos diz um servo de Deus, “um bote salva-vidas para um
mundo naufrago num mar de pecados”. É preciso, entretanto, que a igreja
desperte do sono e comprometa-se com a obra de evangelização. Como cristãos, eu
e você, somos instrumentos nas mãos de Deus a fim de levar ao mundo a
“fragrância do seu conhecimento”. Deus opera por meio de nós. Paulo afirmou que
“o amor de Cristo nos constrange” (1 Coríntios 5:14). João Calvino, o
reformador genebrino, comentando este texto afirma que “o conhecimento do
imensurável amor de Cristo, do qual Ele nos deu evidência em Sua morte, deve
constranger nossos afetos de modo que não sigam outra direção que não a de
amá-lo em retribuição... Todo aquele que deveras procura ponderar nesse
maravilhoso amor torna-se, por assim dizer, ligado a Ele e constrangido pelo
mais estreito laço; e se devota inteiramente ao Seu serviço”. João, o apóstolo
do amor nos lembra: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a
Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o Seu Filho como propiciação pelos
nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também
amar uns aos outros ... E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o
Seu Filho como Salvador do mundo (...) Nós amamos porque Ele nos amou primeiro”
(1 João 4.10-12,14 e 19). A evangelização cristã tem sua motivação na obra
redentora de Deus em favor dos homens pecadores. O desejo de conquistar
pecadores, livrando-os das trevas do pecado, deveria ser, e é, o fruto
espontâneo de alguém que nasceu de novo. Em nós o amor de Deus foi derramado,
assim devemos amar os que se perdem do mesmo modo que fomos amados. Não podemos
viver indiferentes diante da terrível realidade, de que o meu vizinho, meu
colega de trabalho ou de escola, e muitos dos nossos familiares estão perdidos,
longe de Deus e se nós nos calamos eles viverão uma eternidade sem Deus. O
segundo grande mandamento é o de amar o nosso próximo como a nós mesmos. E se
nós os amamos devemos proclamar lhes o Evangelho de Cristo, que bem maior
poderíamos dar ao nosso próximo senão a salvação?
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