de ministério, eu quero chamar sua atenção. Realizar a obra de Deus, cumprir cabalmente com o nosso ministério não é fácil. Lidamos muitas situações. Situações que nos alegram e também com situações que nos deixam perplexos, decepcionados e, muitas vezes angustiados. Em seu ministério Jesus experimentou desses momentos de angústias também. Desde o momento que Ele se encarnou, enfrentou lutas, desafios e angústias. Vejam o versículo 27. Jesus declarou: “Agora, está angustiada a minha alma”. Faltavam seis dias para a paixão de Cristo. Ele seria entregue à morte por causa dos nossos pecados. E no momento mais importante de seu ministério, Ele se angustiou. Nenhuma de suas provações anteriores poderiam ser comparadas com o terror da cruz. Jesus refletia sobre o que estava diante dele e se angustiou. Estava se aproximando o momento de maior sofrimento que alguém poderia suportar (ver v. 24). Não pensava somente em Si mesmo, mas nos sofrimentos que seus discípulos haveriam de enfrentar. Dando voz a sua alma angustiada indagou: E que direi eu? Em outras palavras, O que é que eu vou fazer quando vier a aflição? Sua resposta veio em seguida em uma pergunta retórica: Devo orar para que Deus me livre da aflição?
A maioria das pessoas tenta evitar os
problemas a todo custo, e quando chegam as aflições, tentamos nos safar delas
assim que possível. Isso explica por que algumas pessoas afirmam não ter
problemas ou fingem que seus problemas acabaram antes mesmo de terminarem.
Ninguém gosta de estar em apuros. Quando vem a provação, um de nossos primeiros
instintos é pedir que Deus nos tire dos problemas. Claro que não existe nada de
errado com isso, conquanto reconheçamos que Deus talvez tenha um propósito mais
importante que simplesmente nos livrar das aflições. (Ryken, Philip Graham. Quando os
problemas aparecem (p. 117). Editora FIEL. Edição do Kindle.)
a) Jesus pode nos ensinar a lidar com as
nossas aflições – Hb 5.7 e 4.15
Isso significa que quando vamos até Jesus
com os nossos problemas, não chegamos a alguém que não nos entende, mas sim, a
alguém que nos entende completamente. Jesus faz muito mais que se compadecer de
nós, ele tem empatia conosco. E porque ele tem profunda empatia conosco, ele
pode nos mostrar — melhor do que ninguém — o que fazer quando vêm as aflições.
“Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para
socorrer os que são tentados.” (Hb 2.18). Em vez de se
livrar da aflição, Jesus abraçou o chamado da cruz – Jo 12.27. Em vez de recuar, como foi tentado a
fazer, ele foi em frente até o Calvário e a crucificação. Isso significou que
qualquer dificuldade que Jesus enfrentara até esse ponto era somente o começo.
Às vezes, nossas vidas são assim também. Fazemos o que Deus nos chama a fazer
e, então, em vez de ter menos problemas na vida, temos mais. Quanto mais
servimos, mais temos de nos sacrificar.
b) O que motivou Jesus a cumprir o seu
chamado, mesmo quando isso significava apenas sofrimento?
Jesus estava disposto a suportar a
execução por crucificação, porque sua vida era para a glória maior de Deus. Ele
não buscou seu próprio prazer; seu propósito principal era dar glória a seu
Pai. Foi exatamente o que o Salvador fez: glorificou a Deus. E assim, de um
modo terrível e maravilhoso, as suas orações foram respondidas. Por meio dos
sofrimentos e da morte de seu único Filho, Deus Pai glorificou o seu nome,
conforme prometera (veja o versículo 28). Jesus não se livrou dos problemas,
mas os atravessou, e tudo pelo qual ele passou trouxe glória a Deus. Mesmo a
cruz foi para a glória de Deus.