segunda-feira, março 08, 2010

PECADO E DESÂNIMO

Assistimos atônitos nestes últimos meses cenas de pessoas que perderam tudo nas constantes chuvas e inundações em diversas regiões do nosso país ou no terremoto do Haiti.  Pessoas que certamente se exauriram diante das calamidades e, sem dúvida, foram tomadas por um total desânimo.  Você é capaz de lembrar-se de um momento em que o desânimo tomou conta de sua vida? Talvez tenha enfrentado ou enfrente uma situação cuja impressão é de que lhe falta ou faltou o chão e que você perdeu todas as esperanças. A morte de um familiar, a notícia de uma enfermidade incurável, a perda de um emprego, o fracasso no casamento, um(a) filho(a) envolvido nas drogas; todos estes fatores podem desencadear momentos aflitivos e terríveis em nosso viver. Em Juízes 6.6 lemos: “Israel ficou muito debilitado com a presença dos midianitas”. A verdade é que não só os midianitas, mas também os amalequitas e os povos do oriente vinham sobre Israel e na expressão bíblica “vinham como gafanhotos”, isto é, saqueavam tudo e não deixavam nada, a ponto do povo de Deus ser obrigado a se refugiar em cavernas. Os israelitas experimentaram fome, pobreza, insegurança e medo durante sete anos, não é a toa que eles se desanimaram e se exauriram. Creio que a Palavra de Deus pode trazer luz em meio às trevas, pode nos ajudar a enfrentarmos os dias cinzentos da nossa vida. Ela nos diz que “tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”. Paulo nos diz aqui que tudo foi escrito para a nossa instrução. Toda a Bíblia foi preservada com o propósito de nos dar esperança! Charles Swindoll escreveu que “Deus não planejou uma vida cheia de desânimo para nós. Ele quer que seu povo tenha esperança... Mediante perseverança e encorajamento proveniente das Escrituras, podemos obter esperança”. Deus nos oferece instrução em Sua Palavra e nós precisamos aceitá-la e aplicá-la em nossa vida!
A opressão midianita se deu nos dias dos Juízes, um período posterior a morte de Josué e que marca a transição para a monarquia. O último versículo do livro resume bem o contexto histórico: “Naquela época não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo”.  A última expressão do versículo explica à primeira. Não havia quem ditasse as normas e cada um fazia o que bem parecia aos seus próprios olhos. Isto explica a frase inicial em Juízes 6.6: “Fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o Senhor”.  Na verdade o povo havia desobedecido ao Senhor que havia dito que não deveriam permitir a presença de outros povos no meio da nação. Eles desobedeceram a Deus e agora influenciados por estes povos não seguiam a Deus.  Em Provérbios 3 lemos:

Meu filho, não se esqueça da minha lei, mas guarde no coração os meus mandamentos, pois eles           prolongarão a sua vida por muitos anos e lhe darão prosperidade e paz (...) Confie no SENHOR de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento (...) Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema o SENHOR e evite o mal”.

É possível que tenhamos desprezado o Senhor e Sua Palavra, nos deixamos levar por falsos amigos, tal qual o filho pródigo e, inevitavelmente, colhemos os frutos que plantamos do mesmo modo que a nação sofria por não ter ouvido a voz do Senhor. E assim caímos e pensamos que é o fim. Quando sofremos as conseqüências de nossa irresponsabilidade somos levados a um estado de debilidade indescritível e achamos não haver mais jeito.  Mas quero lembrar que é possível mudar isto.  Se você está desanimado por causa de sua desobediência ao Senhor a primeira atitude é reconhecer o erro. Creio que é doloroso, mas é necessário que haja total honestidade. “Reconhecer nosso erro é marca de excelência”.  Devemos admitir francamente que fracassamos que pisamos na bola.  Se não estamos andando de acordo com a instrução do Senhor, Deus nos diz: Você me desobedeceu. Quando reconhecemos nossa situação diante de Deus, Ele não nos rejeita. Deus tem compaixão por nós e está pronto a nos perdoar!

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