O cristianismo
autêntico e verdadeiro é a religião da justificação pela fé – fé somente, sem
obras. Paulo, o apóstolo, nos diz: Concluímos,
pois que o homem é justificado pela fé independentemente das obras da lei
(Romanos, capítulo 3, versículo28). Mas,
o que é fé? A ideia popular é de que a fé é sinônimo de força interior. A fé,
nesse sentido, se refere a um certo otimismo
obstinado, onde em meio aos problemas, as enfermidades e dificuldades que
enfrentamos temos a esperança assegurada. Isso, porém, é apenas a forma da fé
sem seu conteúdo vital. Uma atitude confiante separada, divorciada de um objeto
que corresponda a essa confiança não é fé no sentido bíblico. Na Bíblia a fé
envolve confiança. Contudo, a fé não está baseada em uma igreja infalível, pois
a igreja, neste mundo, jamais será infalível. Também não está fundamentada em
alguma experiência mística ou sobrenatural, ou em alguma revelação particular.
A fé origina-se diretamente da Palavra de Deus. “A fé vem pela pregação e a pregação da Palavra de Cristo”, diz-nos
as Escrituras. A fé tem início quando o Evangelho de Cristo é ouvido e quando
os homens tomam consciência de que se trata da própria verdade de Deus.
Portanto, a fé bíblica é uma convicção certa, infundida no coração (humano)
pelo Espírito Santo, pela verdade do Evangelho, e uma cordial confiança e
segurança nas promessas de Deus. Ter fé é vir a Cristo e deixar-se cair em
seus braços abertos. Fé nada mais é que
voltar-se para Deus de mãos vazias para que Ele as encha com Sua graça,
conforme nos ensina o Reverendo Wadislau Gomes. É deixarmos de confiar em nossa
religião, em nossas orações, em nossa piedade, pois nada disso nos salvará. E
enquanto não deixarmos de confiar nessas coisas, Cristo também não nos salvará,
pois ainda não confiamos nEle verdadeiramente. A fé abandona a esperança nas
realizações humanas e vem a Cristo, sozinha e de mãos vazias, atirando-se sobre
sua misericórdia. Esta é a fé bíblica, é a fé que salva!
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