Irmãos, na semana passada, iniciamos
o quarto capítulo desta epístola. Você se lembra do que falamos? Quero
ajudá-los a relembrar. Paulo faz aqui
uma série de exortações, ou seja, instruções práticas para que aqueles irmãos,
novos na fé, continuem vivendo de modo a agradar a Deus. Portanto, o apóstolo
não apresenta nada novo, apenas repete as instruções que deu pessoalmente
quando esteve com eles. Era necessário inculcar a Palavra de Deus para que eles
se tornassem irrepreensíveis. Vivam de modo a honrar a Deus, aperfeiçoai-vos
nisso! Esse é o desejo de Paulo. Que eles tenham uma vida cristã abundante,
transbordante, isto é, uma vida plena. A primeira característica desta vida é a
santificação. Ele os exorta à uma vida plena de santidade, pois esta é a
vontade de Deus. Contudo, há outros aspectos que ele aborda acerca de uma vida
plena. E é sobre essas outras características quero falar-lhes nesta noite,
1. Uma vida plena de amor. Embora,
deixa claro que o amor fraternal na igreja de Tessalônica era algo que eles
aprenderam e estavam praticando, desejava que eles crescessem mais e mais.
Francis Schaeffer, um pastor proeminente do século XX, escreveu um livro
intitulado O Sinal do Cristão.
Nele procura evidenciar que a marca, o distintivo cristão é o amor
fraternal. 1 Pedro 1.22: Tendo purificado a vossa alma, pela vossa
obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de
coração, uns aos outros ardentemente; 1 João 3.14: Nós sabemos
que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não
ama permanece na morte. Esse é o ensino da Palavra de Deus a todo
verdadeiro cristão! Não podemos esquecer que amor no conceito bíblico
não é sentimento e, sim, atitude. Paulo
diz que Deus os instruiu acerca do amor fraternal. Esta instrução aqui
declarada não é teórica, mas relacional. “É na comunhão com o SENHOR que
aprendemos amar”, afirma o Rev. Arival. Você ama a seu irmão? De que maneira
você tem evidenciado este amor? Quais as atitudes que apontam que você
verdadeiramente o ama? Amar não é fácil, porém, devemos amar aos outros como
Deus nos amou e somos capazes amar assim pois o amor de Deus foi derramado em
nós.
2. Uma vida plena de dignidade.
Em
relação aos não-cristãos Paulo os ensina a andar em dignidade, isto é, vidas
que tragam crédito ao Evangelho. Essa vida plena de dignidade compreende três aspectos. O primeiro é “procurando viver
em paz”. A ideia é de viver calmamente, tranquilamente. É possível que
alguns da igreja, excitados com a doutrina da 2ª vinda de Cristo trouxessem
confusão escatológica para a igreja. Depois, exorta-os: “tratando dos vossos
assuntos”. Claramente está dizendo que o cristão não deve ser fofoqueiro.
Crente que não tem o que fazer e que se intromete na vida alheia. Ainda bem que
isto não acontece em nossos dias, não é mesmo irmãos? Por último, havia entre
eles aqueles que deixaram de trabalhar, por entenderem mal a promessa da volta de Jesus e, com isso,
tornaram-se parasitas, vivendo as custas de outros. Daí a exortação de Paulo: Trabalhem
com as próprias mãos como vos ordenamos! Você tem vivido de modo digno? O
seu procedimento entre os não-cristãos tem trazido crédito ao Evangelho de
Cristo?
3. Uma vida plena de esperança. Paulo declara
no v. 13: Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos
que dormem, para que não vos entristecerdes como os demais que não têm
esperança. Com isso ele deixa claro que o povo de Deus é a comunidade da
esperança. Em contraste com os incrédulos, os cristãos têm esperança. Não nos
esqueçamos que no período em que esta carta foi escrita a ideia predominante
era que ao morrer só a alma era imortal, o corpo se acabava. A filosofia na
verdade afirmava que o corpo era a prisão da alma, e esta só se libertava
através da morte. “Aparte do cristianismo não existia base sólida alguma
de esperança em relação com a situação do homem depois da morte” (Hendriksen).
O cristianismo afirma que a salvação é para o homem todo, corpo e alma.
Contudo, alguns de Tessalônica pensavam que não havia salvação para os que
morreram antes da vinda de Cristo. Por isso a exortação: não sejais
ignorantes quanto aos que dormem. A
ignorância das verdades de Deus leva o cristão a experimentar angústias e
medos, sendo facilmente influenciado. Assim Paulo os lembra que (1) Deus
ressuscitará os que morreram (14), (2) os vivos serão transformados e, (3)
todos estaremos para sempre com o Senhor. Esta certeza nos enche de coragem,
ânimo e esperança. Não devemos nos preocupar, pois em Cristo somos mais que
vencedores!
Como cristã os somos exortados a um
viver abundante, a uma vida de plenitude. Paulo declara: tenham uma vida plena!
Devemos ter uma vida plena de amor, amando uns aos outros como Deus nos amou.
Devemos ter uma vida plena de dignidade a fim de que o Evangelho seja crido por
causa do nosso testemunho. E, por último, devemos ter uma vida plena de
esperança, firmes nas promessas do nosso Mestre e, assim, não sejamos levados
por toda sorte de doutrina!
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