Chegamos a uma nova seção da
carta e há uma mudança abrupta de assunto. O apóstolo passa agora a dar
instruções práticas para os novos crentes em Cristo. Sua preocupação é insistir
aos tessalonicenses que vivam de maneira a agradar a Deus. Andem em dignidade,
andem de modo a agradar a Deus, se aperfeiçoem nisso! Esta é a exortação de
Paulo à igreja. Não nos esqueçamos irmãos que o Evangelho não é algo para ser
ouvido, mas para ser visto. Contudo, lamentavelmente, o Rev. J. Stott está
certo quando diz que “somos mais conhecidos como pessoas que pregam o
Evangelho do que pessoas que o vivem”. Viver de maneira a agradar a Deus é
“um conceito radical. Ele atinge as raízes do nosso discipulado e desafia a realidade
da nossa profissão de fé. Como podemos afirmar que conhecer e amar a Deus se
não procuramos agradá-lo?” (Stott).
Alguns dos tessalonicenses
estavam compreendendo de modo erroneo o ensino acerca da 2ª vinda de Cristo,
afetando a ética cristã. Estavam deixando de trabalhar, aguardando a volta de
Jesus. Assim o objetivo de Paulo é fazê-los ter uma compreensão saudável da
vida, de modo que ao meditar nos eventos futuros não se esquecessem dos deveres
presentes. Nestes primeiros oito versículos do capítulo 4 o desejo de Paulo é
que eles se aperfeiçoassem mais e mais em santidade, em consagração a Deus, daí
exorta-os a experimentarem uma vida plena de santidade.
Wiersbe bem observou que “nessa
passagem, Paulo lida com o casamento e a família. Esses novos cristão corriam o
risco de ter imoralidade em sua vida, porque, nessas cidades pagãs, o voto
matrimonial não prescrevia nada em relação à pureza. O clima geral nessas
cidades-estado (antes da chegada do Evangelho) era de lascívia e egoísmo,
embora, sem dúvida, em muitas famílias pagã prevalecesse o amor e a pureza.
Paulo inicia pela responsabilidade que todo cristão tem de edificar uma família
cristã que glorifique a Deus. Assim exorta-os a pureza sexual”. Ele deixa claro que a vontade de Deus
revelada aqui é que nós, os cristãos, pratiquemos a santificação, abstendo-nos
dos pecados sexuais. Aos coríntios o
apóstolo declara: “Fugi da imoralidade” (1 Co 6.18). Assim aprendemos
que:
1. Uma vida plena de santidade
é a vontade de Deus para a nossa vida. Isto é claramente percebido no
versículo 7. Em Cristo somos declarados
santos, mas devemos crescer em santificação. A impureza sexual impede o nosso
crescimento em santificação.
2. Uma vida plena de santidade
é possível para o cristão. Como posso alcançar esta vida plena de
santidade? Paulo nos dá orientações preciosas:
·
“Cada um de vós saiba manter o próprio corpo” -
A palavra corpo que aparece no versículo 4 pode se referir tanto ao corpo do
crente ou da esposa. Em ambos os casos, o corpo foi comprado com o sangue de
Cristo e santificado pelo Espírito ( 1 Coríntios 6.9-11). Assim, como declara o
Rev. Arival: “Controle o seu corpo em vez de ser controlado por ele. Não
permita que seus impulsos sexuais mandem em você … o sexo não é apenas uma
necessidade fisiológica, mas tem implicações espirituais”.
·
Aprofunde o seu conhecimento em Deus.
·
Lembre-se que o Espírito Santo nos capacita a
obedecer ao mandamento de Deus. Paulo
declara-nos que “Deus vos dá o seu Espírito Santo” (versículo 8). E esta
dádiva é quem nos ajuda a fugir da imoralidade e vencer as tentações sexuais.
Portanto irmãos, glorificai a
Deus em vosso corpo, vivam uma vida plena de santidade!
Nenhum comentário:
Postar um comentário