Cerca de dois meses
depois, o Senhor falou novamente a Ageu e deu-lhe uma mensagem sobre o pecado
(leia Ageu 2.10-19). Deus não podia abençoar o povo da maneira como desejava,
pois estavam contaminados, de modo que era importante que se mantivessem puros
diante do Senhor. Ageu estava chamando o
povo ao arrependimento e, com esse chamado, dava-lhe a garantia da bênção de
Deus (Ag 2:18, 19). Lembrou ao povo da promessa que Deus havia dado a Salomão
depois da consagração do templo: "Se o meu povo, que se chama pelo meu
nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos,
então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua
terra" (2 Crônicas 7:14). Se os trabalhadores tivessem se dedicado ao Senhor
quando os alicerces haviam sido lançados, a bênção de Deus teria vindo logo em
seguida, mas o coração do povo era pecaminoso, e seu pecado entristeceu o
Senhor e profanou seu trabalho. "Já não há semente no celeiro" (Ag
2:19), declarou o profeta, e sua congregação foi obrigada a concordar. Era
final de dezembro, e os homens haviam acabado de arar os campos para a lavoura
de inverno. Ageu estava pedindo que confiassem em Deus com relação à próxima
colheita. Tratava-se de mais um exemplo de Mateus 6:33: coloquem as coisas de
Deus em primeiro lugar e ele cuidará do resto. "Mas, desde este dia, vos
abençoarei" (Ag 2:1 9). Os estatutos de diversas igrejas locais atribuem
aos presbíteros a "direção espiritual" da igreja e aos diáconos as
responsabilidades referentes aos aspectos "materiais" do ministério.
É possível que essa divisão seja conveniente para fins organizacionais, mas
essa separação de "material" e "espiritual" não é bíblica.
A construção de um novo templo de uma igreja deve ser uma empreitada tão espiritual
quanto uma campanha evangelística ou um congresso sobre missões. Uma das
melhores formas de demonstrar devoção espiritual ao Senhor é usar as coisas
materiais para sua glória. A administração das bênçãos materiais requer tanta
santidade quando a administração dos ministérios "espirituais" da
igreja. O pecado sempre atrapalha a obra de Deus e nos priva das bênçãos
divinas. Foram os pecados do povo que causaram a destruição de Jerusalém, e
seus pecados seriam um empecilho para a reconstrução do templo e a renovação de
Israel como nação em sua própria terra. "A justiça exalta as nações, mas o
pecado é o opróbrio dos povos" (Provérbios 14:34).
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