Em Provérbios (3.1,2) lemos: "Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos, e o teu coração guarde os meus mandamentos; porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de paz e vida". A obediência a Deus consiste na conformação das nossas vidas à vontade de Deus. Como cristãos já não andamos segundo os nossos próprios pensamentos, mas tão somente somos orientados, em tudo, pela Palavra de Deus. A renovação da nossa mente com a Palavra viva de Deus nos leva a uma vida que glorifica a Deus. Devemos lembrar que Deus espera de nós a obediência e, como Ele mesmo disse a Samuel, "Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros" (1 Sm 15.22).
sexta-feira, outubro 17, 2008
SANTIFICAI A CRISTO
Em Provérbios (3.1,2) lemos: "Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos, e o teu coração guarde os meus mandamentos; porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de paz e vida". A obediência a Deus consiste na conformação das nossas vidas à vontade de Deus. Como cristãos já não andamos segundo os nossos próprios pensamentos, mas tão somente somos orientados, em tudo, pela Palavra de Deus. A renovação da nossa mente com a Palavra viva de Deus nos leva a uma vida que glorifica a Deus. Devemos lembrar que Deus espera de nós a obediência e, como Ele mesmo disse a Samuel, "Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros" (1 Sm 15.22).
segunda-feira, outubro 06, 2008
SANTIDADE...SEM A QUAL NINGUÉM VERÁ O SENHOR
Ao falar sobre santidade não pretendo ensinar nada novo, mas tão somente voltar nossos olhos para as Escrituras e reaprender o que elas nos ensinam acerca deste tema. Devemos aprender com Isaque: "Então Isaque partiu dali e, acampando no vale de Gerar, lá habitou. E Isaque tornou a cavar os poços que se haviam cavado nos dias de Abraão seu pai, pois os filisteus os haviam entulhado depois da morte de Abraão; e deu-lhes os nomes que seu pai lhes dera. Cavaram, pois, os servos de Isaque naquele vale, e acharam ali um poço de águas vivas" (Gn 26.17,18). Devemos voltar as Escrituras e redescobrir o que ela nos ensina sobre a santidade/santificação e, certamente, acharemos "um poço de águas vivas".
O Rev. James Kennedy nos lembra que o pecado tem um "poder corruptor", o qual age em nós "contaminando nossa personalidade, mente e ações". "Santificação é o processo de retirar essa corrupção" e, "se amamos a Deus, deveríamos estar dispostos e ansiosos para obedecê-lo (...) santificação é um mandamento".
A santidade é um processo contínuo e envolve luta, pois, como nos diz Packer, "a santidade é uma experiência de conflito". Paulo nos fala de uma tensão entre a carne e o Espírito: Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis (Gálatas 5.17). Assim devemos ser perseverantes no caminho da santidade. O autor aos Hebreus nos ensina a seguir a santidade (Hb 12.14). E isto envolve nos sujeitarmos ao Espírito de Cristo. A Bíblia nos ensina que o Espírito Santo opera por meios – os meios de graça, a saber: a Palavra, oração, comunhão, adoração e a ceia do Senhor. Nesse processo é mister o nosso envolvimento através da disciplina e o esforço. "A formação de hábitos é a maneira normal pela qual o Espírito Santo nos leva para a santificação". Portanto, não apagueis o Espírito.
sexta-feira, setembro 26, 2008
A PALAVRA DE DEUS É VIVA!
Jesus disse: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus". A Escritura é o nosso alimento espiritual. Pedro disse que deveríamos desejar o alimento da Palavra, com o mesmo desejo com que o bebê anseia pelo nutrimento do leite. Tiago afirmou: "...despojando-vos de toda a impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada..."(Tg 1.21). Esta é a nossa parte. Devemos receber a Palavra com um coração puro e uma atitude humilde. Enquanto o fazemos, ela progressivamente renova e transforma nosso pensamento, atitudes, ações, palavras, tornando-nos em pessoas segundo o coração de Deus.
sexta-feira, setembro 12, 2008
ALEGRAI-VOS NO SENHOR!
Se objetivamos ter alegria em nossa vida devemos escutar o imperativo divino: "Enchei-vos do Espírito". A vida cristã é uma vida emociante, feliz, plena de alegria, pois a alegria do Senhor é a nossa força. A vida cristão não é somente uma vida cheia de alegria, mas uma vida que capacita a pessoa estar feliz em meio as provas e dificuldades. O apóstolo Pedro afirma: "...pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvação que está preparada para se revelar no último tempo; na qual exultais, ainda que agora por um pouco de tempo, sendo necessário, estejais contristados por várias provações, para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, sem o terdes visto, amais; no qual, sem agora o verdes, mas crendo, exultais com gozo inefável e cheio de glória, alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas" (1 Pedro 1.5-9).
Isto é cristianismo! Como isto é possível? É possível porque temos uma esperança e porque "o amor de Deus tem sido derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado". Somente aquele que, pela graça de Deus, teve um encontro com Cristo, obtendo assim uma nova vida pode dizer:
Embora me assalte o cruel satanás,
Oh! Certo eu estou, apesar de aflições,
Que feliz eu serei com Jesus!
quarta-feira, setembro 10, 2008
UMA IGREJA VIVA
Lucas nos ensina que a Igreja Primitiva valorizava e perseverava na doutrina dos apóstolos. A palavra "doutrina", neste contexto, refere-se ao corpo de ensinamentos que os apóstolos, pela convivência com o Mestre, e pelas suas conclusões vétero-testamentárias, bem como pela necessidade de se fazer frente as heresias, apresentaram aos novos convertidos.
Se quisermos uma igreja vibrante devemos obter um profundo conhecimento das Escrituras, ou seja, ter a nossa vida sustentada pela Palavra de Deus. O Rev. M. Lloyd-Jones nos lembra que "a doutrina visa ser prática e a levar a grandes riquezas na vida cristã.
No entanto, é igualmente importante dizer que as nossas vidas cristãs nunca serão ricas, se não conhecermos e não aprendermos a doutrina. Estas coisas não devem ser separadas uma da outra; são uma coisa só e indivisível".
"Quanto amo a Tua Lei! É a minha meditação, todo o dia!" Será que você pode dizer isto? O grande reavivamento no tempo de Neemias começou quando os homens vieram ao sacerdote e disseram: Trazei o Livro (Neemias 8.1). Se queremos ser uma igreja viva e atuante devemos permitir que a doutrina de Deus renove o nosso coração, nossa mente e que a Sua Palavra dirija a nossa vida. Portanto, vale dizer que uma das principais características de uma igreja viva é a sua firmeza e perseverança nas doutrinas bíblicas. Levantar-se contra elas e combatê-las é infantilidade e insensatez. É destruir um edifício pelos seus alicerces.
O CÉU NA TERRA
Porventura não é trágico que haja cristãos professos que têm que ser bajulados ou pouco menos que aguilhoados para que adorem a Deus? A "hora tranqüila" da devoção pessoal é negligenciada por tantos, como se fosse um fardo tedioso! Os cristãos modernos estão prontos a ocupar-se em quase todo tipo de atividade religiosa, mas isso de serena comunhão com o Seu Senhor é considerado mais como um dever do que como um prazer. Eles esperam ir para o céu, afirmam que o aguardam anelantes. Todavia, a essência do céu que eles declaram esperar é essa comunhão com Cristo pela qual eles mostram tão pouco interesse!
Há subjacente a essa apatia espiritual alguma coisa profundamente perturbadora. "Se não chegarmos ao céu antes de morrermos", dizia Spurgeon, "nunca chegaremos lá depois".
Deveríamos passar mais tempo no céu. Deveríamos aproveitar-nos mais dos meios da graça que Deus providenciou para nosso benefício, praticar a presença de Cristo com maior entusiasmo, entrar mais completamente em comunhão com Ele aqui na terra. Quanto mais rica e mais profunda for a nossa comunhão com Ele agora, mais celestial será a nossa presente experiência e mais bem preparados estaremos para a glória. Isaak Walton escreveu sobre o puritano Richard Sibbes: Sobre este abençoado homem, basta fazer-lhe este elogio: O céu estava nele antes dele estar no céu.
Isso deveria ser verdade a respeito de todos nós. Não temos que ficar esperando! Podemos viver nos subúrbios do céu hoje. E quão diferentes isso nos faria! Quanto é que o céu significa para você? O seu presente relacionamento com Cristo dá a resposta.
quinta-feira, setembro 04, 2008
LUTANDO COM DEUS
Há um dualismo na vida de Jacó. Ao mesmo tempo em que o vemos com o temor de Deus, sua vida é marcada pela auto-suficiência, evidenciada em sua atitude de querer levar vantagem em tudo. Por isso usurpa a bênção de seu irmão Esaú e engana seu sogro Labão.
Em Gênesis 32 lemos o relato de sua luta com Deus. A princípio sua auto-suficiência ainda é evidenciada. Em Oséias 12.4 lemos que ele "lutou com o anjo e prevaleceu", isto é, pensou que poderia vencer, confiava em sua própria força. Mas sua esperança de vitória lhe é tirada quando Deus o tornou coxo. Então, ele "chorou e lhe pediu mercê". E sabendo de sua derrota e, reconhecendo com quem lutava, clamou: "Não te deixarei ir se não me abençoares". Aprendeu a não confiar em si mesmo, mas a viver na dependência de Deus.
Isto me faz lembrar a ocasião em que os discípulos de Jesus enfrentavam uma tempestade em alto mar, enquanto o Mestre dormia. A princípio confiaram em suas habilidades, achando que dariam conta, afinal eram pescadores e acostumados com a lida do mar. Até que, destituídos de sua auto-suficiência, acordam a Jesus, suplicando-Lhe Sua intervenção.
Deus permite que passemos por tribulações a fim de que aprendamos a confiar e depender de Deus e em suas promessas, e não em nós mesmos. Torna-nos mancos, tal qual Jacó, para que saibamos que a nossa suficiência vem de Deus.
* A luta de Jacó e o Anjo. Obra do francês Alexander Louis Leloir, 1865.
sábado, agosto 30, 2008
FÉ E OBEDIÊNCIA
Primeiramente, ser discípulo é romper com a existência anterior. O chamado ao discipulado cria imediatamente uma nova situação. É uma nova vida (2 Coríntios 5.17). Quando Mateus foi chamado da coletoria; Pedro, André, Tiago e João das redes, não tinham dúvidas de que o chamado de Jesus era sério. Deveriam abandonar tudo para O seguir (Lucas 14.33).
Em segundo lugar, ser discípulo é comprometer-se com a pessoa de Cristo. Cristão é alguém que segue a Cristo, que está inquestionavelmente comprometido com Cristo como seu Senhor e Salvador. Sem Jesus não há discipulado. O discipulado é compromisso exclusivo com a pessoa de Jesus Cristo. A bíblia é clara ao nos ensinar que não podemos servir a dois senhores. Deus não aceita corações divididos. Assim, comprometimento com Cristo implica em ter a mente de Cristo, andar do mesmo modo que Ele andou.
Em terceiro lugar, ser discípulo é ser obediente a Cristo. "O caminho para a fé passa pela obediência ao chamado de Cristo. Exige-se um passo decisivo um passo decisivo, senão o chamado de Jesus ecoa no vácuo, e todo o suposto discipulado, sem esse passo ao qual Jesus nos chama, transforma-se em onda entusiástica mentirosa" , afirmou D. Bonhoeffer. Discípulo é aquele que crê, cuja fé o leva a obedecer. Crer em Deus, segundo as Escrituras, é confiança em Deus. É amor a Deus. É obediência a Deus! A fé está associada com a nossa obediência, com a nossa submissão à Sua vontade. Se assim não for, não será fé. A falta de fé e a falta de obediência são dois lados de uma mesma moeda. Que o Senhor nos guarde de uma fé sem frutos, de uma religião sem obediência!
sexta-feira, agosto 29, 2008
VENDO CAVALOS COLORIDOS
Os profetas Zacarias e Ageu foram contemporâneos e os dois exerceram ministérios complementares entre os exilados de Israel que haviam voltado da Babilônica e reorganizavam a vida política, social e religiosa do povo de Deus. Ambos procuraram estimular, incentivar e encorajar o povo a buscar a Deus a fim de que vencessem as dificuldades. Portanto, é uma mensagem de esperança.
Em Zacarias 1.7,8 lemos que o profeta olhou de noite e viu. Já pensaram nisto? Ver de noite numa época em que não havia recursos luminários e elétricos como em nossos dias. E não somente isto, ele olhou e viu cavalos coloridos!!! Somente os que crêem em Deus podem, em meio as trevas e desesperanças da vida, olhar e ver um futuro promissor. Para muitos a esperança cedeu lugar ao pessimismo, ao descrédito e frustração. Porém, a Palavra de Deus promete:
"Os que confiam no Senhor são como o monte de Sião, que não se abala, firme para sempre" – Salmo 125.1
"Os que esperam no Senhor renovam suas forças como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam" – Isaías 40.31
Para o cristão a esperança está em Deus. Ele é o Deus da esperança e O que dá esperança. Diz-nos o salmista: "Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque Dele vem a minha esperança" – Salmo 62.5
A esperança cristã é a expectativa confiante do cumprimento das promessas divinas. Deus é fiel, imutável e não pode mentir. Nada pode frustrar os propósitos de Deus. Assim, os ouvintes imediatos de Zacarias saberiam , pela visão, que nenhuma nação poderia impedir o plano de Deus em reorganizar o povo, mesmo sendo um grupo insignificante de exilados.
Creia em Deus e em suas promessas. Só assim poderemos enfrentar os desafios da vida, na certeza de que Jesus, Aquele em quem esperamos, nos conduz em triunfo. E como Zacarias sejamos visionários de uma nova vida cheia de esperança. Amém!
LIÇÕES JUNTO AO RIACHO
Creio que Deus queria que Elias aprendesse algumas lições ali junto àquele riacho. C. Swindoll faz uma observação importante. Lembra-nos que o nome Querite deriva-se de um verbo hebraico cujo significado é "cortar", colocar no tamanho certo". Esta palavra é empregada no AT com dois significados. Primeiro no sentido de ser cortado (separado) dos outros e, segundo, no sentido de aparelhar uma peça de madeira para construção, deixando-a no tamanho correto a ser usado. Assim, podemos dizer que Elias seria "cortado" de todo envolvimento e atividades que lhe fossem estimulantes e, ao mesmo tempo, seria "aparelhado", "colocado no tamanho certo", aprendendo a depender de Deus.
É possível observarmos que Elias em nenhum momento questionou a Deus, nem perguntou por quê. Ele simplesmente obedeceu. Esta é a primeira lição que aprendemos com Elias. Aprendemos que devemos ser obedientes. Deus disse a Abraão: "Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para terra que te mostrarei", e Abraão foi, obedeceu. Jesus declarou que tinha como prioridade fazer a vontade de Deus, o Pai. Deus fala conosco hoje, não do mesmo modo que falou a Elias e aos demais profetas, mas por meio de Sua Palavra. É nas Escrituras Sagradas que encontramos tudo o que Deus requer de nós. E Ele espera que tão somente O obedeçamos.
Deus também disse a Elias: Vá para Querite e Eu te sustentarei. Deus queria que o profeta aprendesse a andar pela fé. Deus dirige a seu povo passo a passo. Esta é outra lição que devemos aprender. Aprendemos que devemos andar pela fé. Elias não questionou a Deus, dizendo como seria ali no deserto, apenas confiou em sua promessa. Nós devemos confiar em Deus dia após dia. Precisamos aprender a viver o hoje, hoje. Não podemos viver o amanhã hoje. Jesus nos ensinou: "Buscai em primeiro lugar o seu Reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas, portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã; pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal".
Convém lembrar que Deus nunca falou qual seria o passo seguinte antes de Elias dar o passo anterior. Deus disse ao profeta ir até Acabe. Quando Elias chegou ao palácio, falou tudo que tinha a dizer, Deus disse para ir até o riacho. Vá até as torrentes e se esconda. Eu te sustentarei. E Deus não disse o próximo passo até que o riacho secou. Viver na dependência de Deus é viver crendo em suas promessas.
Mas há uma última lição a destacar. Elias ao obedecer a Deus e viver de sua inteira dependência aprendeu a humildade. No livro de Provérbios 3.5 lemos: "Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento". Se Elias se estribasse em seu próprio entendimento, não teria percorrido por toda aldeia de Israel, proclamando o juízo de Deus e clamando ao povo para o abandono da idolatria? Certamente faria tudo que estava em suas mãos para despertar a consciência adormecida do povo, obrigando a Acabe a por um fim na idolatria. Esta é a última lição a aprender. Aprendemos que devemos ser humildes.
Obediência a Deus, dependência de Deus e humildade são coisas necessárias para realizarmos a obra de Deus. As vezes somos treinados por Deus para que nos tornemos pessoas que Ele quer que sejamos.
quinta-feira, agosto 28, 2008
MENSAGEIROS DA PAZ
Hoje, em nossos dias, a paz é o anseio mundial. Pessoas de todas as raças, línguas, tribos, estão unidas por um desejo comum: alcançar a paz mundial. Porém, os últimos acontecimentos nos levam a indagar: será que o mundo um dia terá paz? É preciso lembrar que paz não é simplesmente ausência de guerras, conflitos e problemas. É, antes de mais nada, o estabelecimento de um bom relacionamento entre o homem e Deus, através de Jesus Cristo. E quando restauramos a relação com o nosso Criador, experimentamos a paz conosco mesmos e a paz com o próximo.
Aqueles que, por meio de Jesus Cristo, têm paz com Deus são exortados a seguir a paz com todos. Assim, sobre nós cristãos, pesa a responsabilidade de promovermos a paz. E isto nós fazemos quando proclamamos aos homens a salvação em Jesus. Somos também mensageiros da paz. É através da proclamação do Evangelho de nosso Jesus Cristo que podemos promover a paz. Jesus morreu para trazer a paz, ressuscitou para trazer a paz e se coloca no meio de seus discípulos trazendo a paz em seus corações. Portanto, a mensagem que o mundo precisa para alcançar a paz, e somente os cristãos podem e devem anunciar, é Jesus. Que sejamos mensageiros da paz.
O DESAFIO DE SER CRISTÃO HOJE
Observa-se, com bastante freqüência, que a sociedade tem reclamado da igreja uma postura que revele o seu verdadeiro compromisso com o Senhor Jesus Cristo. A não aceitação do Evangelho tem sido justificada por muitos com o argumento que o cristianismo não tem feito diferença na vida dos cristãos. Até certo ponto o argumento é válido, pois, de fato, muitos não tem revelado ao mundo uma vida verdadeiramente transformada pelo poder de Deus. A presença da igreja no mundo é para revelar a gritante diferença entre a luz e as trevas. Jesus revela aos seus discípulos uma nova identidade ao declarar: "...eles não são do mundo, como também eu não sou" (João 17.14). Eles são pessoas diferentes, que não assumem os valores do mundo em sua conduta e seu estilo de vida retrata uma vida santificada pela Palavra de Deus.
O que cada cristão precisa ter em mente é que há uma diferença fundamental entre os cristãos e os não cristãos. E temos que aceitar a responsabilidade que esta diferença coloca sobre nós. Deus nos colocou no mundo para fazermos diferença. E esta se manifesta no rompimento com a mentalidade do mundo.
Em sua oração sacerdotal, Jesus suplica ao Pai: "Não peço que os tire do mundo; e, sim, que os guardes do mal"(João 17.15). Ser guardado do mal significa não assimilar os valores e os padrões do mundo. Isto, também, não quer dizer que temos que nos alienar ou nos afastar da sociedade. O Rev. John Stott declara: "Certos cristãos, preocupados acima de tudo com serem inequivocamente fiéis à revelação de Deus, ignoram os desafios do mundo moderno e vivem no passado. Outros, ansiosos por responder ao mundo que os cerca, enfeitam e torcem a revelação de Deus, em busca de relevância. Tenho tentado a evitar ambas as armadilhas, pois o cristão não é livre para submeter-se, nem à antigüidade nem à modernidade. Ao invés disso, tenho buscado com toda a integridade submeter-me à revelação de ontem dentro da realidade de hoje. Não é nada fácil combinar lealdade ao passado com sensibilidade ao presente. É este, no entanto, o nosso chamado cristão: viver no mundo sob a Palavra".
Isto nos impõe um grande desafio. O desafio de ser cristão hoje.
sexta-feira, julho 18, 2008
PERMANECENDO NA PALAVRA
segunda-feira, junho 23, 2008
"Bom é o Senhor para os que esperam por Ele"
Não há nada que seja maior do que Deus e não há ninguém que se compare a Ele. Diante da grandeza de Deus tudo se torna pequeno, inclusive as nossas crises.
quinta-feira, março 13, 2008
CONTEMPLAÇÃO DA CRUZ
Ao contemplar a Tua cruz
E o que sofreste ali, Senhor,
Sei que não há, ó meu Jesus
Um bem maior que o Teu amor
Contemplar a cruz é ver a agonia de Jesus. A coroa de espinhos, a espada que lhe abriu os lados e suas mãos e seus pés cravados na cruz. A agonia experimentada não só no calvário, mas desde o momento em que assume nossa humanidade. Calvino nos diz que "com toda verdade se pode dizer que não somente passou toda sua vida em perpétua cruz e aflição, senão que toda ela foi uma espécie de cruz contínua".
Contemplar a cruz de Cristo é ver o sofrimento do Deus humanado. O segundo Adão, Perfeito, Santo e Imaculado "foi feito sujeito à lei, que se cumpriu perfeitamente em sua alma os mais cruéis tormentos e em seu corpo os mais penosos sofrimentos" (CFW, 8.4).
Tenho sede! Bradou o Cordeiro de Deus. Nesta declaração há uma expressão de dor, sofrimento. O qual o Cristo teria de passar para satisfazer o pacto concertado com o Pai na eternidade e era esta a única alternativa para a salvação do Seu povo, pois "sem derramamento de sangue não há remissão" (Hebreus 9.22).
Contemplar a cruz é ver a liberdade. Jesus nos diz que "todo o que comete pecado é escravo do pecado" (João 8.34) E não há quem não peque! "Todos pecaram", é enfática a declaração bíblica. Mas alhures acrescenta: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8.36). Os cristãos são transportados do reino das trevas para o reino da luz e, assim, são livres do poder do pecado para servirem a Deus.
Contemplar a cruz é, acima de tudo, ver o grande amor de Deus. Eis aqui o ato mais surpreendente de toda história. O mundo criado perfeito é corrompido pelo pecado e agora objeto do amor divino. "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16). Ó amor bendito, insondável, puro, santo e inexaurível do eterno Deus por nós pecadores! Mas, ao mesmo tempo, é tangível, palpável e verdadeiro. E como Paulo afirmou: "Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5.8).
Que nesta páscoa, ao contemplarmos a cruz, lembremo-nos que a agonia e o sofrimento de Cristo foi para que nós provássemos de Sua liberdade e de Seu imenso amor. Concluo com as palavras finais do mesmo hino que iniciei:
Tudo o que eu possa consagrar
Ao Teu serviço, ao Teu louvor,
Em nada poderei pagar
Ao que me dás em Teu amor!
segunda-feira, março 10, 2008
AMANDO UNS AOS OUTROS COMO DEUS NOS AMOU
O apóstolo João escreveu em sua primeira epístola que aquele que guarda a Palavra de Deus, nesse verdadeiramente o amor de Deus é perfeito (1 João 2.5). Guardar a Palavra e permanecer em Deus tem o mesmo significado e produz o mesmo resultado: o aperfeiçoamento do amor de Deus em nós.
A Palavra de Deus nos revela o caráter, os desígnios e a vontade de Deus e, assim, necessitamos meditar nela dia e noite a fim de que desfrutemos de uma intimidade tão grande com o nosso Criador que sejamos capazes de expressar os atributos divinos como parte da nossa própria existência. E, com Paulo, possamos afirmar: Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim (Gálatas 2.20).
Deus é amor, e o convívio com Ele nos leva amar aos outros como Ele nos amou. Nem sempre é fácil vivermos em comunhão com nossos irmãos, muito menos com os nossos inimigos. Creio que esta dificuldade provém do fato de não estarmos em comunhão com Deus.
Agostinho declarou: Ama teus inimigos, desejando que eles se tornem teus irmãos; ama teus inimigos pedindo para que sejam chamados a entrar em comunhão contigo! È dessa forma que amou aquele que – suspenso à cruz – dizia: “Pai, perdoa-lhes: não sabem o que fazem”.
Que verdadeiramente a Palavra do Senhor permaneça em nós e que sejamos capazes de amar a todos, inclusive aqueles que não nos amam.
domingo, março 09, 2008
CONFIE E OBEDEÇA
No capítulo 15 do livro de Gênesis Deus promete dar a Abrão um filho. E acrescenta que a sua posteridade seria tão numerosa quanto as estrelas do céu (v.5). Mas observamos que Abrão e Sarai são como nós: impacientes. Primeiro Abrão achou que a promessa se cumpriria através do seu escravo, Eliezer. Segundo, Derek Kidner, estudioso da Bíblia, este era o costume dos horeus, para este povo um homem que não tivesse filho adotava um herdeiro para garantir um enterro apropriado. Depois a esposa de Abrão entregou a seu marido sua escrava, Hagar, para que ela lhe desse um herdeiro.
Como somos tolos! Queremos ajudar Deus a cumprir suas promessas!? Quando agimos assim demonstramos toda nossa incredulidade e sofremos as conseqüências deste ato, como Abrão e sua esposa sofreram.
Conhecer a Deus, conhecê-lo realmente, é confiar nele e em suas promessas. Deus afirmou: “Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande” (v.1). Ele Se revelou como Seu benfeitor. Portanto, a confiança deve ser posta em Deus; a esperança, na promessa. Somente depois de seis capítulos ou aproximadamente após 25 anos a promessa se cumpriu com o nascimento de Isaque. Abrão aprendeu a lição, pois a Bíblia nos diz que “Ele creu no Senhor e isto lhe foi imputado para justiça” (v.6).
Portanto, aprendamos com o pai da fé a entregar tudo nas mãos daquele que é o nosso Pastor, Aquele que pode nos sustentar e permaneçamos fiéis. Confie e obedeça. “Confia os teus cuidados ao Senhor, e Ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado” (Salmo 55.22).
sábado, março 01, 2008
COMO, POIS, SERIA JUSTO O HOMEM PERANTE DEUS?
A Bíblia, ao descrever a condição natural do homem, fala-nos que “todos estão debaixo do pecado...não há um justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram...pois todos pecaram” (Rom. 3.9-12,23). Todos, independentemente da cor, da raça, do conhecimento e da posição social – todos. Este ensino revela-nos que Deus – que não vê as coisas superficialmente como nós homens vemos – tem esquadrinhado e provado todos os corações, e, como Justo Juiz, tem declarado a terrível sentença, contra a qual não há apelação: Culpado! Portanto, se todos acham-se debaixo do pecado, se todos são culpados diante de Deus, destaca-se a importância da pergunta no livro de Jó: Como, pois, seria justo o homem perante Deus? Encontramos na Palavra de Deus a resposta a esta questão. Deus, em seu infinito amor e sabedoria, resolveu este problema de uma maneira a inspirar ao mais desesperado pecador e, ao mesmo tempo, satisfazer Sua própria justiça, dignificando Sua honra, ofendida pelo pecado. Em primeiro lugar, o homem pecador não pode ser justificado pelas obras da lei (Rom. 3.20). Este é o ensino bíblico e, no entanto, há muitas pessoas que estão tratando de alcançar o céu, a comunhão com Deus, através das boas obras. Acham que se cumprirem a lei, alcançarão o céu! Se amarem a Deus e ao próximo, como nos diz a Lei, terão direito ao paraíso. Este é um ensino falso e fatal! Com razão as Escrituras nos ensinam que “há caminho que parece direito ao homem, mas ao final são caminhos de morte” (Pv 16.25). Não podemos, por nós mesmos mudarmos a nossa natureza pecaminosa com uma reforma exterior, pois “quem da imundícia poderá tirar cousa pura?” (Jó 14.4). Outra razão que encontramos na Bíblia para a impossibilidade de alguém justificar-se a si mesmo é que “pela Lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rom 3.20). O pedreiro ao construir uma parede utiliza-se de um fio de prumo. Esse fio de prumo é um instrumento exato, pois forma uma linha reta, perfeitamente perpendicular. O pedreiro ao colocá-lo em uma parede torta, sem dúvida nenhuma constatará que a parede está torta e mais nada poderá fazer o prumo. Ele não poderá endireitar a parede. A Lei é expressão da perfeita santidade de Deus e, tal qual o prumo, põe em relevo os nossos pecados e nos condena. Deus nos deu a Sua Lei para que através dela reconhecêssemos como de fato somos: pecadores! Em segundo lugar, o homem é justificado pela graça. Após analisarmos a justificação de forma negativa, chegamos a resposta afirmativa, aquela que nos diz a maneira como podemos ser justificados, a saber: “Justificados gratuitamente, por sua graça”. Tendo Deus nos condenado pela Lei, agora oferece tratar-nos sobre a base da sua graça. Somente depois de termos perdido toda a esperança de salvação por nossas boas obras, Deus nos oferece um dom gratuito, algo que jamais poderíamos adquirir, fizessemos o que fizessemos. A salvação é pela graça! Esta é a mensagem simples do Evangelho, as boas novas de salvação. Contudo, por causa do nosso orgulho, muitos têm recusado tal dádiva. Tenazmente se deixam possuir do pensamento de que há algum mérito em sua própria religiosidade, no fato de que freqüentam assiduamente a igreja, ajudam aos outros que são mais carentes ou simplesmente por observar uma boa conduta diante de todos. Não se deixe enganar querido amigo. A Bíblia afirma que “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia, Ele nos salvou...” (Tito 3.5).
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
DISCIPLINA: A PROVA DA NOSSA FILIAÇÃO
terça-feira, fevereiro 26, 2008
SEJA SÁBIO, OBEDEÇA A DEUS NO TEMPO CERTO
Assim, aprendemos que a nossa vontade tem de submeter-se ao tempo determinado por Deus. Os espias que subiram para ver a terra que o Senhor haveria de dar aos israelitas, não confiaram na promessa de Deus e seduziram todo povo a não subir (Leia Números 13,14). Como resultado dessa incredulidade aquela geração fora impedida de entrar na nova terra, morreram no deserto. Mas depois do castigo dado por Deus, sem buscar a direção e a vontade de Deus nesta nova situação, o povo se levantou pela manhã e subiu ao cume do monte dizendo: "Eis-no aqui e subiremos ao lugar que o Senhor tem prometido, porquanto havemos pecado" (Números 14.40). Moisés então os advertiu: "Por que transgredis o mandato do Senhor? Pois não prosperará (v.41). E pelo desprezo desta advertência, o povo multiplicou seus pecados contra o Senhor. Pelo uso da própria vontade, o povo se tornou rebelde contra Deus e presunçoso nas suas próprias capacidades. Porém nada prospera sem a aprovação de Deus. Deste modo o povo foi ferido e derrotado cruelmente pelos amalequitas.
Há neste episósido duas lições a aprender. Sem o devido preparo e aprovação de Deus boas intenções não tem nenhum valor e o fim é sempre desastroso. Segunda, um erro não pode corrigir outros erros. Permita Deus o Senhor que estejamos atentos ao Seu querer e prontos a obedecê-Lo, crendo em suas promessas. Lembre-se que episódios como este, são narrados para nos ensinar a n ão repetir os mesmos erros. Que sejamos sábios e cumpramos a vontade de Deus em nossas vidas, no tempo determinanado por Ele.
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
AMAI-VOS UNS AOS OUTROS
O mandamento divino nos ensina que se alguém é meu irmão, então eu sou seu tutor. “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, declara-nos Jesus. E isto inclui que devo cuidar dele com amor e preocupar-me com o seu bem-estar.
Creio que a primeira evidência de um cristão cheio do Espírito Santo não é uma experiência mística particular, mas o nosso relacionamento prático de amor com as outras pessoas. Falar do amor em termos abstratos e generalizados é fácil, o que nos torna hipócritas por não vivermos aquilo que cremos. O que se requer do verdadeiro cristão é um agir concreto em situações que realmente demonstramos amor. Por isso Paulo nos exorta: “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura (...) levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a Lei de Cristo (Gálatas 6.1,2).
O relacionamento entre cristãos deve ser marcado pelo serviço. Se meu irmão tiver um fardo pesado, devo ajudá-lo a carregar esse fardo. Se ele cair em pecado, devo restaurá-lo, fazendo-o com mansidão. Isto é amar! O Rev. Ray Stedman declara: “Levar os fardos um do outro significa pelo menos apoiar um ao outro
É através desta atitude que cumprimos a Lei de Cristo. A “lei de Cristo” é amar uns aos outros como Ele nos ama. Cristo deseja ver em nós qualidades do Seu caráter. Espera de nós ações que são de acordo com a Lei de Deus e com a mente do Espírito Santo de Deus.
O EXEMPLO DE NEEMIAS
sexta-feira, janeiro 18, 2008
AS MARCAS DE JESUS - Gálatas 6.17
A palavra grega para “marcas” é stigmata, donde surge a nossa palavra estigma. Os homens da idade média acreditavam que essas marcas eram cicatrizes das mãos, dos pés e do lado de Jesus, e através de uma profunda identificação de Paulo com Cristo elas haviam aparecido no corpo do apóstolo. Entretanto, é muito pouco provável que as marcas de Jesus que Paulo levava fossem desse tipo.
No grego secular essa palavra relaciona-se com o verbo stizo, “ferrar”, “marcar com um instrumento pontiagudo”, e, quando se aplica a carne de homens e animais , “ferretear”, “tatuar”. Usava-se para a marcação de um escravo ou um criminoso. Creio com isso que Paulo não estava querendo dizer que tinha o seu corpo tatuado com um símbolo cristão, como a cruz, ou o nome de Jesus. Em 2 Coríntios 11.23-25 Paulo conta-nos dos sofrimentos enfrentados: açoites, apedrejamento, naufrágios, prisões, etc. Os ferimentos que seus perseguidores lhe infligiram e as cicatrizes que ficaram estas eram as marcas de Jesus. É possível que, neste texto, ele estivesse afirmando que a perseguição e não a circuncisão era a autêntica tatuagem cristã. O Rev. J. Stott declara que “como judeu, ele tinha em seu corpo a marca que os judaizantes enfatizavam; mas também tinha outras marcas, provando que pertencia a Jesus Cristo, não ao povo Judeu. Ele não havia evitado a perseguição por causa da cruz de Cristo. Pelo contrário, carregava em seu corpo ferimentos que o marcavam como verdadeiro escravo, um devoto fiel de Jesus Cristo”. Deste modo, o apóstolo está pensando metaforicamente no distintivo de Jesus sobre ele, o escravo do Senhor. Aos filipenses (3.3) escreveu: “Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos
Temos nós hoje, em nosso corpo, as marcas de Cristo? Quais os sinais que evidenciam o senhorio de Jesus em nossas vidas? É claro que não falo de cicatrizes que possa haver em nossos corpos, pois, pela misericórdia de Deus, não enfrentamos perseguições. Contudo, falo de evidências em nosso viver diário que autenticam o nosso cristianismo; que comprovem que, verdadeiramente, somos de Cristo, somos filhos de Deus. Creio que algumas marcas são comuns a todos os cristãos.
A primeira delas é A MARCA DA CONVERSÃO. Li em uma revista cristã, intitulada Fé para Hoje, um tópico intitulado “Regeneração e Conversão”. Neste pequeno extrato de teologia o autor declara: “As Escrituras nos ensinam não somente que a regeneração é essencial em todo conversão, mas também que toda regeneração é invariavelmente acompanhada pela conversão responsável e inteligente da alma (...) a regeneração é uma obra divina, uma obra que transforma o coração do homem, por meio da soberana vontade de Deus; enquanto a conversão é a atitude de uma pessoa em voltar-se para Deus, tendo uma nova inclinação outorgada ao seu coração”.
A conversão é o lado humano da mudança espiritual que se opera no homem, a qual, vista do lado divino, nós chamamos de regeneração. Nela há dois elementos. O primeiro deles é negativo e é chamado de arrependimento, constituído de tristeza que sente o pecador pelo seu estado de miséria e da resolução de abandonar o pecado. O segundo é positivo, chamado de fé, que é a resolução do pecador de voltar-se para Cristo. Portanto a conversão envolve fé e arrependimento. Certo estudioso afirmou que “a conversão é tanto um evento como um processo. Significa a atuação do Espírito Santo sobre nós, por meio do qual somos movidos a responder a Jesus mediante a fé. Inclui também a obra contínua do Espírito Santo dentro de nós, purificando-nos e remoldando-nos à imagem de Cristo”. A prova de que a nova vida realmente começou precisa ser buscada na conduta diária da pessoa. Paulo exorta-nos “Desenvolvei a vossa salvação”. Temos nós apresentado em nosso viver a marca da conversão? Há evidências claras da graça de Deus operada em nós?
Outra marca que é comum a todos os cristãos é A MARCA DO SOFRIMENTO. O Rev. John MacArthur declarou que “a dor e o sofrimento são resultantes da hostilidade do mundo aos crentes e assim, seriam algo normal; alguma coisa que os crentes devem esperar acontecer em suas vidas”. Ainda que não gostemos de admitir, é algo que deve ser dito: o sofrimento faz parte da própria natureza da nossa vida com Cristo aqui neste mundo.. O Senhor mesmo declarou isto: “No mundo tereis aflições”; e referiu-se ao discipulado como “lançar mão no arado”, “tomar a cruz”, “negar a si mesmo”. Não devemos nos desanimar se nosso cristianismo não é popular e se poucos concordam conosco. “Estreita é a porta, e apertado o caminho e são poucos os que acertam por ela” (Mateus 7.14). Paulo enfrentou grandes tribulações, como já mencionamos, e ele comissionou Timóteo aos crentes de Tessalônica dizendo: “... a fim de que ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto”.
A Bíblia afirma que estamos crucificados com Cristo, o que nos identifica com o seu sofrimento e sua morte, ou como diz o apóstolo Pedro somos co-participantes dos sofrimentos de Cristo. Contudo, do mesmo modo que com Ele sofremos, também com Ele seremos consolados. “Se com Ele (Cristo) sofremos, também com Ele seremos glorificados” (Romanos 8.17). Paulo nos lembra que estas aflições sãos leves e temporárias em comparação com a glória eterna vindoura. Houve um missionário que resolveu colocar sua vida no altar de Deus. Trabalhou entre os índios da América do Norte. Seu nome: David Brainard. Ele calculou o preço de seguir a Cristo e deliberadamente fez uma escolha significava separar-se do mundo civilizado, com suas vantagens, e associar-se à dureza, ao trabalho e, possivelmente, a uma morte prematura. Morreu aos 29 anos devido a sua fragilidade física e aos rigores do campo missionário, ele contraiu tuberculose. Certo biógrafo escreveu: “Ele foi como uma vela que na medida em que se consumia, transmitia luz àqueles que estavam em trevas” (Testemunho extraído da Revista Fé para Hoje).
Uma terceira marca a destacar é A MARCA DO SERVIÇO. Marcos, o evangelista apresenta-nos Jesus como exemplo de servo. O próprio Mestre afirmou que não veio para ser servido, mas para servir. Toda existência foi gasta em prol do próximo. Suas palavras de graça, seu ensino com autoridade, seus milagres, tudo foi evidência que Ele havia vindo ao mundo para servir. Neste aspecto revolucionou o mundo grego, pois “a entrega voluntária de si mesmo ao serviço de seu próximo é estranha ao pensamento grego. O alvo mais sublime do homem era o desenvolvimento de sua própria personalidade”. Jesus traz a novidade de uma vida de serviço e exorta a sua igreja a seguir seu exemplo.
Paulo nos lembra que outrora fomos escravos do pecado, mas que pela misericórdia de Deus, Jesus Cristo nos libertou desta escravidão e nos fez escravos de Deus. Para o apóstolo o homem sempre será escravo; ou do pecado, que traz vergonha e morte, ou de Deus, que resulta em santificação e vida eterna. Ele mesmo se viu como servo de Deus e se considerava um ministro. Ele é ministro de Deus, de Cristo, do Evangelho e da Igreja. A palavra ministro traduz a palavra grega diakonos que quer dizer servo. Então, quando se referia a si mesmo como ministro não estava atribuindo um título de honra, mas colocava-se como servo de Deus, de Cristo, do Evangelho e da Igreja.
A Bíblia nos exorta: “esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens”. J. C. Ryle declarou: “Esforcemo-nos por deixar o mundo melhor, mais santo, mais feliz do que era quando nascemos. Uma vida dessa maneira verdadeiramente se assemelha à de Cristo”.Por certo poderíamos enumerar outras marcas, mas creio que estas já nos são suficientes. Que as marcas da conversão, do sofrimento e do serviço estejam presentes em nosso viver.