sábado, abril 13, 2013

CONHEÇAMOS E PROSSIGAMOS EM CONHECER AO SENHOR

Quem é Deus? Esse é um questionamento feito pelas mais diversas pessoas, nas mais diferentes épocas. Há quem diga que a divindade é uma concepção ou construção de cada indivíduo, ou seja, Deus pode ser diferente para cada pessoa, ou cada um pode ter o “seu deus”, adorando-o como lhe for conveniente. Contudo a idéia pluralista não é bíblica e todas as tentativas não-bíblicas de descrever a divindade são equivocadas. Apesar de todo o esforço das autoridades, persiste em todo o mundo a atividade de criminosos especializados em imprimir e distribuir dinheiro falso. Uma cédula de R$ 50,00 falsificada é muito parecida com uma original. Para reconhecer uma nota falsa, é fundamental que se conheça bem as cédulas verdadeiras. Diferenças são perce­bidas na textura do papel, fios de segurança e outros pequenos detalhes. Para discernir os falsos deuses, é preciso conhecer ao Deus verdadeiro. O Deus revelado nas Escri­turas é singular. Nenhuma outra divindade imagi­nada pelos homens ou sugerida por Satanás pode ser comparado a Ele. No Antigo Testamento, ele revela-se como o Deus eterno, “aquele que é”. Por meio de seus profetas, ele se manifesta majestoso, único, e em diversos pormenores incompreensí­vel ao raciocínio humano. Disse Moisés a Deus: Eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros (Êx 3.13-14).
Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele? (Is 40.18).
Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento (Is 40.28).
Duas coisas são fundamentais na vida cristã: abandonar os falsos deuses e conhecer, mais e mais, ao Deus verdadeiro.
Então, disse Jacó à sua família e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio, purificai-vos e mudai as vossas vestes (Gn 35.2).
Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra (Os 6.3).
Por que precisamos conhecer a Deus? A prática do discipulado exige o entendimento da revelação bíblica sobre o ser de Deus, pelas se­guintes três razões:

1. O conhecimento de Deus produz autoconhecimento
Todo conhecimento que podemos ter acerca de nossa identidade, nossas capacidades e nosso lu­gar no universo é iluminado e redimensionado pelo conhecimento de nosso Criador. Se nos afas­tamos desse conhecimento, precipitamo-nos no engano, tornamo-nos distorcidos em nosso cará­ter e erramos o alvo da existência feliz.
Quase toda a soma de nosso conhecimento, que de fato se deva julgar como verdadeiro e sólido conhecimento, consta de duas partes: o conhecimento de Deus e o conhecimento de nós mesmos. (...) Por outro lado, é notório que o homem jamais chega ao puro conhecimento de si mesmo até que haja antes contemplado a face de Deus, e da visão dele desça a examinar-se a si próprio (CALVINO, 2006, 1.1,2, p. 41, 42).

2. O conhecimento de Deus produz uma fé amorosa e inteligente
Envolver-se com a religião sem conhecer ao Deus verdadeiro produz apenas fanatismo ou ativismo oco. O verdadeiro conhecimento de Deus nos ca­pacita para respondermos a ele amorosa, voluntá­ria e inteligentemente.
Eu te amo, ó SENHOR, força minha (Sl 18.1).
Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei (Sl 40.8).
Porque a mim se apegou com amor, eu o livrarei; pô-lo-ei a salvo, porque conhece o meu nome (Sl 91.14).
A isto ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lc 10.27).

3. O conhecimento de Deus nos ajuda a servir melhor

O ser divino é a fonte, bem como o modelo do perfeito serviço. Nele encontramos pessoalida­de que possibilita relacionamentos, diversidade que valoriza a distinção, unicidade que destaca como singular e unidade que consolida perfeita harmonia. O Cristianismo se diferencia de todas as ou­tras religiões e confirma sua origem divina, aco­lhendo a revelação bíblica do Deus tripessoal (pes­soalidade e diversidade), único (unicidade) e uno (indivisibilidade). Tais características são aspectos fundamentais do Deus verdadeiro. As descrições da divindade oferecidas pelas outras religiões não contemplam, conjuntamente, todas essas características. Por isso são inadequa­das para fornecer uma base para a comunhão com Deus e o serviço humano. 

A FACE AJUDADORA DE DEUS (uma reflexão do Salmo 46)

Nunca presenciei um terremoto. Entretanto, as imagens da destruição causadas por terremotos me impressionam e assustam. Pontes destruídas e edifícios desmoronados apresentam uma visão do poder incontrolável deste fenômeno da natureza. Creio que as pessoas que passam por esta experiência jamais se esquecerão daquela situação.
Davi, no salmo 46, fala do terror de uma tragédia que veio sobre sua vida. Ele descreve sua tribulação como um terremoto. No entanto, no meio da natureza convulsionada, os montes abalados lançando-se sobre os mares, a terra em transtorno, o salmista vê A FACE AJUDADORA DE DEUS. É a face daquele que está sempre pronto a socorrer – “O Deus Todo-poderoso está do nosso lado; o Deus de Jacó é o nosso refúgio”. Deus não vira as costas a nós por um minuto sequer. É Aquele que está no meio da calamidade da nossa vida, na incerteza, no abatimento, na dor, na sensação de abandono. Ele intervém com palavras de conforto e ânimo. Quando experimentamos momentos difíceis, quando nossos problemas parecem um furação e as crises um terremoto, podemos ter a certeza de que:
Em primeiro lugar, Deus é maior que os nossos problemas. Deus nos diz: “A quem, pois, me comparareis para que Eu lhe seja igual?” (Isaías 40.25).  Não há nada que seja maior do que Deus e não há ninguém que se compare a Ele. Diante da grandeza de Deus tudo se torna pequeno, inclusive as nossas crises, os terremotos que enfrentamos.
Em segundo lugar, Deus é o nosso único refúgio e segurança. Quando as ondas do mar agitado rugem na sua fúria incontrolável, o pequeno marisco se agarra a rocha e dela não se desprende por nada. Ele sabe que somente ali está em segurança. Deus é a nossa rocha em quem devemos confiar e nos firmar para vencermos as tempestades da vida. Lembre-se que “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (Sl 46.1).
Em terceiro lugar, Deus pode transformar situações ruins em bênçãos. Assim devemos fixar nosso olhar não nas circunstâncias difíceis, mas no Deus Todo Poderoso. Esta foi a experiência de José, filho de Jacó, quando Deus transformou o mal que seus irmãos lhe fizeram em bem. Paulo nos lembra que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8.28).

Tempos de dificuldades são muito comuns na vida de todos nós. Devemos entregar toda a nossa inquietação, toda a nossa aflição nas mãos do Senhor. Assim, quero lhe dizer: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele, e o mais Ele fará...Descansa no Senhor e espera Nele” (Salmo 37.5,7)