sexta-feira, outubro 26, 2018

A CARTA AOS COLOSSENSES E A REVITALIZAÇÃO DA IGREJA



O ímpeto de ver a igreja crescer tem levado muitos a buscar recursos que estão além das Escrituras, fundamentados numa visão pragmática. Estar envolvido com a revitalização da igreja, promovendo uma igreja saudável e que cresce nos traz a necessidade de buscar os princípios expostos na Palavra de Deus para cumprir este ministério de modo eficaz, que glorifique a de Deus e produza a expansão do Reino de Deus. Nosso objetivo é enumerar princípios bíblicos de revitalização da igreja a partir da carta de Paulo ao colossenses.
Paulo escreveu aos colossenses, os quais que eram fortes na fé e no amor (Cl 1:4), mas estavam sendo envenenados com um falso ensino. Paulo não definiu em detalhes a heresia em Colossos, nem gastou tempo nomeando e denunciando seus líderes, mas deixou claro que esta heresia reunia elementos da filosofia, do judaísmo, do misticismo e ascetismo, conforme lemos em Cl 2.16,17-21. Seu objetivo do apóstolo era combater o falso ensino que ameaçava aquela igreja e instruir os irmãos, ressaltando a supremacia de Cristo contra os ataques daquela heresia. A preocupação do apóstolo é de reafirmar doutrinas bíblicas que possam produzir a vitalidade da igreja. No capítulo 1 Paulo ora incessantemente para que eles fossem transbordados do pleno conhecimento da vontade de Deus a fim de que vivessem de modo digno do Senhor. O conhecimento da vontade de Deus nos leva a uma conduta correta. Não há prática cristã sem o conhecimento da doutrina. Isto está claro no texto. Em 1.27, o verbo “viver” está no infinitivo e introduz uma afirmativa de resultado esperado. Viver vidas dignas do Senhor é resultado prático daqueles que estão cheios do pleno conhecimento da sua vontade. No capítulo 2 ensina-nos que o cristão é alguém que se entregou a Cristo e, consequentemente, vive sob Seu senhorio. “Andai Nele” é a exortação paulina. O cristão deve buscar as coisas que são do alto (3:1-4); mortificar os feitos da carne (3.5-12) e desenvolver uma vida de santidade (3.12-17) e; por último, perseverar em oração (Cl 4.2). O conceito de revitalização é definido pelo Rev. Valdeci Santos como “uma palavra que abriga em si a esperança da renovação do vigor, da restauração da saúde e crescimento já experimentados, do redirecionamento do propósito original e bíblico da igreja, bem como da reafirmação das doutrinas e valores bíblicos” [1]. A partir desta definição podemos afirmar que Paulo estava empenhado em revitalizar a igreja de Colossos, pois a “revitalização é o esforço de restaurar o propósito, paixão, pureza e prioridades corretas à vida e ministério da congregação local”[2]. Percebemos, então, que o ministério da palavra é fundamental na revitalização da igreja. A fidelidade aos valores e princípios bíblicos deve nortear a nossa tarefa de revitalização. Tanto uma igreja que está sofrendo ameaças de um falso ensino como uma igreja que já se contaminou com um falso evangelho necessitam ser ensinadas na verdade. Isto nos leva ao primeiro princípio de revitalização: a fiel pregação do Evangelho. No capítulo 1, versículo 5, lemos: “pela palavra da verdade do evangelho que ouvistes”. A igreja de Colossos havia sido estabelecida pela proclamação do evangelho autêntico. Vivemos num mundo que está morrendo, num mundo marcado pela corrupção. J. MacArthur declara que a morte reina neste mundo. O mundo não é nada mais do que um imenso cemitério com todos caminhando para o fim. Em contraste com esta realidade a Bíblia afirma que ela, a Palavra de Deus, é viva (1 Pedro 1.23; Hebreus 4.12). A Bíblia é inesgotável, inextinguível e geradora de vida. O sistema mortal do mundo não pode atingi-la, não consegue anular sua validez, deteriorar sua realidade ou demolir sua verdade. É através da proclamação do evangelho bíblico, apostólico e autêntico que transformamos vidas e revitalizamos igrejas. Nossa preocupação deve ser com a saúde da igreja, pois “se uma igreja tem saúde, ela cresce”[3]. A compreensão deste primeiro princípio nos leva a outro aspecto essencial na revitalização da igreja: a multiplicação da liderança. Reeder III observa que “os líderes exercem tal impacto sobre as pessoas que uma igreja não pode ser revitalizada sem bons líderes. Porém, infelizmente, há uma escassez de bons líderes em nossos dias” [4]. Paulo não só se preocupou em propagar o Evangelho de Cristo em lugares estratégicos, mas também se ocupou em preparar homens fiéis que pudessem transmitir a verdade de Cristo. Escrevendo a Timóteo o apóstolo instruiu seu discípulo a seguir seus passos ao afirmar que ele, Timóteo, deveria capacitar a homens fiéis e idôneos a instruir outros (2 Tm 2:2). Paulo, durante o período em que esteve em Éfeso, ensinou na escola de Tirano, capacitando homens a exercerem o ministério. O instituto Bíblico de Éfeso, fundado e dirigido por Paulo nas dependências da escola de Tirano (Atos 19.9), desempenhou um importante papel na preparação de obreiros, tais como Epafras e Arquipo. Estes, evidentemente, eram os líderes da igreja de Colossos (Cl 4:17)”, conforme observa o Rev. Russel Shedd[5]. O princípio da multiplicação da liderança é fundamental na revitalização e multiplicação da igreja. Paulo instruiu a Epafras, o qual difundiu o Evangelho no interior da Ásia. Um terceiro princípio da revitalização da igreja é o desenvolvimento de uma evangelização contínua e abundante. Paulo nos orienta nesta questão ao nos dizer que devemos permanecer naquilo que aprendemos e que devemos pregar a Palavra de Cristo (2 Timóteo 3:14; 4:2). Na Igreja primitiva havia um ardor pela evangelização. E este mesmo desejo intenso deve existir na igreja hoje. Com isso não quero desconsiderar a doutrina, a oração e a comunhão que devem existir na Igreja. Fomos chamados para ser Igreja e ao mesmo tempo proclamar as boas novas; as duas coisas são absolutamente indissociáveis a fim de que manifestemos a glória de Deus.  Observamos também que na Igreja primitiva, cada cristão era um missionário: “Entrementes, os que foram dispersos iam por toda a parte pregando a Palavra” (Atos 8:4). A evangelização é a vocação de todos os cristãos; todos são chamados a testemunhar. O triunfo da Igreja primitiva estava no fato de que cada crente era uma testemunha obediente de Jesus. É possível destacar dois aspectos. Primeiro o da proclamação, da pregação do Evangelho. E o segundo, a instrução, a orientação. Epafras havia se empenhado em discipular os colossenses convertidos (Cl 1.7). A evangelização e discipulado caminham juntos. Creio que o discipulado é a melhor maneira de realizarmos a obra da evangelização. Foi por meio do discipulado que Jesus realizou o Seu ministério terreno. Ele convocou doze homens para estarem com Ele e os treinou, através do Seu exemplo, a desfrutarem da comunhão com Deus. O apóstolo Pedro escreveu que o Senhor nos guia por seu exemplo (1 Pedro 2.21). Devemos seguir os seus passos em todos os aspectos da vida, inclusive na maneira de testemunhar. A tarefa da igreja é “fazer discípulos” e não somente evangelizar. A missão da igreja não é simplesmente conseguir conversões, mas completar o processo da vida cristã fazendo discípulos. Na grande comissão (Mateus 28.18-20) encontramos outros dois verbos que nos auxiliam na compreensão desta tarefa: batizar e ensinar. E como nos diz Hendriksen, “batizar” e “ensinar” são simplesmente duas atividades, coordenadas uma à outra, mas ambas subordinadas a “façam discípulos”. Com isso o discipulado envolve a integração do novo convertido à igreja (batizar) e a instrução necessária para que ocorra o seu crescimento espiritual. Wiersbe ensina-nos que o termo "discípulos" era o nome mais comum para os cristãos primitivos. Ser um discípulo significa mais do que ser um convertido ou um membro da igreja... Um discípulo apega-se a seu mestre, identifica-se com ele, aprende e vive com ele. Aprende não apenas ouvindo, mas também praticando. Na maioria das igrejas, a congregação paga o pastor para pregar, ganhar o perdido e ajudar o salvo, enquanto os membros da igreja atuam apenas como torcedores (se estiverem animados), ou então, como meros espectadores. Os "convertidos" são ganhos, batizados e aceitos como membros, para depois se juntarem aos espectadores. Nossas igrejas cresceriam muito mais rapidamente, e os cristãos seriam muito mais fortes e felizes, se discipulassem uns aos outros. A única forma de uma igreja local "crescer e se multiplicar" (em vez de crescer por "acréscimo") é por meio de um programa sistemático de discipulado. Trata-se de uma responsabilidade de todo cristão, não apenas de um pequeno grupo "chamado para ir". Discipulado e evangelização são a mesma coisa. Deus não só delegou à igreja a tarefa de proclamação do Evangelho através do discipulado, como a dotou de poder na realização desta tarefa: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra” (Atos 1.8). Outro princípio no processo de multiplicação de igrejas é a prática da oração.  A tarefa evangelística deve ser realizada na dependência de Deus, pois, ainda que a salvação seja uma obra sobrenatural, Deus se utiliza de homens para proclamar esta salvação e converter pecadores. Evangelização e a oração caminham juntas. Para o apóstolo Paulo a oração, na evangelização, não consistia em rogar a Deus para que determinada pessoa fosse alcançada pela graça, como é comum fazermos em nossos dias. Consistia, sim, em ser ela um instrumento nas mãos de Deus para que vidas fossem salvas. Em primeiro lugar, através da oração, buscava uma oportunidade para pregar: Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra (Colossenses 4.3). A oração é a chave que abre a porta para divulgar o mistério de Cristo. Em segundo lugar, através da oração buscava intrepidez: Vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos e também por mim, para que me seja dado, no abrir da minha boca, a palavra, para com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho (Efésios 6.18,19). Uma vez que Deus nos abre a porta, nos é necessário ousadia, intrepidez, coragem para anunciarmos a Cristo. Em terceiro lugar, através da oração buscava a palavra. Deus pode nos dar oportunidades, abrindo portas, e intrepidez para falarmos de Jesus, mas se Ele não colocar a palavra em nossa boca a nossa obra será inútil. Devemos aproveitar as oportunidades, como exortou aos colossenses, mas acrescentou: a vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um (Colossenses 4.6). Deveriam fazer uso da palavra com graça, ou seja, numa linguagem atraente, que provoque nos incrédulos uma reação favorável. Assim fez Jesus, maravilhando pessoas com palavras de graça que lhe saíam da boca (Lucas 4.22). Portanto, devemos orar em favor da evangelização do nosso país, rogando ao Senhor que nos dê oportunidades, abrindo portas, intrepidez e, principalmente, a palavra para que o mistério de Cristo se torne conhecido e todos os eleitos de Deus sejam salvos. A partir das instruções de Paulo, na carta à igreja de Colossos, podemos enumerar princípios para a revitalização da igreja hoje. A fiel pregação do Evangelho, a multiplicação da liderança, a evangelização contínua e abundante e a prática da oração são os fundamentos de uma igreja saudável e que cresce. Que o Senhor nos ajude a vivenciar tais valores.   


[1] SANTOS, Valdeci. Revitalização de igrejas: uma reflexão teologicamente orientada. Fides Reformata, São Paulo,
  v. 16, n. 1, 2011, p.12.
[2] SANTOS, Valdeci. Op. Cit., p.24.
[3] REEDER III, H. L. A Revitalização da sua igreja segundo Deus. São Paulo, Cultura Cristã, 1ª ed., 2011, p. 38.
[4] REEDER III, H. L. Op. Cit., p. 84.
[5] SHEDD, Russell. Op. Cit,, p.8.

domingo, outubro 21, 2018

CONFESSEM SEUS PECADOS! AGEU 2


Cerca de dois meses depois, o Senhor falou novamente a Ageu e deu-lhe uma mensagem sobre o pecado (leia Ageu 2.10-19). Deus não podia abençoar o povo da maneira como desejava, pois estavam contaminados, de modo que era importante que se mantivessem puros diante do Senhor.  Ageu estava chamando o povo ao arrependimento e, com esse chamado, dava-lhe a garantia da bênção de Deus (Ag 2:18, 19). Lembrou ao povo da promessa que Deus havia dado a Salomão depois da consagração do templo: "Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra" (2 Crônicas 7:14). Se os trabalhadores tivessem se dedicado ao Senhor quando os alicerces haviam sido lançados, a bênção de Deus teria vindo logo em seguida, mas o coração do povo era pecaminoso, e seu pecado entristeceu o Senhor e profanou seu trabalho. "Já não há semente no celeiro" (Ag 2:19), declarou o profeta, e sua congregação foi obrigada a concordar. Era final de dezembro, e os homens haviam acabado de arar os campos para a lavoura de inverno. Ageu estava pedindo que confiassem em Deus com relação à próxima colheita. Tratava-se de mais um exemplo de Mateus 6:33: coloquem as coisas de Deus em primeiro lugar e ele cuidará do resto. "Mas, desde este dia, vos abençoarei" (Ag 2:1 9). Os estatutos de diversas igrejas locais atribuem aos presbíteros a "direção espiritual" da igreja e aos diáconos as responsabilidades referentes aos aspectos "materiais" do ministério. É possível que essa divisão seja conveniente para fins organizacionais, mas essa separação de "material" e "espiritual" não é bíblica. A construção de um novo templo de uma igreja deve ser uma empreitada tão espiritual quanto uma campanha evangelística ou um congresso sobre missões. Uma das melhores formas de demonstrar devoção espiritual ao Senhor é usar as coisas materiais para sua glória. A administração das bênçãos materiais requer tanta santidade quando a administração dos ministérios "espirituais" da igreja. O pecado sempre atrapalha a obra de Deus e nos priva das bênçãos divinas. Foram os pecados do povo que causaram a destruição de Jerusalém, e seus pecados seriam um empecilho para a reconstrução do templo e a renovação de Israel como nação em sua própria terra. "A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos" (Provérbios 14:34).

quinta-feira, outubro 11, 2018

COLOQUEM DEUS EM PRIMEIRO LUGAR - Ageu 1


O ministério de Ageu tinha o objetivo de acordar o povo de Israel e encorajá-lo a terminar a obra do templo de Deus. No início, o povo entusiasmado e dedicado, logo iniciou o trabalho. Contudo, ao enfrentarem dificuldades e oposição, o trabalho foi interrompido.  A primeira mensagem do profeta Ageu ao povo de Deus encontra-se em Ageu 1, a qual os exorta: "Coloquem deus em primeiro lugar. Ageu foi direto ao ponto, ao cerne do problema. O povo arrumava desculpas e negligenciava a casa do Senhor, mas era tempo de terminar a casa de Deus. Ageu desmascarou a hipocrisia e a incredulidade do povo. Eles sabiam que era preciso reconstruir o templo, mas colocavam a si mesmo à frente do Senhor. "Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas [comida, vestuário, abrigo] vos serão acrescentadas" (Mt 6:33). A congregação de Ageu nunca ouviu essa promessa maravilhosa proferida por Jesus, mas o princípio por trás das palavras de Cristo encontrava-se escrito na lei. Quando colocamos Deus em primeiro lugar e lhe damos o que é de direito, abrimos a porta para o enriquecimento espiritual e para o tipo de mordomia que honra ao Senhor. Ageu convidou o povo a examinar seu modo de vida e suas ações à luz da aliança que Deus havia feito com eles antes de sua nação entrar na terra de Canaã (Lv 26; Dt 27 - 28). Era chegada a hora de o povo fazer uma séria introspecção diante do Senhor. A aliança de Deus declarava que Ele os abençoaria se obedecessem à sua lei e que os disciplinaria se desobedecessem. (Lv 26:18-20; ver Dt 28:38-40). De fato, gastavam suas forças em vão! Semeavam abundantemente, mas a colheita era pouca. Quando comiam e bebiam, não se fartavam. Suas roupas não os aqueciam e sua renda não cobria as despesas. Era como se carregasse seu dinheiro numa carteira cheia de furos! Deus tem sido a prioridade de sua vida? Lembre-se do ensino das Escrituras: "Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares" (Pv 3:9, 10; e ver Lv 26:3-13; Dt 16:17; 28:1-14; 30:3-9).


quinta-feira, outubro 04, 2018

TRANSFORMAI-VOS PELA RENOVAÇÃO DA VOSSA MENTE




De acordo com as Escrituras, o pecado começa no coração e na mente (Mateus 15.17,18). Até que seus pensamentos e atitudes estejam sob o controle de Deus, você não experimentará a vida abundante em Cristo. Não é à toa que satanás ataca nossas mentes com pensamentos inapropriados, pecaminosos. O diabo sabe que se ele puder desenvolver fortalezas em nossos pensamentos, ele facilmente nos levará a pecar e separar-nos do poder de Deus. Em Provérbios 23.7, Deus revela a enorme importância de submeter nossas mentes totalmente a Cristo: Porque como imaginou em sua alma, assim ele o é. Em outras palavras, o que você pensa é uma grande parte do que você é! Cuidadosamente e honestamente reflita nos tipos de pensamento que ocupam sua mente. A sua mente está cheia de pensamentos acerca de Cristo ou está consumida com questões terrenas? Você pensa muito mais em seu trabalho ou lazer do que em seu crescimento espiritual e em servir a Cristo? Frequentemente você tem pensamentos impuros? Você está infestado de pensamento de temor e raiva? Pela graça de Deus você pode mudar seus pensamentos!  A busca de santidade deve ser a prioridade principal na vida pessoal de todo cristão. De fato, a busca da santidade é uma atitude mental espiritual. Em sua oração sacerdotal em João 17 Jesus intercede pelos seus discípulos: Santifica-os pela tua verdade; a Tua Palavra é a verdade.  É por meio da Palavra de Deus, meditando e aplicando seus ensinos em nossa vida, que nos santificamos. Você não pode amar a Deus e não amar a Sua Palavra. E para encher nossa mente com as Escrituras é preciso consistência e perseverança. Quando negligenciamos a leitura e o estudo da Palavra de Deus nós pecamos, pois apagamos o Seu Espírito. Confesse o seu pecado de não encher a sua mente com textos bíblicos. Se você colocar textos bíblicos em seus pensamentos diários, Deus vai revolucionar sua vida! Jesus mesmo declara: Se permanecerdes em mim; e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito (João 15.7). Faça um compromisso pessoal de meditar, estudar e memorizar a Palavra de Deus. Leia Romanos 12.1,2 e Colossenses 3.1-3. Ore para que o SENHOR transforme sua vida pela renovação da sua mente.


quinta-feira, setembro 20, 2018

AINDA HÁ ESPERANÇA!


O mundo está melhorando! Sim, em alguns aspectos melhorou. É possível observar grandes avanços na medicina, na comunicação, na tecnologia, na educação. No entanto, apesar de todos estes avanços, o coração do homem continua perverso. Em Jeremias lemos que "enganoso é o coração, mais que todas as coisa, e desesperadamente corrupto" (Jr 17.9). A sociedade humana está corrompida porque o coração do homem é corrupto! Não é isso que assistimos hoje? Gente que se beneficia-se com a guerra, com o tráfico (de drogas e de pessoas). Gente que quer levar vantagem em tudo (e não é só na política brasileira). O poeta popular estava correto quando declarou que "a humanidade é desumana". Li hoje uma frase de Warren Wiersbe que resume está triste realidade: "A história humana teve início em um lindo jardim, mas hoje esse jardim é um pântano tenebroso".

Assim nos juntamos ao poeta sacro e cantamos:
Mas até quando afinal, 
Até quando isso vai prosseguir?
Tanta injustiça, direitos errados 
Que só criam mais fome pra muitos 
E nomes pra outros também, 
Que mesmo já tendo além,
Querem ter ainda a muito mais! 

Apesar de toda esta triste realidade ainda há esperança. Esta esperança é Cristo. Ele nos promete em Sua Palavra novos céus e nova terra! Um mundo perfeito, onde não haverá pranto nem dor. É em Cristo que temos o novo. O apóstolo nos diz que se alguém está em Cristo é uma nova criação. É preciso nascer de novo, nascer de cima, do alto, de Deus! Creia nisto. Venha a Cristo e clame a Ele por um novo coração, uma nova vida e um novo céu e uma nova terra!

terça-feira, junho 05, 2018

APRENDENDO A ORAR

Aprendemos com o profeta Elias a não andar ansiosos, mas depender da provisão divina, que dia a dia nos sustenta. Por isso a exortação do apóstolo Paulo: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Fp 4.6).  Porém, há uma outra lição a aprender com o profeta. Lição esta que ele mesmo precisava  aprender antes de lidar com os profetas de baal. Elias vivendo em Sarepta era sustentado miraculosamente por um viúva. Contudo, algo surpreendente ocorre ali. A viúva viu entrar no seu lar a enfermidade e com ela a morte abrupta de seu filho. Tristeza, dor e morte repentinos naquele lar trazem o desespero ao coração daquela mulher. Em seu sofrimento a mulher culpa o profeta (1 Reis 17.18). Somos assim também. Comumente culpamos alguém pelas coisas ruins que acontecem conosco. Não foi assim com Adão e Eva no paraíso? (Leia Gênesis 3.8-13). Não esqueçamos que Elias era um homem semelhante a nós. Certamente, naquele momento, Elias achava-se perplexo. Aquela família fora um instrumento de Deus para abençoá-lo. Quanta gratidão havia no coração do profeta por aquela família. A convivência com a viúva e seu filho o ensinou a amá-los. Diante de uma mãe angustiada, que carrega no braço o filho morto, não há o que dizer. O profeta se cala. Ele não discute nem a repreende. Ele simplesmente pede que a viúva coloque em seus braços o filho morto, entra no quarto e clama ao Senhor. Neste momento o profeta pode aprender o poder da oração. Por isso, mais tarde enfrentou s profetas de baal com tanta ousadia. Gene Getz nos diz que é em meio a situações que estão além do nosso controle que realmente aprendemos a orar. Talvez oremos diariamente agradecendo a provisão diária ou pedindo que Deus nos guarde e proteja do mal. Mas quantas vezes temos clamado de maneira intensa, constante na presença de Deus? Infelizmente não aprendemos a orar até que passemos por situações que fogem do nosso controle.  Charles Swindoll nos diz: O  que você faz quando chegam as tragédias? E quando vem uma provação? Qual é a sua primeira reação? É reclamar? Culpar alguém? Tratar de encontrar uma saída? Você criou o mesmo hábito de Elias? Você vai para seu lugar secreto e conversa com Deus? Elias nos dá um maravilhoso exemplo. Nada de pànico. Nada de medo. Sem pressa. Sem dúvida. Porque ele conseguia fazer isto? Porque ele sabia que o que habita no esonderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor:  Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em que confio. Pois Ele te livrará do laço do passarinheiro e da pest perniciosa. Cobrir-te-as com suas penas, e, sob suas asas, estarás seguro; a sua verdade é pavês e escudo”. Meus irmãos e irmãs não nos esqueçamos que “muito pode, por sua eficácia, a oração do justo” (Tiago 5.16).       

terça-feira, maio 29, 2018

APRENDENDO COM O PROFETA ELIAS


Elias, o profeta, é um dos personagens bíblicos que mais me inspira na vida cristã. Ele se mostra zeloso pelo Senhor e submisso a vontade de Deus. Contudo, “era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos”, como nos lembra Tiago, irmão de Jesus. Ele ousadamente confrontou o rei Acabe, anunciando o juízo de Deus sobre a nação e por três anos e seis meses não choveu (1 Reis 17). Depois Deus o usou extraordinariamente para derrotar os profetas de baal no monte Carmelo (1 Reis 18). No entanto, entre a proclamação da mensagem ao rei e a luta contra os profetas de baal, Deus esteve forjando seu profeta. Durante este tempo Deus o livrou da espada do rei, sustentando-o junto ao riacho em Querite, com pão e carne trazidos pelos corvos. Depois o Senhor usou uma viúva para sustentá-lo com um pouco de farinha e azeite. Assim, o profeta passa por situações adversas aprendendo a depender de Deus. Como cristãos não estamos isentos de enfrentar problemas, aflições e tribulações. Muitas vezes é o próprio Senhor que nos aflige, visando o nosso bem e o crescimento da nossa fé e a nossa confiança no Senhor. O apóstolo Pedro em sua carta declara “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma cousa extraordinária vos estivesse acontecendo” (1 Pedro 4.12). Jesus nos exorta a não andarmos ansiosos de coisa alguma, mas crermos na provisão do nosso Deus. Paulo, o apóstolo, aprendeu a depender e a confiar em Deus, ou como ele mesmo diz, aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação, e declarou “Tudo posso nAquele que me fortalece” (Fp 4.13). Vivemos um momento conturbado, difícil em nosso país. Insegurança, medo e incertezas são os sentimentos que permeiam o coração do brasileiro diante da crise institucional e política que vivenciamos. Porém, como cristãos podemos lançar nossos temores ao Senhor, pois Ele tem cuidado de nós. Portanto, “confia no Senhor e faze o bem; habita na terra e alimenta-te da verdade. Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração” (Salmo 37.3,4).  

terça-feira, fevereiro 13, 2018

O PECADO DO ORGULHO

Quando Deus examina nossas vidas, Ele não somente vê as ações exteriores, Ele vê especialmente a atitude por trás delas (1 Sm 16.7). De fato, muitas vezes a maneira como se diz alguma coisa tem tanto peso quanto o que é dito. Deus está muito interessado com a atitude de nossos corações. Na verdade, cada um de nós tem uma atitude que caracteriza nossas ações.  Em Apocalipse 3:15,16 lemos: Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, não é frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca. É claro que Deus deseja que seus filhos O amem com um amor fervoroso. Na verdade, a atitude morna causa náuseas a Deus. Nós devemos entender que a raiz de todo pecado é a falta de um amor fervoroso por Cristo; é amar e adorar a si próprio e não a Deus. O orgulho é um pecado tão refinado que muitas vezes passa despercebido. Talvez a pior forma de orgulho na vida de uma pessoa seja a satisfação espiritual, que vê pouca necessidade de santificação e crescimento. O verdadeiro avivamento sempre começa com uma atitude de humildade e quebrantamento profundos com relação ao pecado (2 Cr 7.14). Você gasta tempo diariamente com Deus para permitir que Ele sonde profundamente sua vida ou você sente que não precisa de santificação? Você fica realmente quebrantado e contrito por causa dos seus pecados ou você pensa: “ora, ninguém é perfeito”? Você está realmente ansioso para ver o poderoso mover de Deus ou está satisfeito do jeito que está? Se você acha que já “chegou no ponto” ou que precisa de pouca purificação, você é culpado da pior forma de orgulho espiritual. Confesse imediatamente e abandone o pecado do orgulho. Cristo pode lhe dar um coração com espírito de humildade e contrição verdadeiras. Aquele que ama a Deus sobre todas as coisas sabe de suas limitações e fraquezas e reconhece que sem a graça do Senhor é impossível viver a vida cristã e que por isso não tem nenhum motivo para se orgulhar, pois o Reino de Deus é uma dádiva aos quebrantados, humildes e arrependidos e não pode ser alcançado por nenhum esforço humano ou barganha. Leia Mateus 5:3 e Filipenses 2:3-4. Ore para que o Senhor o quebrante e o faça andar humildemente.