sábado, dezembro 11, 2010

BÍBLIA: NOSSA REGRA DE FÉ E PRÁTICA


O Rev. Odair Olivetti conta-nos que, quando seminarista, percorreu uma região extensa ao sul do Paraná, durante as férias de verão. Numa das casas visitadas, o chefe da família lhe disse: “Há poucos anos fui para o norte do Paraná a procura de fortuna. Perdi tudo o que tinha, mas achei o melhor tesouro: a Bíblia”.

Muitas pessoas já receberam exemplares da Escritura, mas nem todas a consideram como o tesouro espiritual que é. Se todos os brasileiros que receberam a Bíblia ou porções dela, tivessem olhos para ver o tesouro que é e tivessem aberto a mente e o coração para receberem sua mensagem gloriosa, Cristo, o Senhor e Salvador, quão maravilhoso seria hoje o panorama religioso, social e político da nossa querida pátria!
Para muitos ela não passa de um mero amuleto para livrá-los dos “maus espíritos”, mas para nós cristãos é a Palavra de Deus, a nossa regra de fé é prática. Paulo declarou a Timóteo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2 Timóteo 3.16,17).
Assim aprendemos que, primeiramente, a Bíblia é nossa regra de fé e prática, porque Ela é Inspirada. Quando afirmamos que a Bíblia é inspirada queremos nos referir que ela é um produto divino. Por inspiração entendemos a ação sobrenatural do Espírito de Deus na vida dos escritores sacros, a fim de que eles escrevessem, em suas próprias palavras, aquilo que Deus quis revelar. Como nos diz J. I. Packer: “A Escritura não é apenas a Palavra do homem, o fruto do pensamento, da premeditação e da arte humanas, mas também e igualmente é a palavra de Deus, proferida por meio de lábios humanos ou escrita com a pena brandida pela mão humana”.
Por outro lado, a inspiração garante a veracidade da Bíblia, ou seja, eu posso crer que aquilo que está escrito é verdade porque ela é a Palavra de um Deus veraz. “Deus não é um homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa...” (Números 23.19). Por isso, a Bíblia é e continuará ser a Palavra de Deus, para todas as gerações sucessivas dos homens somente em virtude de que sua inspiração é divina.
Ela também é nossa regra de fé e prática porque Ela é Útil. A Bíblia não é um livro de teorias vagas, nem de contos da carocinha, pois a “Escritura não provém de particular elucidação” como vimos. Nem mesmo foi escrita para satisfazer a especulação humana, mas para ser aplicada a vida diária do cristão. O Reverendo Hermisten diz que “a Bíblia não foi registrada para o nosso deleite; mas para que cumpramos os seus preceitos” e nisso é que reside a sua utilidade. A Palavra de Deus comunica vários benefícios a quem faz uso dela com humildade e fé. Ela, portanto, é benéfica, vantajosa, proveitosa ao cristão.
Em primeiro lugar, ela é útil para o ensino, ou seja, ela apresenta ao homem o sistema cristão com seus ensinamentos e práticas. Ensina leis civis, morais e sociais; ensina a maneira sábia de viver, incluindo as relações humanas; ensina verdades espirituais, incluindo o plano de salvação. A sua doutrina é o padrão de vida que deve ser seguido por quem Deus escolheu.
Em segundo lugar, ela é útil para a repreensão e correção. A idéia de repreensão, no original, tem o significado de fazer com que o homem fique convicto do seu próprio erro e do juízo de Deus, isto é, prova-lhe a sua culpa como também que está sujeito a condenação. Contudo, a Palavra de Deus, não se limita apenas em mostrar nosso erro, ela também nos restaura, restabelece. Este é o significado do termo “correção”. Por isso podemos afirmar que ela exerce uma função corretiva em relação às ações morais e nos aprimora. Ela refuta o erro, e nos coloca novamente no caminho certo. Sabendo desta utilidade é que o salmista pode dizer: “Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra, e luz para os meus caminhos”.
Em terceiro lugar, ela é útil para a educação na justiça. O termo usado aqui para educação jamais aparece sendo usado para referir-se o trato de Deus para com o incrédulo, pois o Pai educa a quem ama. Educação na justiça traz a idéia de ser treinado naquilo que é reto.
William Hendriksen declara: “Todo cristão necessita de disciplina para que possa prosperar na esfera em que a santa vontade de Deus se considera normativa” e este é o caráter se instruir na justiça.
Por último, a Bíblia é nossa regra de fé e prática porque ela tem um propósito. Uma vez que a Bíblia é inspirada e útil, consequentemente, exerce uma função prática na vida do cristão, ou seja, ela tem uma finalidade, um propósito na vida do regenerado.
Em primeiro lugar, a Palavra de Deus tem o propósito de tornar o cristão perfeito. O termo “perfeito” não quer dizer alguém que não peca, mas refere-se ao fato do cristão estar equipado, preparado para uma tarefa delegada, isto é, o cristão é perfeito no sentido que tem o equipamento espiritual necessário e o usa apropriadamente. “A vida dos santos deve corresponder à graça dada, e esta mesma é o padrão ao qual devem aspirar”. Portanto a Bíblia objetiva nos tornar capazes de cumprirmos todas as exigências como cristãos, nossas responsabilidades como filhos de Deus, onde a santidade do cristão, a sua eficiência no conhecimento bíblico fazem parte deste aperfeiçoamento.
Como conseqüência do aprimoramento falado, nos tornamos habilitados para toda boa obra, ou seja, nos tornamos, pela Palavra de Deus, a expressão prática da nossa fé. Vemos que as boas obras são a demonstração de uma fé viva, conforme Tiago salientou, em oposição àqueles que afirmam estar salvos pela fé, mas cuja fé não é acompanhada pelas boas obras. Podemos afrmar que boas obras são frutos do amor, que estão de conformidade com a Palavra de Deus e tem como objetivo a glória de Deus. Se faz mister que o cristão demonstre a atividade divina na sua vida através de suas boas obras, como declarou nosso Senhor Jesus Cristo: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5.16).
Vimos que a Bíblia é o livro inspirado e útil, visando um fim propósito final na vida do cristão. Contudo se faz necessário o envolvimento do cristão com a Palavra de Deus, pois o vigor de nossa vida espiritual estará na proporção exata do lugar que a Bíblia ocupar em nossa vida e em nossos pensamentos, conforme disse George Müller. Quanto a isto também declara o Rev. Billy Graham: “A medida que lemos e meditamos na Bíblia, o Espírito Santo – que inspirou a Bíblia, como sabemos – vai nos convencendo de pecados que precisam ser erradicados e nos dirige ao padrão de vida que Deus quer para nós. Sem a Palavra de Deus não pode haver crescimento espiritual duradouro...” É essencial para a vida cristã nos submetermos à Escritura, porque sem isto a nossa vida será seriamente prejudicada, senão totalmente destruída. Como vimos, A BÍBLIA É A NOSSA REGRA DE FÉ E PRÁTICA.

Um comentário:

Anônimo disse...

GLORIA A DEUS PORQUE O QUE LIBERTA E´A PALAVRA E A PALAVRA DE DEUS. LOUVADO SEJA O NOME DO SENHOR. SALMO 23.1 O SENHOR E´ O MEU PASTOR E NADA ME FALTARA´.