quarta-feira, julho 08, 2015

A INSENSATEZ HUMANA E A SOBERANIA DE DEUS - UMA REFLEXÃO NO SALMO 2

 No salmo 01 há um contraste entre aquele que teme a Deus, que ouve a Sua Palavra e torna-se frutífero com o ímpio, que  é   como  palha  que  o vento  dispersa, o qual não prevalecerá no dia do juízo. No salmo 2 o contraste é entre a Soberania de Deus e a insensatez do ser humano. Deus é Aquele que está conduzindo toda a história para o seu fim. É Ele quem   governa sobre tudo e todos. Contudo, a maioria da humanidade é obtusa e ignorante, pois não consegue ver a mão de Deus por detrás da história. Assistimos em nossos dias manifestações do juízo divino, convidando-nos a buscá-Lo. Atentados terroristas, guerras, tsunamis e catástrofes têm sido interpretados  meramente como consequência do desajuste social e ecológico e não como   um   chamado   ao   arrependimento.   São tipos do juízo de Deus que nos apontam para o dia de Cristo, quando todos nós compareceremos ante o tribunal de Cristo e, neste dia, não haverá  oportunidade para arrepender-se. Por isso a Bíblia nos exorta: “Busquem o SENHOR enquanto é possível achá-lo; clamem por ele enquanto está perto. Que o ímpio abandone os seus caminhos e o homem mau, os seus pensamentos. Volte-se   ele   para o SENHOR,   que   terá misericórdia dele; volte-se para o nosso Deus, pois Ele dá de bom grado o seu perdão”. O nosso salmo tem como característica distintiva o discernimento da crise   cósmica   por   detrás   de   um   acontecimento   de caráter  nacional”. Historicamente o  objeto  do  ataque dos   ímpios   era   Davi,   o   ungido   do   Senhor   e, essencialmente,   era   uma   rebelião   contra   o   próprio Deus. Mas o Novo Testamento interpreta nosso salmo com referência a Jesus, o Cristo (veja: Atos 4.25-28). A ação de   rebeldia contra Deus   é   descrita como murmuração, isto é, resmungar consigo mesmo. Este murmurar é próprio do ímpio, pois este se revela sempre insatisfeito e disposto a acusar o próprio Deus. Contudo, o cristão, tal como José no Egito, é capaz de enxergar   a   ação   soberana   de   Deus,   não   obstante a aparente adversidade (veja: Gênesis 45.7,8). Por isso a exortação bíblica: “... ó reis, sejam prudentes; aceitem a advertência, autoridades da terra. Adorem o SENHOR com temor; exultem  com tremor. Beijem o filho, para que ele   não se ire e vocês não sejam destruídos de repente, pois num instante acende-se a sua ira. Como são felizes todos os que nele (em Cristo)se refugiam!”

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