terça-feira, agosto 23, 2011

OS MANDAMENTOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO DOS NOSSOS FILHOS - Efésios 6.4

Certa ocasião eu afirmei que vivemos dias maus. Dias em que assistimos a desconstrução da família. A sociedade quer nos impor um novo conceito de família, com novos valores e princípios que não estão pautados na Palavra de Deus. Creio que isto se deve pelo simples fato de que nós pais transferimos a nossa responsabilidade de educar nossos filhos a outros. Ora entregamos a criação dos nossos filhos à escola, ora à igreja e, assim, muitos pais se eximem do mandato que Deus nos delegou. Em Efésios 6.4 nos aprendemos que Deus entregou a responsabilidade da criação dos filhos aos pais. Obviamente tanto a escola como a igreja devem ter participação na formação do caráter de nossos filhos. Contudo, ninguém pode substituir de modo adequado ou completo o papel que cabe a nós pais e, jamais devemos abrir mão da educação dos nossos filhos. Nesta tarefa a nós delegada, devemos lembrar que Deus é o nosso modelo de paternidade. E baseados no modelo divino de paternidade encontramos, neste versículo, três mandamentos básicos. Propositadamente quero apresentar estes mandamentos na ordem invertida.
O primeiro mandamento é: ENSINAR. Paulo em nosso texto usa a palavra “admoestação”, que pode ser traduzida por “instrução”. Esta palavra se refere primariamente ao que se diz à criança. Está implícito aqui também que devemos dar aos nossos filhos um exemplo de vida e conduta cristãs. Nossos filhos são reflexos do que somos. E, acima de tudo, nossa instrução deve levá-los a um relacionamento íntimo com Deus. Assim, devemos orar por eles e com eles, ajudá-los na compreensão das verdades bíblicas ensinando-lhes as Escrituras e permitindo que eles nos vejam aprendendo destas mesmas Escrituras. Pv. 22.6.
O segundo mandamento é: DISCIPLINAR. O termo que é empregado aqui é Paidéia, que traz o conceito de instruir, educar por meio de disciplina. A disciplina nem sempre é agradável no momento em que a aplicamos, mas depois produz frutos excelentes. Em outro lugar Paulo usa este termo no sentido de “instruir na justiça”. É uma educação mediante regras e normas, recompensas e, se necessário, castigos. A Bíblia nos diz que “o que retém a vara odeia a seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina”. No passado assistimos uma disciplina severa, exagerada. No presente vemos uma reação que nos leva a permissividade e, perplexos, temos visto o resultado disto. O Dr. Lloyd-Jones sabiamente nos diz: “O oposto da disciplina errada não é a ausência de disciplina mas, sim, a disciplina certa, a disciplina verdadeira (...) o oposto de nenhuma disciplina não é a crueldade mas, sim, a disciplina equilibrada, a disciplina controlada (...) Ao disciplinar uma criança, você deve ter primeiramente controlado a si mesmo (...) Que direito tem você de dizer ao seu filho que ele precisa de disciplina quando obviamente está precisando dela também? O autocontrole do seu próprio gênio, é uma condição prévia essencial no controle dos outros”.
O terceiro mandamento é: AMAR. O apóstolo expressou esse mandamento assim: “Não provoqueis vossos filhos à ira. Criai-os com afeição ou ternura”. Os filhos precisam da ternura e da segurança do amor. O encorajamento positivo de pais amorosos e compreensivos faz que a personalidade da criança floresça e que seus dons desenvolvam. Há muitas maneiras de expressar amor, de dizer aos filhos que os amamos. “Os filhos não devem ter a prioridade em tudo, mas não podemos deixar as necessidades deles em último lugar”. Precisamos dedicar um tempo para estarmos com eles, brincarmos juntos, de prestar atenção em nossos filhos. É necessário expressar esse amor através do contato físico. Um abraço, um beijo, um colo, um carinho. Nada comunica tão bem o amor como o sentido do tato.
Como pais temos uma grande responsabilidade. Os filhos são herança do Senhor e devemos criá-los para a glória do nosso Deus. Deus, como modelo de paternidade, nos ensina a educá-los. Seus mandamentos são: Instruam, disciplinem e amem seus filhos!

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