segunda-feira, setembro 09, 2013

UMA VIDA PLENA - 1 Tessalonicenses 4.9-18

Irmãos, na semana passada, iniciamos o quarto capítulo desta epístola. Você se lembra do que falamos? Quero ajudá-los a relembrar. Paulo  faz aqui uma série de exortações, ou seja, instruções práticas para que aqueles irmãos, novos na fé, continuem vivendo de modo a agradar a Deus. Portanto, o apóstolo não apresenta nada novo, apenas repete as instruções que deu pessoalmente quando esteve com eles. Era necessário inculcar a Palavra de Deus para que eles se tornassem irrepreensíveis. Vivam de modo a honrar a Deus, aperfeiçoai-vos nisso! Esse é o desejo de Paulo. Que eles tenham uma vida cristã abundante, transbordante, isto é, uma vida plena. A primeira característica desta vida é a santificação. Ele os exorta à uma vida plena de santidade, pois esta é a vontade de Deus. Contudo, há outros aspectos que ele aborda acerca de uma vida plena. E é sobre essas outras características quero falar-lhes nesta noite,
1. Uma vida plena de amor. Embora, deixa claro que o amor fraternal na igreja de Tessalônica era algo que eles aprenderam e estavam praticando, desejava que eles crescessem mais e mais. Francis Schaeffer, um pastor proeminente do século XX, escreveu um livro intitulado O Sinal do Cristão.  Nele procura evidenciar que a marca, o distintivo cristão é o amor fraternal. 1 Pedro 1.22: Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente; 1 João 3.14: Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte. Esse é o ensino da Palavra de Deus a todo verdadeiro cristão! Não podemos esquecer que amor no conceito bíblico não é sentimento e, sim, atitude.  Paulo diz que Deus os instruiu acerca do amor fraternal. Esta instrução aqui declarada não é teórica, mas relacional. “É na comunhão com o SENHOR que aprendemos amar”, afirma o Rev. Arival. Você ama a seu irmão? De que maneira você tem evidenciado este amor? Quais as atitudes que apontam que você verdadeiramente o ama? Amar não é fácil, porém, devemos amar aos outros como Deus nos amou e somos capazes amar assim pois o amor de Deus foi derramado em nós.
2. Uma vida plena de dignidade. Em relação aos não-cristãos Paulo os ensina a andar em dignidade, isto é, vidas que tragam crédito ao Evangelho. Essa vida plena de dignidade compreende  três aspectos. O primeiro é “procurando viver em paz”. A ideia é de viver calmamente, tranquilamente. É possível que alguns da igreja, excitados com a doutrina da 2ª vinda de Cristo trouxessem confusão escatológica para a igreja. Depois, exorta-os: “tratando dos vossos assuntos”. Claramente está dizendo que o cristão não deve ser fofoqueiro. Crente que não tem o que fazer e que se intromete na vida alheia. Ainda bem que isto não acontece em nossos dias, não é mesmo irmãos? Por último, havia entre eles aqueles que deixaram de trabalhar, por entenderem mal  a promessa da volta de Jesus e, com isso, tornaram-se parasitas, vivendo as custas de outros. Daí a exortação de Paulo: Trabalhem com as próprias mãos como vos ordenamos! Você tem vivido de modo digno? O seu procedimento entre os não-cristãos tem trazido crédito ao Evangelho de Cristo?
3. Uma vida plena de esperança. Paulo declara no v. 13: Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para que não vos entristecerdes como os demais que não têm esperança. Com isso ele deixa claro que o povo de Deus é a comunidade da esperança. Em contraste com os incrédulos, os cristãos têm esperança. Não nos esqueçamos que no período em que esta carta foi escrita a ideia predominante era que ao morrer só a alma era imortal, o corpo se acabava. A filosofia na verdade afirmava que o corpo era a prisão da alma, e esta só se libertava através da morte. “Aparte do cristianismo não existia base sólida alguma de esperança em relação com a situação do homem depois da morte” (Hendriksen). O cristianismo afirma que a salvação é para o homem todo, corpo e alma. Contudo, alguns de Tessalônica pensavam que não havia salvação para os que morreram antes da vinda de Cristo. Por isso a exortação: não sejais ignorantes  quanto aos que dormem. A ignorância das verdades de Deus leva o cristão a experimentar angústias e medos, sendo facilmente influenciado. Assim Paulo os lembra que (1) Deus ressuscitará os que morreram (14), (2) os vivos serão transformados e, (3) todos estaremos para sempre com o Senhor. Esta certeza nos enche de coragem, ânimo e esperança. Não devemos nos preocupar, pois em Cristo somos mais que vencedores!
Como cristã os somos exortados a um viver abundante, a uma vida de plenitude. Paulo declara: tenham uma vida plena! Devemos ter uma vida plena de amor, amando uns aos outros como Deus nos amou. Devemos ter uma vida plena de dignidade a fim de que o Evangelho seja crido por causa do nosso testemunho. E, por último, devemos ter uma vida plena de esperança, firmes nas promessas do nosso Mestre e, assim, não sejamos levados por toda sorte de doutrina!

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