
Ele achou primeiro a seu irmão e o levou a Jesus (Jo 1.41-42).
Ele achou primeiro a seu irmão e o levou a Jesus (Jo 1.41-42).
Não há dúvidas que este salmo é uma das passagens mais conhecidas de toda a Escritura. Muitos o conhecem de cor. Concordo com Derek Kidner que afirma que “a simplicidade deste salmo tem profundidade e força por trás dele”. Nós nos referimos a este texto como o salmo pastoral, uma vez que Deus Se revela como o nosso Pastor. Contudo, se atentarmos bem, veremos que o Senhor nos diz que, além de ser o nosso Pastor, Ele é o nosso Amigo.
Um amigo é uma das maiores bênçãos na vida, ainda que verdadeiros amigos sejam raros. Muitos são nossos amigos quando tudo vai bem, mas poucos são aqueles que permanecem ao nosso lado quando estamos doentes, desamparados ou necessitados. Neste Salmo lemos: preparas-me uma mesa. Esta declaração é muito significativa. No contexto bíblico significa amizade. Mesa, muito diferente do objeto que usamos hoje, pois naquela época não havia mesa com pernas como hoje, tem o significado de comunhão. Não se comia com uma pessoa desconhecida. Mesa é um lugar de vivência familiar. Comer com alguém é um ato de companheirismo, de amizade.
Os versículos 5 e 6 descrevem um homem que caminha no deserto. E como nos diz certo estudioso da Bíblia, “deserto é sinônimo de provação, de sofrimento, de abandono. Deserto é lugar sem vida, árido”. E este errante do deserto é perseguido, ameaçado, por bandoleiros do deserto. Ele, então, encontra um homem rico, que lhe dá abrigo e oferece sua amizade. Deus, então, revela-Se como um Amigo. Como Aquele que vê nossas necessidades, angústias e nos ampara. Quando nos tornamos amigos de Deus encontramos:
1. Segurança: Preparas uma mesa na presença dos meus adversários. Aquele homem rico e poderoso do deserto oferece sua amizade àquele homem perseguido, diante dos seus perseguidores. É como se ele dissesse: Esse homem que vocês estão perseguindo é meu amigo, está comigo e eu ofereço segurança a ele. Se vocês o querem, terão de me enfrentar. A amizade com Deus nos dá segurança. No capítulo 9 de Atos lemos sobre a conversão de Saulo. Neste episódio Jesus o interroga dizendo: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” Era a igreja a quem Saulo perseguia. No entanto, a igreja é a menina dos olhos de Deus. Ir contra ela era ir contra o próprio Deus. Aquilo que Saulo estava fazendo aos cristãos o Senhor estava vendo como perseguição a Ele. Esta é a primeira lição que aprendemos aqui. Deus guarda os que são seus. Deus nos valoriza e toma as nossas dores. Aquele que colocou a sua fé em Cristo Jesus, quando tiver que passar pelo deserto, quando enfrentar perseguições deve se lembrar que tem um Amigo, o melhor Amigo, que o defende, que oferece abrigo, que sai em sua defesa, que lhe promete segurança para esta vida e para a eternidade.
2. Cuidado e Provisão: Unges-me a cabeça com óleo e o meu cálice transborda. A unção mencionada aqui não é a unção do sacerdote, não é a capacitação para o exercício de uma vocação. A ideia é a de refrigério. Andar pelo deserto, debaixo de um sol escaldante pode causar insolação. O amigo oferece amizade com uma refeição e refresca a cabeça do seu hóspede. Desfrutar da amizade de Deus é desfrutar de Seu cuidado para conosco. O poeta sacro diz: Deus cuida de mim, na sombra de Suas asas, Deus cuida mim. Por isso a Bíblia nos ensina: “Não andeis ansiosos de coisa alguma”. A ansiedade é filha da incredulidade e da desconfiança. A Bíblia nos ensina acerca de um Deus providente, que supre as nossas necessidades, que cuida dos seus filhos. A ideia de um cálice transbordante é a de abundância. Deus cuida e cuida bem dos seus filhos. Paulo nos diz que Deus é “muitíssimo mais poderoso para fazer muito mais além do que pedimos ou pensamos”.
3. Proteção: Bondade e misericórdia me seguirão. Há uma mudança no tempo verbal no versículo 6. Os verbos do v. 5 estão no presente, neste versículo estão no futuro. Com isso Davi nos ensina que a segurança, o cuidado e a provisão de Deus continuarão conosco, para sempre! O homem que caminha no deserto encontrou abrigo com aquele que lhe ofereceu sua amizade. Contudo, ao sair das tendas do seu amigo, os bandoleiros estarão lá. É aí que vem a promessa: Bondade e a misericórdia certamente me seguirão. Um pastor batista nos diz que bondade e misericórdia “são dois guarda-costas que realmente vêm grudados nas costas do homem para proteger”. Bondade é tudo o que é bom. Misericórdia é o amor do pacto, amor que levou Deus nos escolher. É um amor inalterável e inabalável. Paulo nos ensina que “se formos infiéis Ele permanece fiel porque não pode negar-se a si mesmo”. Assim posso crer que em cada dia da minha vida, não haverá um dia se quer que Deus se esqueça de mim. Não é esta a promessa de Jesus? “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século”.
Tudo o que o Salmo nos oferece encontramos na pessoa de Jesus Cristo. Jesus é o amigo melhor. Ele quer ser seu amigo, partilhar da sua mesa, quer cuidar de você, lhe oferece uma salvação que consiste de salvação nesta vida e por toda eternidade. Venha a Cristo e desfrute da amizade com Aquele que é também o nosso Pastor.
Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los, dizendo: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que vieram antes de vós. Mateus 5:1-12
“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” Mateus 5:3.
As bem-aventuranças “abrem” o Sermão do Monte como uma porta de rara beleza que dá acesso a um suntuoso templo. Neste caso, o templo é o da Verdade de Deus. Fazem parte da “Plataforma do Reino” como um resumido prefácio, onde seguem como resultados do comportamento daqueles que amam a Deus e encaminham suas vidas pelas verdades divinas. A sua singularidade está em que estas máximas são de caráter inegociável e só serão realidade, vista e proveitosa, quando cumpridas em sua totalidade, na simplicidade e seriedade como Jesus as estabeleceu. Como fazem parte do Reino de Deus, sua aparição se dá por toda a Bíblia, disseminadas como sementes da fé e frutos do amor a Deus, ora de forma explícita, ora de forma implícita, mas sempre concitando os filhos de Deus a uma resposta adequada e verdadeira diante das suas exigências. Estabelecem-se como desafios diários que devem ser buscados como uma finalidade da existência cristã, como parte da adoração e obediência que devem os filhos de Deus ao seu Senhor e Salvador. São promessas que seguirão aqueles que levam Deus a sério diariamente e em todo lugar e momento e que desejam espelhar em suas vidas nos santos caminhos do Senhor. Felizes serão aqueles que atentarem para estes ensinamentos.
Ore: Senhor, meu Deus. Renova em meu coração o desejo de buscar a felicidade e a alegria nos teus ensinamentos. Dá-me o prazer da obediência sem tristeza e a coragem da fé sem esmorecimento. Em nome de Cristo, amém.
Pense: Somente aqueles que perseveram nos caminhos do Senhor serão felizes, pois só eles completam nossas carências humanas.
Rev. Manoel Peres Sobrinho : http://mpfragmentos.blogspot.com
O desejo de Paulo em relação aos irmãos de Colossos era que eles vivessem de modo que Deus fosse honrado. Deveriam proceder diante dos homens de tal modo que suas vidas trouxessem crédito para o nome do Seu Senhor. Na verdade este é o dever de todo verdadeiro cristão. “Viver de acordo com a doutrina e prática da Escritura Sagrada; honrar e propagar o Evangelho pela vida e pela palavra”. O apóstolo, escrevendo aos coríntios, ensina-nos esta mesma verdade: “Quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Co 10.31). Não há distinção entre palavras e ações, prática e doutrina. A vida do cristão é coerente, condizente e harmônica com tudo o que ele professa ser. A sã doutrina nos leva a conduta correta. Não há prática cristã sem o conhecimento da doutrina. Isto está claro no texto, o verbo “viver” está no infinitivo e introduz uma afirmativa de resultado esperado. Viver vidas dignas do Senhor é resultado prático daqueles que estão cheios do pleno conhecimento da sua vontade. “Quanto mais os filhos de Deus O conhecem, tanto mais irão amá-Lo; e quanto mais o amarem, também mais desejarão obedecê-lo em pensamento, palavras e ações”. O cristianismo não é um simples ‘modo de vida’ no sentido moderno, mas sempre um modo de vida fundamentado sobre uma doutrina. O Rev. Mauro Meister afirmou que “Evangelho não é comportamento, mas envolve viver a vida com uma dignidade que nos distancia de todos os demais”. Assim há um padrão de vida em Cristo! Paulo aponta quatro características de uma conduta digna do Senhor:
1. Frutificando em toda boa obra – Paulo deixa claro aqui que as boas obras não são o fundamento da graça, mas, sim, o fruto da graça em nós. “Boas obras são vistas no fruto de tudo aquilo que nós fazemos!” O Rev. Russel Shedd afirma que “não se trata de ação ou boa obra alguma que o homem possa efetuar para conseguir mérito aos olhos de Deus, mas, sim, atos cheios de amor que quem os observa não pode explicá-los sem recorrer à operação de Deus na vida do cristão”.
2. Crescendo no pleno conhecimento de Deus – “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor ... porque eu quero misericórdia e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus mais do que os holocaustos” (Os 6.3,6).
3. Sendo fortalecidos com todo poder – “O aforismo ‘conhecimento é força’ é verdadeiro na vida espiritual mais do que em qualquer outra área. Quando uma pessoa cresce no pleno conhecimento de Deus, sua força e coragem aumentam” (Hendriksen). Tudo posso Naquele que me fortalece, diz o apóstolo Paulo, que diante das dificuldades pregou o Evangelho com perseverança e longanimidade.
4. Dando, com alegria, graças ao Pai – “E, quanto fizerdes por palavras ou obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai” (Cl 3.17).
Você, meu irmão (ã), tem vivido de modo digno do Senhor? Há coerência no seu proceder com aquilo que você declara crer? Deus tem sido glorificado através das palavras e ações que você realiza? “Se a nossa vida, como cristãos, deixar de corresponder à vida do Senhor, estaremos andando indignamente”
Creio que a declaração de Deus a Abraão expressa a Sua vontade a todos os seus filhos. Deus diz a Abraão e a nós: Anda na minha presença e sê perfeito (Gn 17.1). Andar com Deus é desejar que Sua vontade seja a nossa própria vontade. Andar com Deus não é algo que se faz aos domingos, mas é algo contínuo, permanente. Isto implica em duas coisas simples e básicas da vida cristã.
A primeira delas é a oração. A Bíblia exorta-nos: Orai sem cessar. Através da oração falamos com Deus, colocando em Suas mãos toda a nossa vida, nossas angústias e necessidades. A oração nos faz desfrutar da intimidade com Deus e, assim, somos impactados com Sua santidade. Somos, então, transformados, tornando-nos como Ele é. J. C. Ryle afirmou que “oração e pecado jamais habitarão juntos em um mesmo coração. Ou a oração sufocará o pecado, ou o peado sufocará a oração. Quando me lembro disto e considero a vida dos homens, acredito que poucas pessoas oram”.
A segunda é a leitura da bíblia diariamente e o estudo diligente da Palavra de Deus. O cristão deve desejar a Palavra de Deus como o recém-nascido deseja e necessita do leite materno. O cristianismo é uma via de duas mãos, onde falamos com Deus e ouvimos a Deus. Lembre-se que Deus trabalha em nós de dentro para fora, do homem interior para o homem exterior. Portanto, renove seu coração permitindo que a Palavra de Deus dirija sua vida.
Oração e o estudo das Escrituras nos levam a plenitude do Espírito, nos tornam perfeitos, isto é, completos. Que cada um de nós, verdadeiramente possa estar andando com Deus, como Abraão andou e foi chamado amigo de Deus..
J. C. Ryle, um grande servo de Deus do passado, nos lembra que “o Cristianismo que o mundo requer, e que a Palavra de Deus revela (...) é uma religião útil para todos os dias. É uma planta saudável, forte e viril, a qual pode viver em qualquer posição, e florescer em qualquer atmosfera, exceto a do pecado. É uma religião que o homem pode levar com ele aonde ele for, e nunca precisa deixar para trás”. Em Hebreus 12 encontramos verdades essenciais para se viver esse cristianismo autêntico e relevante em nossos dias. Por isso temos nos esforçado em aprender e aplicar tais verdades às nossas vidas para sermos, de fato, uma igreja que faça toda diferença em nossa sociedade.
No texto de hoje encontramos uma nova exortação, a qual se inicia com a expressão “por isso”. Isto é significativo, pois nos lembra que o que o autor irá nos falar depende da compreensão de tudo o que já foi dito. Primeiramente seus leitores são exortados a serem perseverantes na vida cristã, observando o testemunho dos heróis da fé, mas, acima de tudo, olhando para Jesus, o Autor e Consumador da fé. Lembra-lhes que nesta jornada encontrariam dificuldades, mas os sofrimentos não são sinais de reprovação, pelo contrário, evidenciam o cuidado paternal de Deus, moldando-nos para que sejamos participantes da Sua santidade. Agora, nesta perícope, exorta seus leitores a se encorajarem mutuamente, de modo que aqueles que se acham desanimados sejam estimulados pelo testemunho da maioria e também se tornem perseverantes. É possível observar por toda carta que havia na igreja irmãos que, diante das tribulações, estavam esmorecendo. Em Hebreus 10.25 somos informados que estes estavam deixando de congregar. Contudo, observemos que eram “alguns” e não a maioria. E essa maioria deveria levar em conta as circunstâncias e fraquezas dos demais a fim de apoiá-los. Por isso a exortação em Hebreus 10.24: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras”. Portanto, nesta seção, encontramos UMA PALAVRA AOS PERSEVERANTES.
1. SEJAM CORAJOSOS. A primeira exortação é: Sejam corajosos. Mãos fracas e joelhos vacilantes formam uma metáfora que representa o desânimo e o desespero. Somente os covardes desistem quando o caminho é difícil. O autor os admoesta a não se contaminarem com o desalento de poucos, mas a se mostrarem fortes, corajosos, pois a coragem “pode reanimar os corações abatidos e renovar o progresso no caminho do cristianismo”. Convida-os a continuarem sendo perseverantes e, assim, fortaleceriam os que estavam em dúvida e reergueriam sua confiança.
2. SEJAM ÍNTEGROS. O autor desta carta era alguém que conhecia bem o Antigo Testamento. Para estimulá-los a coragem cita Isaías e para convocá-los a integridade refere-se a Provérbios: “Os teus olhos olhem direito, e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti. Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam retos. Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal”. Sejam íntegros! Esta é a exortação aqui. Deveriam andar numa linha reta, com honestidade e franqueza, sem inconsistências morais ou espirituais em sua vida. Integridade significa inteiro, completo, sadio. A integridade é essencial para aqueles que representam Deus e Cristo neste mundo, para que o manco não se extravie, pelo contrário, seja curado. Lighfoot nos lembra que “a advertência é no sentido de que os fortes devem avançar num curso reto e auxiliar no percurso os irmãos fracos que de outra forma seriam tentados a desviar-se e abandonar a carreira cristã”.
3. SEJAM PACIFICADORES. No versículo 14 encontramos a terceira exortação: Segui a paz com todos. O verbo seguir é enfático e sugere-nos todo o esforço possível para se alcançar algo. O primeiro objeto a ser perseguido é a paz. Embora a expressão “com todos os homens” tenha um paralelo direto com Romanos 12.18, “se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”, indicando uma abrangência em seu uso, creio que em nosso texto refira-se exclusivamente ao relacionamento dos cristãos. O versículo 15 confirma essa interpretação. Neste versículo o autor os previne para que não haja nenhuma raiz de amargura, citando o texto de Deuteronômio. A ideia não é de ressentimentos entre eles, mas, sim, a introdução de um veneno, isto é, uma raiz venenosa, que poderia trazer a destruição. O desânimo é essa raiz venenosa, que se não fosse eliminada contaminaria o ânimo de toda a congregação. Lembra-lhes que indiferença gera indiferença e apostasia gera apostasia. O autor já os havia advertido antes: “Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo” (Hb 3.12). Assim, fala-lhes daquilo que precisava ser corrigido na igreja. A estagnação, ainda que fosse uma realidade de alguns, estava evoluindo e deveria ser combatida com tolerância e amor. O conceito bíblico paz não consiste na ausência de conflitos, guerras. É, antes de tudo, o estabelecimento de um bom relacionamento entre o homem e Deus. E neste sentido, como pacificadores, os crentes perseverantes deveriam ajudar os que estavam se ausentando da congregação a “restaurar” o relacionamento com Deus para que toda a igreja não se contaminasse com o desânimo.
4. SEJAM SANTOS. O outro objeto ser perseguido é a santificação. Esta expressão assemelha-se à declaração de Paulo aos tessalonicenses: “Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação” (1 Ts 4.7). O autor aos Hebreus nos ensina a seguir a santidade e isto envolve nos sujeitarmos ao Espírito de Cristo. A Bíblia nos ensina que o Espírito Santo opera por meios – os meios de graça, a saber: a Palavra, oração, comunhão, adoração e a ceia do Senhor. Nesse processo é preciso o nosso envolvimento através da disciplina e do esforço. A formação de hábitos é a maneira normal pela qual o Espírito Santo nos leva para a santificação. Assim, o antídoto ao veneno mortal do desânimo é o esforço deliberado do cristão no uso destes meios de graça para a sua santificação. Aqui o autor traz a lembrança o exemplo de Esaú que fez uma má escolha e não pode mudar as conseqüências desta escolha. Assim a exortação é para que não desprezem os privilégios cristãos como Esaú o fez, senão incorremos no mesmo erro dele.
Amados irmãos, a compreensão destas verdades é significativa a nós hoje. Obviamente as dificuldades que enfrentamos hoje não são idênticas à daqueles irmãos. Contudo, sofremos problemas que podem nos desanimar em nossa jornada cristã. Ainda hoje há, como expressou o poeta sacro, aqueles que corriam bem e longe de Deus agora vão, outros que caminham sem fervor e sem vigor. Portanto, neste texto aprendemos que, em primeiro lugar, devemos cuidar da nossa própria espiritualidade. Certo servo de Deus nos diz que “ninguém tem esperança alguma de revivificar outras pessoas se não se esforçar para revivificar a si mesmo”. Não devemos permitir que as lutas que enfrentamos ou o desânimo de alguns nos façam estagnar. Acima de tudo, devemos nos fortalecer no Senhor, vivendo com integridade o Evangelho de Cristo. Em segundo lugar, devemos suportar uns aos outros em amor. Uma vez revigorados, animemos os desalentados! E, por último, jamais devemos negligenciar os meios de graça que o Senhor nos dá. Nas palavras de Paulo, não apagueis o Espírito!
A Bíblia nos ensina claramente que o objetivo final de Deus para todo o verdadeiro cristão é que ele se assemelhe a Jesus. Paulo em Romanos 8.29 nos diz que fomos predestinados antes da fundação do mundo para sermos conforme a imagem e semelhança de Jesus. Deus nos transforma a imagem de Seu Filho conforme a atuação do Espírito Santo em nós. Esse processo de transformação é denominado na Palavra de Deus como santificação. Na santificação, não só o Espírito opera, mas exige-se o envolvimento intencional do crente, ou seja, a cooperação do crente. Entretanto, quero lembrar-lhes outra dimensão do ensino bíblico para promover a nossa santificação – o exemplo de Jesus. “A Bíblia diz claramente que nós, como cristãos, devemos moldar a nossa vida de acordo com o procedimento de Jesus Cristo”, lembra-nos Larry McCall.
1. ANDAR NOS PASSOS DE JESUS É NOSSO CHAMADO. Jesus certa ocasião nos disse:Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma (Mt 11.28). O próprio Jesus nos deu a graciosa ordem de ir a Ele a fim de aprender. Não somos chamados, em primeiro lugar, a uma instituição ou a uma doutrina em particular, e, sim, a uma Pessoa verdadeira. É dessa pessoa, com todos os Seus atributos, que devemos aprender. Jesus nos convida a aproximar Dele para aprender e devemos obedecer-Lhe o chamado. Quando respondemos a este chamado, nossos primeiros passos com Cristo devem ser caracterizados pela atitude de imitá-Lo.
2. ANDAR NOS PASSOS DE JESUS É NOSSA OBRIGAÇÃO. Professar que estamos ligados a Cristo pela salvação, nos leva ao dever de endossar esse testemunho verbal com um estilo de vida que reflete o caráter de Cristo. É isso que nos ensina o apóstolo João: “Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (1Jo 2.5b,6). Ser como Cristo é um padrão necessário para o cristão. Se não buscamos refletir o caráter de Cristo em nossa própria vida, que direito temos de alegar que somos cristãos?
3. ANDAR NOS PASSOS DE JESUS É NOSSO TESTEMUNHO. O Rev. Martin Lloyd-Jones afirmou que o mundo ainda julga Deus e Jesus Cristo pelo que vê em nós. Muito do que o mundo conhece acerca de Jesus Cristo resulta da observação da vida daqueles que alegam estar unidos a Cristo. Nós cristãos hoje temos a obrigação de oferecer uma constante demonstração em carne e osso do verdadeiro cristianismo. Esse é nosso ministério! Nada mais prejudicial à evangelização do que uma pregação dissociada da vida.
Devemos nos dedicar mais e mais ao estudo da Pessoa de Cristo por meio de Sua santa Palavra, orando para que o Espírito Santo nos conforme, nos molde mais e mais à semelhança do nosso bendito Salvador.
(Texto adaptado do livro "Andando nos Passos de Jesus" de Larry McCall - Editora Fiel)
VAZIA,
dos nossos pecados, porque Ele os levou sobre a cruz.
VAZIA,
das nossas dores, porque Ele a suportou por nós.
VAZIA,
dos preconceitos, porque ele os tirou.
VAZIA,
das nossas aflições porque Ele afirmou: tenham bom ânimo!
VAZIA,
da escravidão, pois Ele nos libertou.
VAZIA,
das injustiças, porque Ele se tornou nossa justiça, diante de Deus.
VAZIA,
das nossas preocupações porque: Ele é o nosso pastor e nada nos faltará.
VAZIA,
da crueldade da morte, porque Nele temos vida eterna.
A cruz e o túmulo vazios, são provas
Incontestáveis da Glória do meu Senhor
Mas, nós, estamos cheios: da sua Graça,
do seu Perdão e do seu Amor!
Sione Rocha